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Estudando as obras de Kardec
Ano 2 - N° 96 – 1º de Março de 2009

ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@oconsolador.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)

A Revue Spirite de 1863

Allan Kardec 

(1a Parte)

 
Iniciamos neste número o
 
estudo da Revue Spirite correspondente ao ano de 1863. O texto condensado do volume citado será aqui apresentado em 16 partes, com base na tradução de Júlio Abreu Filho publicada pela EDICEL.

Questões preliminares

A. Que efeitos Kardec atribui ao perispírito?

Segundo o Codificador do Espiritismo, o perispírito é o princípio de todos os fenômenos espíritas e de uma porção de efeitos morais, fisiológicos e patológicos, e é também a fonte de múltiplas afecções e, por sua expansão, a causa das atrações e repulsões instintivas, bem como da ação magnética. Pela natureza fluídica e expansiva do perispírito, o Espírito atinge a pessoa sobre a qual deseja agir: rodeia-a, envolve-a, penetra-a e a magnetiza. (Revue Spirite de 1863, pp. 1 e 2.) 

B. Para ajudar um enfermo por meio da prece, é preciso estar junto dele?

Não, visto que pelo pensamento pode-se levar até ele uma salutar corrente fluídica, cuja força está na razão da intenção, aumentada pelo número dos que participarem do ato. A prece não tem apenas o efeito de levar ao doente o socorro, mas o de exercer uma ação magnética. (Obra citada, p. 6.) 

C. Que recomendações dá Kardec aos que pretendem iniciar-se na prática mediúnica?

Kardec ensina que antes de experimentar é preciso estudar, prevenindo assim a possibilidade de mistificação por parte dos Espíritos enganadores e levianos. Diz ele que não é o exercício da mediunidade que atrai os maus Espíritos, mas a predisposição física ou moral que torne o médium acessível à influência deles. A presunção de julgar-se invulnerável aos maus Espíritos tem sido punida, muitas vezes, de modo crudelíssimo, visto que é o orgulho que lhes dá mais fácil acesso. O estudo prévio e a prece são, pois, fatores essenciais para evitar o assalto dos maus Espíritos. (Obra citada, pp. 6 a 8.)

Texto para leitura

1. Kardec abre esta edição com um novo artigo a respeito dos possessos de Morzine; o primeiro saiu em dezembro de 1862. No estudo, informa Kardec: I) O perispírito é o princípio de todos os fenômenos espíritas e de uma porção de efeitos morais, fisiológicos e patológicos. II) Ele é também a fonte de múltiplas afecções e, por sua expansão, a causa das atrações e repulsões instintivas, bem como da ação magnética. III) Pela natureza fluídica e expansiva do perispírito, o Espírito atinge a pessoa sobre a qual deseja agir: rodeia-a, envolve-a, penetra-a e a magnetiza. (P. 1)

2. Todos nós - diz Kardec - vivemos num oceano fluídico, incessantemente a braços com correntes contrárias que atraímos ou repelimos, mas em cujo meio o homem conserva sempre o seu livre arbítrio. (P. 2)

3. A ação dos maus Espíritos sobre as pessoas de quem se apoderam apresenta nuanças de intensidade e duração extremamente variadas, conforme o grau de perversidade do Espírito e o estado moral da pessoa que lhe dá acesso. (P. 3)

4. Citando o caso de uma senhora que perdera a razão e fora internada, um amigo da família e membro da Sociedade Espírita de Paris obteve dos Espíritos a seguinte orientação: I) A ideia fixa que a mulher nutria atraía em sua volta uma porção de Espíritos maus, que a envolviam com seus fluidos e alimentavam suas ideias, impedindo lhe chegassem as boas influências. II) Para curá-la, seria necessário opor uma força moral capaz de vencer essa resistência, mas tal força não é dada a um só. III) Cinco ou seis espíritas sinceros deveriam reunir-se todos os dias, durante alguns instantes, pedindo com fervor a Deus e aos bons Espíritos sua assistência para ela. IV) Não era necessário estar junto à enferma, ao contrário. Pelo pensamento poderia ser levada a ela uma salutar corrente fluídica, cuja força estaria na razão de sua intenção, aumentada pelo número. (P. 5)

5. Seis pessoas dedicaram-se a essa obra de caridade e, durante um mês, não faltaram à missão aceita. Depois de alguns dias a doente estava mais calma; quinze dias depois, a melhora era manifesta; e agora ela já havia retornado para sua casa, em estado perfeitamente normal, sem saber de onde lhe viera a cura. (PP. 5 e 6)

6. A prece não tem, pois, apenas o efeito de levar ao doente um socorro, mas o de exercer uma ação magnética. Que não poderia o magnetismo ajudado pela prece! Mas, infelizmente, muitos magnetizadores fazem abstração do elemento espiritual e só veem a ação mecânica, privando-se desse modo de um poderoso auxiliar. (P. 6)

7. Reportando-se aos escolhos da prática mediúnica, Kardec esclarece: I) Antes de experimentar, é preciso estudar: o menor inconveniente da prática mediúnica sem experiência é a mistificação por parte dos Espíritos enganadores e levianos. II) Não é o exercício da mediunidade que atrai os maus Espíritos, mas a predisposição física ou moral que torne o médium acessível à influência deles. III) A presunção de julgar-se invulnerável aos maus Espíritos tem sido punida, muitas vezes, de modo crudelíssimo, visto que é o orgulho que lhes dá mais fácil acesso. IV) O estudo prévio e a prece são fatores essenciais para evitar o assalto dos maus Espíritos. V) Se nos compenetrássemos do objetivo essencial e sério do Espiritismo e nos preparássemos sempre para o exercício da mediunidade por um fervoroso apelo ao anjo da guarda e aos Espíritos protetores e se, além disso, nos estudássemos, esforçando-nos por nos purificarmos de nossas imperfeições, os casos de obsessão mediúnica seriam ainda mais raros. (PP. 6 a 8)

8. Evocando um caso descrito em dezembro de 1862 sob o título “A Choça e o Salão”, a Revue  transcreve comunicação de um Espírito que foi na Terra um criado dedicado de certa pessoa conhecida de Kardec. Na comunicação, o ex-servo confirma que, no geral, os exemplos de dedicação dos domésticos aos seus amos têm por causa as vidas passadas. “Por vezes - disse ele - tais criados são membros da família ou, como eu, obrigados que pagam uma dívida de reconhecimento e seu reconhecimento lhes ajuda o progresso.” (PP. 9 e 10)

9. Falando sobre a situação da alma após a morte corpórea, Kardec diz que, ao morrer, o homem deixa na Terra apenas seu invólucro pesado e grosseiro, conservando o envoltório fluídico indestrutível, com o qual, livre do entrave que o prendia ao solo, pode elevar-se e transpor o espaço. Esse envoltório fluídico, por mais invisível e etéreo que seja, não deixa de ser uma espécie de matéria que, durante a encarnação, serve de intermediário entre a alma e o corpo. (P. 13)

10. A Revue  transcreve duas matérias publicadas por um semanário de Bordeaux e pelo “Écho de Sétif”, da Argélia. Trata-se de depoimentos pró-Espiritismo de dois leitores daqueles periódicos. Neste último, o articulista diz que parte dos que não negam os fatos espíritas atribui as comunicações ao demônio. Ele então argumenta: “É o que não posso admitir em face de comunicações como esta:  ‘Crede em Deus, criador e organizador das esferas; amai a Deus, criador e protetor das almas’ (assinado: Galileu)”. (PP. 14 a 17)

11. Kardec responde a um leitor de Bordeaux explicando por que o Espiritismo não se dirige àqueles que têm uma fé religiosa qualquer, com o fito os desviar, mas sim à numerosa categoria dos incertos e dos incrédulos. (PP. 17 a 20)(Continua no próximo número.)

 


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