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Crônicas e Artigos
Ano 2 - N° 97 - 8 de Março de 2009

MARCUS VINICIUS DE AZEVEDO BRAGA
acervobraga@gmail.com

Guará II, Distrito Federal (Brasil)

Crônicas de Natal

A vela


Na vila da amendoeira , morada de antigas famílias de estivadores, todos se uniram para decorar a rua para os festejos natalinos. Iluminação nas árvores, a efígie de Papai Noel nas portas e enfeites luminosos no portão.

Como em tempos de Copa do Mundo, uma velada competição pela casa mais decorada se instala e idas seguidas ao comércio suprem os arroubos dos moradores na busca de fazer da sua fachada a mais bela. Alguns falam até da distribuição de prêmios.

Dona Felisberta, entretanto, cujo filho havia chegado de uma viagem a serviço no exterior, recebera de presente deste uma robusta e enfeitada vela natalina. Felisberta exibiu seu presente “king size”, instalando-o defronte de uma de suas janelas, de modo que todos os vizinhos e transeuntes pudessem ver da rua o seu enfeite. Fez a vela se acompanhar de uma plêiade de velas menores, formando um verdadeiro castiçal natalino.

Os vizinhos incomodados saíram ávidos pelo comércio, buscando na internet, importadoras e até na fábrica de velas da cidade vizinha um artefato que pudesse fazer frente ao aparato de Dona Felisberta. Com arranjos e combinações diversas, incluindo até acendimento elétrico, conjuntos de velas se instalaram nas residências daquela vila.

Max, cabo do corpo de bombeiros, proibiu a sua esposa de tal extravagância, por motivos de segurança. Esta, aproveitando-se do fato de que este trabalharia na véspera de Natal, também montou em sigilo o seu lampadário de Natal.

Na véspera de Natal, todos acenderam as suas velas e já próximo da meia-noite, em caravana, seguia de casa em casa um séquito de aldeões observando e tecendo comentários sobre os arranjos de velas, estabelecendo um ranking mental que foi se tornando cada vez mais ostensivo.

Na casa de Dona Felisberta foi a culminância da procissão. Todos se acotovelaram na pequena morada para ver a vela trazida do estrangeiro. Na confusão daquele grupo de pessoas em tão humilde e reduzido lar, uma das pessoas esbarra em uma vela, que em um efeito dominó faz daquele adereço natalino um imenso incêndio de volumosos labaredas, alimentado pela árvore de Natal, presentes e demais inflamáveis.

A correria é geral. Água para cá, extintor para lá e somente com a chegada do Corpo de Bombeiros, tendo à frente o cabo Max, que o  fogo se extingue sem vítimas, ainda que deixasse de herança um grande prejuízo...

Entre prantos e correrias terminou a noite de Natal, em que a fraternidade dos vizinhos acolheu Dona Felisberta e sua família, para aproveitar um pouco do Natal iluminado pelas velas, que já estavam no seu final. 

 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita