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Crônicas e Artigos
Ano 2 - N° 98 - 15 de Março de 2009

EDUARDO AUGUSTO LOURENÇO
eduardoalourenco@hotmail.com
Americana, São Paulo (Brasil)
 

As várias moradas

“Há muitas moradas na casa de meu Pai; se assim não fosse, já eu te teria dito, pois vou para preparar-te o lugar. Depois que tenha ido e que te houver preparado o lugar, voltarei e te retirarei para mim, a fim de que, onde eu estiver também tu aí estejas.” (João, cap. XIV, vv. 1 a 3.)


Neste imenso horizonte, onde novas constelações são criadas, e novos mundos são formados, seria muita pequenez da nossa parte e um enorme egoísmo do homem achar que ele está sozinho, pois, a casa do Pai é todo o Universo. Estas palavras do Cristo vêm nos dizer das diferentes moradas que são os planetas que gravitam no espaço infinito, oferecendo ao Espírito imortal a possibilidade de vir a encarnar nestas muitas moradas de acordo com o seu nível evolutivo, conforme a constituição da matéria, moldando-se e adaptando-se com os referenciais impregnados na atmosfera física, de acordo com o seu estado de consciência, com o aspecto ambiental, com as sensações que experimenta, com as percepções sentidas, que podem ser muito diferentes.

Muitos podem transitar pelo espaço, e conhecer outros mundos pelo peso sutil da própria matéria conquistada com esforço e dedicação; outros estão presos ainda à matéria, vivendo a lei da atração ou gravidade.

O filósofo Platão acreditava que existiam dois mundos, um mundo invisível ao homem, constituído de idéias ou formas; e o nosso próprio mundo, constituído de objetos e coisas. As propriedades de um objeto em nosso mundo como a cor, consistência, brilho, beleza seriam consequências da forma deste objeto no mundo das formas ou idéias.

O próprio homem, na ânsia do conhecimento e de querer desvendar este imenso espaço, analisando os planetas, as estrelas e as galáxias, desenvolveram uma ciência chamada astronomia que, etimologicamente, significa “lei das estrelas”, com origem grega. Os povos antigos acreditavam existir um ensinamento vindo das estrelas, hoje é uma ciência, que abre um leque de categorias paralelo aos interesses da física, da matemática e da biologia.

Os povos vedas há 3100 a.C. referem-se aos 27 asterismos ou nakshatras associados aos movimentos do Sol, e também às 12 divisões zodiacais do céu. Os antigos gregos desenvolveram amplas contribuições para a astronomia, entre elas, a definição de magnitude aparente, que é uma escala para comparação do brilho das estrelas, desenvolvida pelo astrônomo grego Hiparco há mais de 2000 anos.

O Geocentrismo Aristotélico dizia que a Terra é o centro do Universo e a lua, o sol e os outros planetas giram ao seu redor, presos em esferas cristalinas.

Nicolau Krebs nasceu em 1401 em Cusa, de família modesta. Foi educado junto dos irmãos da vida comum em Deventer, onde sofreu a influência do misticismo alemão; em seguida estudou na Universidade de Heidelberg, foco de nominalismo, e na de Pádua, onde aprendeu a matemática, o direito, a astronomia, escreveu que a Terra se move, e não o céu, refutando o sistema ptolomaico.

Copérnico, em 1543, foi um astrônomo e matemático, outro grande cientista, influenciado pelo neoplatonismo para chegar à sua teoria heliocêntrica que afirma ser o Sol o centro do sistema solar. Pois se, como o neoplatonismo supunha, a luz é o que no mundo físico mais se aproxima da idéia absoluta de “Deus”, o Sol não podia dar voltas ao redor de um corpo opaco, sem luz própria, como a Terra. Dessa forma, era esta que devia girar, assim como os outros planetas, em torno do Sol, substancialmente mais digno que a Terra, Mercúrio, Marte e outros.

Giordano Bruno nasceu em 1548, era filósofo, e sua idéia era de que o universo era infinito, e que muitos mundos deveriam existir, além daquele então conhecido. Foi uma das grandes idéias estimuladoras da ciência, durante o Renascimento. O seu livro “Sobre o Universo Infinito e Mundos” faz sua afirmação da existência de outros mundos povoados por seres inteligentes.

No início de 1597, Kepler, astrônomo e físico, publica seu primeiro livro, “Mistérios do Universo”. Nele, defendia o heliocentrismo de Copérnico, e propunha que o tamanho de cada órbita planetária é estabelecido por um sólido geométrico (poliedro) circunscrito à órbita anterior. Este modelo matemático poderia prever os tamanhos relativos das órbitas.

Galileu foi um dos primeiros a observar o céu noturno com um telescópio, e após construir um telescópio refrator 20x, descobriu as quatro maiores luas de Júpiter em 1610. Essa foi a primeira observação conhecida de satélites orbitando outro planeta. Ele também observou que a nossa Lua apresentava crateras, e explicou corretamente sobre as manchas solares. Isso, somado ao fato de Galileu ter notado que Vênus exibia um completo conjunto de fases, similar às fases da Lua, foi visto como incompatível com o modelo geocêntrico defendido pela Igreja, o que levou a muita controvérsia.

Isaac Newton, físico, matemático e astrônomo inglês, nasceu em 25 de dezembro de 1642, na cidade de Woolsthorpe, Lincolnshire. Ao afirmar o princípio da gravitação universal, elimina a dependência da ação divina, e influencia profundamente o pensamento filosófico do século XVIII. Ele é o fundador da mecânica clássica.

O físico Albert Einstein trouxe a teoria da Relatividade. Esta teoria se baseia no princípio de que toda medição do espaço e do tempo é subjetiva. Isto levou Einstein a desenvolver mais tarde uma teoria baseada em duas premissas: o princípio da relatividade, segundo o qual as leis físicas são as mesmas em todos os sistemas de inércia de referência; e o princípio da invariabilidade da velocidade da luz, o qual afirma que a luz se move com velocidade constante no vácuo.

O Big Bang é a teoria científica segundo a qual o Universo emergiu de um estado extremamente denso e quente há cerca de 13,7 bilhões de anos, originando uma grande explosão de um átomo primordial. A teoria baseia-se em diversas observações que indicam que o Universo está em expansão, designa a fase densa e quente pela qual passou o Universo. Essa fase marcante da expansão é comparada a uma grande explosão dando início à criação.

Os astrônomos em 2007 descobrem um novo planeta semelhante à Terra, com características similares ao nosso planeta, através de uma rede de telescópios distribuída por todo o mundo. O novo planeta foi batizado de OGLE-2005-BLG- 390Lb e orbita em torno de uma estrela vermelha, com cinco vezes menos massa que o Sol, localizada a uma distância de 20.000 anos-luz, não muito longe do centro da Via Láctea.

 

A semelhança do planeta com a Terra se dá principalmente no tamanho e na composição, segundo o francês, Stéphane Brillant, astrônomo do ESO. Em termos de massa, está mais próximo da Terra do que qualquer outro planeta descoberto. Por dentro, há um centro de formação rochosa que também o torna muito parecido com o nosso planeta.

 

A busca por uma segunda Terra é a força motriz da pesquisa, e esta descoberta representa um grande salto à frente, considerando que este planeta é o mais parecido com a Terra que conhecemos até agora, podendo também ter vida, conforme acrescentou o alemão Daniel Kubas, outro membro da equipe de cientistas. O OGLE se encontra a uma distância de sua estrela três vezes maior que entre a Terra e o Sol, e leva 10 anos para executar seu movimento de translação.

 

Em 1971, o Espírito Emmanuel, através da mediunidade de Francisco Cândido Xavier, no programa “Pinga Fogo”, disse que o homem poderia fazer contato com outras civilizações planetárias, mas dependeria muito da evolução dos espíritos terrenos, na questão principalmente do campo moral, na qual o homem teria que se desprender das guerras, da violência e do instinto do poder e da posse, para não criar desordens planetárias.

Jesus quando falava das muitas moradas referia-se aos vários estágios sucessivos das encarnações, declarando-nos ainda que o Universo é constituído de várias residências do Pai, vários planetas em que podemos realizar experiências, aprendizagem e evoluir até o nosso aperfeiçoamento.

"Todos os globos que circulam no espaço são habitados?"

A esta pergunta formulada por Kardec, responderam os Espíritos:

"Sim, e o homem terreno está bem longe de ser, como acredita, o primeiro em inteligência, bondade e perfeição. Há, entretanto, homens que se julgam espíritos fortes e imaginam que só este pequeno globo tem o privilégio de ser habitado por seres racionais. Orgulho e vaidade! Creem que Deus criou o Universo somente para eles." (O Livro dos Espíritos, pergunta 55.)
 

 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita