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Crônicas e Artigos
Ano 2 - N° 95 – 22 de Fevereiro de 2009

LUIS ROBERTO SCHOLL 
robertoscholl@terra.com.br
Santo Ângelo, Rio Grande do Sul (Brasil)
 

  Um testamento


Imagine-se daqui a vinte, trinta, quarenta anos, de acordo com sua idade atual. Com o passar do tempo, a força física diminuiu, mas parece que a acuidade mental está mais acentuada. Você para e pensa: qual foi a minha contribuição para tornar este mundo melhor?

 
Lembra-se dos netos começando a jornada terrena e deseja deixar um testamento, uma contribuição para o seu bem-estar e felicidade. As conclusões nunca são definitivas porque as pessoas e situações são sempre diferentes e particulares, mas alguns valores ser-lhes-ão muito significativos:


Sobre si mesmo: é imprescindível sempre acreditar em si. O mundo considera o indivíduo pelo valor que ele se dá e, se cada um não se respeitar, não pode esperar que os outros o respeitem.

 

Sobre os outros: aceitá-los como são é o primeiro passo para a convivência saudável e o único caminho para auxiliá-los a se modificarem naquilo que é necessário. As fraquezas fazem parte da condição humana e quem não se apercebe disso jamais cultivará amizades e relacionamentos satisfatórios.

 

Sobre os pais e a família: não há pais perfeitos! Essa simples verdade, ao invés de diminuí-los, engrandece-os, pois, apesar de todas as imperfeições existentes, certamente, na tentativa de educar os filhos, eles acertam muito mais do que erram. O maior componente de uma família feliz é a união.


Sobre o corpo: é a máquina mais maravilhosa e delicada que existe. Trate-o bem e ele se transformará no melhor veículo para manifestação do Espírito. Não o contamine com álcool, drogas, alimentação excessiva, nem com sexo impulsivo. Com exceção das doenças genéticas ou hereditárias, explicadas através da reencarnação, é um crime provocar moléstias desnecessárias ao “nosso jumentinho” – como o chamava Francisco de Assis. Preocupar-se, sem exageros, com a aparência porque, apesar de tudo, o corpo físico tem um prazo de validade: na mocidade é mais resistente e parece indestrutível; na meia-idade começa a sentir os descalabros da juventude; na velhice sente os reflexos do seu uso mais ou menos equilibrado.

 
Sobre o medo: é um sentimento real e necessário; fugir só aumenta o pânico. Quando alguém se mantém firme frente às ameaças, normalmente elas parecem transponíveis e menos ameaçadoras.

 

Sobre a felicidade: raramente as pessoas mais felizes são as mais ricas, as mais belas ou as mais talentosas. Não é a presença ou a ausência de algo que impede a felicidade – ela independe de fatores exteriores. Contemplar as coisas fundamentais da vida, geralmente as mais comuns; não perder tempo imaginando se os outros campos são mais verdes; não se amarrar ao passado, nem se preocupar em demasia com o futuro; “saborear” o momento; essas são fórmulas simples de aprender a identificar e sentir a felicidade. Apreciar o trabalho, a família e o mundo que o cerca; adaptar-se às circunstâncias desfavoráveis, quando não puderem ser modificadas; adoçar o coração com compreensão e solidariedade também são ferramentas que podem ser utilizadas.


Sobre a fé: felizes aqueles que têm fé, pois ela é uma conquista individual. Ter fé é ter consciência de Deus e das Leis que regem o Universo com sabedoria, bondade e justiça. Quanto mais cedo sentir a religiosidade interior, melhor - mais fortalecido se está perante as agruras da vida. Entender a reencarnação e a Lei de Ação e Reação como obra da bondade do Criador facilita a compreensão deste Pai maravilhoso e fortalece a fé. Jamais se esquecer do poder da oração – a fala que liga diretamente a criatura ao Criador.


Sobre o tempo: muitas coisas negativas acontecerão na vida. Elas se tornarão mais aceitáveis quando compartilhadas com o próximo. O tempo é o grande cicatrizador de aflições e angústias. O perdão é o melhor remédio para a alma.


Cada indivíduo, com base em suas vivências, tem muitas coisas a acrescentar a este pequeno testamento. Importante é aprender com os próprios erros ou, mais sabiamente, com os erros dos outros.

 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita