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Estudando a série André Luiz
Ano 2 - N° 96 – 1º de Março de 2009

MARCELO BORELA DE OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)  
 

Libertação

André Luiz

(7a Parte)

Damos continuidade ao estudo da obra Libertação, de André Luiz, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada em 1949 pela Federação Espírita Brasileira.

Questões preliminares

A. Quem são os gênios malditos e os chamados demônios?

R.: Gúbio disse a André que os gênios malditos, os demônios de todos os tempos so­mos nós mesmos, quando nos desviamos, impenitentes, da Lei. E que eles mesmos, Gúbio, André e os outros, já perambularam por aqueles sítios, mas os cho­ques biológicos do renascimento e da desencarnação, mais ou menos re­centes, não lhes permitiam o desabrochar de reminiscências completas do passado, diversamente do que ocorria com o Instrutor. (Libertação, cap. IV, pp. 56 e 57.)

B. Que causas impunham a decadência da forma aos Espíritos que ali estavam?

R.: O Instrutor explicou que milhões de indivíduos, depois da morte, en­contram perigosos inimigos no medo e na vergonha de si mesmos. Nada se perde, no círculo de nossas ações, palavras e pensamentos. O registro de nossa vida opera-se em duas fases distintas, perseverando no exte­rior através dos efeitos de nossa atuação, e persistindo em nós mes­mos, nos arquivos da própria consciência, que recolhe matematicamente todos os resultados de nosso esforço, no bem ou no mal. Em qualquer parte, o Espírito move-se no centro das criações que desenvolveu. Defeitos e qualidades o envolvem, onde se encontre. (Obra citada, cap. IV, pp. 58 e 59.)

C. Havia ali indivíduos em estágio evolutivo inferior ao da humanidade?

R.: Sim. Aquela era uma colônia purgatorial de vasta expressão. "Quem não cumpre aqui dolorosa penitência regenerativa, pode ser con­siderado inteligência subumana”, disse Gúbio. “Milhares de criaturas, utilizadas nos serviços mais rudes da natureza, movimentam-se nestes sítios em posição infraterrestre." Em desenvolvimento de tendências dignas, candidatam-se à humanidade que conhecemos na Crosta. Situam-se entre o raciocínio fragmentário do macacoide e a ideia simples do homem primitivo na floresta. (Obra citada, cap. IV, pp. 60 e 61.)  

Texto para leitura

26. Os demônios somos nós - Por que Deus permite semelhante absurdo? Gúbio respondeu: "Pelas mesmas razões educativas através das quais não aniquila uma nação humana quando, desvairada pela sede de dominação, desencadeia guerras cruentas e destruidoras, mas a entrega à expiação dos próprios crimes e ao infortúnio de si mesma, para que aprenda a integrar-se na ordem eterna que preside à vida universal". Disse então que, de período a período, contado cada um por vários séculos, a maté­ria utilizada por semelhantes inteligências é revolvida e reestrutu­rada, qual acontece nos círculos terrenos; e, se o Senhor visita os homens pelos homens que se santificam, "corrige igualmente as criatu­ras por intermédio das criaturas que se endurecem ou bestializam". Vê-se, assim, que os gênios malditos, os demônios de todos os tempos so­mos nós mesmos, quando nos desviamos, impenitentes, da Lei. Eles mes­mos, informou Gúbio, já perambularam por aqueles sítios, mas os cho­ques biológicos do renascimento e da desencarnação, mais ou menos re­centes, não lhes permitiam o desabrochar de reminiscências completas do passado, diversamente do que ocorria com o Instrutor: a extensão de seu tempo, na vida livre, lhe conferia recordações mais dilatadas. Nesse passo, o grupo passou a ouvir não longe uma música exótica. O Instrutor enfatizou a necessidade da prudência e da humildade em favor do êxito no trabalho, lembrando que, diante de qualquer constrangi­mento íntimo, ninguém se esquecesse da prece. "Qualquer precipitação pode arrojar-nos", disse ele, "a estados primitivistas, lançando-nos em nível inferior, análogo ao dos espíritos infelizes que desejamos auxiliar".  O grupo reergueu-se e avançou.  O passo era tardio e a movimentação difícil, mas em breves minutos penetraram vastíssima aglomeração de vielas, reunindo casario decadente e sórdido. Rostos hor­rendos os contemplavam furtivamente, a princípio, e depois com atitude agressiva. O quadro era deplorável:  mutilados às centenas, aleijados de todos os matizes, entidades visceralmente desequilibradas ofere­ciam-lhes paisagens de arrepiar... (Cap. IV, pp. 56 e 57) 

27. O perispírito é cápsula delicada - Por que tão extensa comunidade de sofredores? Que causas impunham tão flagrante decadência da forma? O Instrutor explicou que milhões de indivíduos, depois da morte, en­contram perigosos inimigos no medo e na vergonha de si mesmos. Nada se perde, no círculo de nossas ações, palavras e pensamentos. O registro de nossa vida opera-se em duas fases distintas, perseverando no exte­rior através dos efeitos de nossa atuação, e persistindo em nós mes­mos, nos arquivos da própria consciência, que recolhe matematicamente todos os resultados de nosso esforço, no bem ou no mal, ao interior dela própria. Em qualquer parte, o Espírito move-se no centro das criações que desenvolveu. Defeitos e qualidades o envolvem, onde se encontre. Ao perder o veículo carnal e vendo que não se pode ocultar por mais tempo, sente-se tal qual é e receia a presença dos filhos da luz, que identificariam suas mazelas, porquanto o perispírito é cáp­sula delicada que reflete glórias e viciações, em virtude dos tecidos rarefeitos de que se constitui. É por isso que as almas decaídas, num impulso de revolta contra os deveres da sublimação, aliam-se umas às outras, através de organizações em que exteriorizam os lamentáveis pendores que lhes são peculiares, sob o aguilhão de entidades vigoro­sas e cruéis. Como ajudá-los a soerguer-se? "A mesma lei de esforço próprio funciona igualmente aqui", disse Gúbio. Não faltam ali apelos santificantes, mas é impraticável qualquer iniciativa legítima, em ma­téria de reajustamento geral, sem a íntima adesão dos interessados ao ideal da própria melhoria. Se o Espírito não mobiliza o patrimônio que lhe é próprio, no sentido de elevar o seu campo vibratório, não é justo seja arrebatado a regiões superiores que ele mesmo não sabe de­sejar. E, assim, até que resolva atirar-se ao trabalho da própria ascensão, vai sendo aproveitado pelas leis universais no que possa ser útil à Obra Divina. A minhoca também trabalha o solo, lembrou Gúbio. (Cap. IV, pp. 58 e 59) 

28. Criaturas subumanas - Impressionavam a André as roupagens franca­mente imundas que aquelas criaturas vestiam e a diversidade de tipos curiosos que ali se viam, como os inúmeros exemplares de pigmeus, cuja natureza ele não podia precisar, as plantas exóticas e desagradáveis ao olhar e os animais monstruosos que, em grande número, se movimenta­vam a esmo pelas vielas. Becos e despenhadeiros escuros multiplicavam-se também em derredor, acentuando-lhe o angustioso assombro. Gúbio reiterou que aquela era uma colônia purgatorial de vasta expressão. "Quem não cumpre aqui dolorosa penitência regenerativa, pode ser con­siderado inteligência subumana. Milhares de criaturas, utilizadas nos serviços mais rudes da natureza, movimentam-se nestes sítios em posição infraterrestre", explicou o Instrutor. "A ignorância, por ora, não lhes confere a glória da responsabilidade. Em desenvolvimento de tendências dignas, candidatam-se à humanidade que conhecemos na Crosta. Situam-se entre o raciocínio fragmentário do macacoide e a ideia simples do homem primitivo na floresta. Afeiçoam-se a personali­dades encarnadas ou obedecem, cegamente, aos espíritos prepotentes que dominam em paisagens como esta. Guardam, enfim, a ingenuidade do sel­vagem e a fidelidade do cão", esclareceu Gúbio. O contato com certas pessoas inclina-os ao bem ou ao mal; e, por isso, os Espíritos são responsabilizados pelas Forças Superiores, quanto ao tipo de influên­cia que exercem sobre a mente infantil de semelhantes criaturas. Com respeito aos Espíritos que ali se mostravam exibindo formas quase ani­malescas, isso se devia às anormalidades a que foram conduzidos pela desarmonia interna. "Nossa atividade mental nos marca o perispírito", asseverou o Instrutor. "Aqui, André, o fogo devorador das paixões aviltantes revela suas vítimas com mais hedionda crueldade." (Cap. IV, pp. 60 e 61) 

29. O melhor médico chama-se tempo - Ali era impraticável a enfermagem individual e sistemática, porque o número de alienados e doentes era extraordinariamente grande. "Quem cura nestes lugares há de ser o tempo com a piedade celeste ou a piedade celeste por intermédio de em­baixadores da renúncia, em serviços de intercessão para os espíritos arrependidos", esclareceu o Instrutor. A cidade sombria não acolhia crianças, exceção feita das raças de anões, onde não dava para distin­guir os pais dos filhos. Gúbio explicou que, considerando que se en­contravam diante de um plano "quase infernal", era natural fossem as crianças dali excluídas, para preservá-las, tal como na Crosta os fi­lhos infantes são isolados dos pais criminosos. André também percebeu que a ociosidade era, ali, a nota dominante. Por que isso acontecia? Gúbio respondeu que quase todas as almas humanas situadas naquelas furnas sugavam as energias dos encarnados, vampirizando-lhes a vida, qual se fossem lampreias insaciáveis no oceano do oxigênio terrestre. "Suspiram pelo retorno ao corpo físico, de vez que não aperfeiçoaram a mente para a ascensão, e perseguem as emoções do campo carnal com o desvario dos sedentos no deserto", acentuou Gúbio. Quais fetos adian­tados, absorvendo as energias do seio materno, consomem altas reservas de força dos seres encarnados que as acalentam, desprevenidos de co­nhecimento superior. É daí que resultam esse desespero com que defen­dem no mundo a inércia, e a aversão a qualquer progresso espiritual ou qualquer avanço do homem na montanha da santificação. O "furto psí­quico", eis o processo de seu sustento junto às comunidades da Terra. Para que, então, trabalhar? (Cap. IV, pp. 61 e 62) 

30. Palácios imponentes - O grupo subiu com dificuldade uma rua íngreme e, em pequeno planalto, a paisagem alterou-se. Palácios estranhos surgiam im­ponentes, revestidos de claridade abraseada, semelhante à auré­ola do aço incandescente. Praças bem cuidadas, cheias de povo, osten­tavam car­ros soberbos, puxados por escravos e animais. O aspecto era seme­lhante ao das grandes cidades do Oriente, de duzentos anos atrás. Li­teiras e carruagens transportavam personalidades humanas, trajadas de modo surpreendente, em que o escarlate exercia domínio, acentuando a dureza dos rostos que emergiam dos singulares indumentos. Respeitá­vel edifício destacava-se diante de uma fortaleza, com todos os caracte­rísticos de um templo. De fato, a casa se destinava a espetacu­loso culto externo. André admirava o suntuoso casario, em contraste cho­cante com o vasto reino de miséria que há pouco haviam atravessado, quando alguém os interpelou: "Que fazem?" Era um homem alto, de nariz adunco e olhos felinos, com todas as maneiras de um policial desres­peitoso. "Procuramos o sacerdote Gregório, a quem estamos recomenda­dos", informou Gúbio, humilde. O estranho os levou a um casarão de feio aspecto, onde um homem maduro, envolvido em longa e complicada túnica, os recebeu. Era Gregório. A recepção não foi nada hospita­leira. "Vieram da Crosta, há muito tempo?", perguntou Gregório. "Sim -- respondeu o Instrutor --, e temos necessidade de auxílio". Gregório perguntou-lhes então se haviam sido examinados e quem lhos enviara. Gúbio disse: "Certa mensageira de nome Matilde". Gregório estremeceu, mas observou, implacável: "Não sei quem seja. Todavia, podem entrar. Tenho serviços nos mistérios e não posso ouvi-los agora. Amanhã, po­rém, ao anoitecer, serão levados aos setores de seleção, antes de admitidos ao meu serviço". O grupo foi entregue, então, a um servidor de fisionomia desagradável e conduzido a porão escuro. (Cap. IV, pp. 62 a 64) (Continua no próximo número.)  

 


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