WEB

BUSCA NO SITE

Edição Atual
Capa desta edição
Edições Anteriores
Adicionar
aos Favoritos
Defina como sua Página Inicial
Biblioteca Virtual
 
Biografias
 
Filmes
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English    
Mensagens na voz
de Chico Xavier
Programação da
TV Espírita on-line
Jornal
O Imortal
Estudos
Espíritas
Vocabulário
Espírita
Efemérides
do Espiritismo
Esperanto
sem mestre
Divaldo Franco
Site oficial
Raul Teixeira
Site oficial
Conselho
Espírita
Internacional
Federação
Espírita
Brasileira
Federação
Espírita
do Paraná
Associação de
Magistrados
Espíritas
Associação
Médico-Espírita
do Brasil
Associação de
Psicólogos
Espíritas
Cruzada dos
Militares
Espíritas
Outros
Links de sites
Espíritas
Esclareça
suas dúvidas
Quem somos
Fale Conosco
 
 

Estudando a série André Luiz
Ano 2 - N° 95 – 22 de Fevereiro de 2009

MARCELO BORELA DE OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)  
 

Libertação

André Luiz

(6a Parte)

Damos continuidade ao estudo da obra Libertação, de André Luiz, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada em 1949 pela Federação Espírita Brasileira.

Questões preliminares

A. Que considerações fez Matilde a respeito da justiça divina?

R.: Matilde disse que só aquele que sabe amar e suportar consegue triunfo nas consciências que se degradaram no mal. E acrescentou que o Senhor "nos enriquece para que enriqueçamos a outrem, dá-nos alguma coisa para ensaiarmos a distribuição de benefícios que Lhe pertencem, ajuda-nos a fim de que auxiliemos, por nossa vez, os mais necessitados”. “Mais recolhe quem mais semeia." (Libertação, cap. III, pp. 49 e 50.) 

B. Que é que, na região trevosa, mais impressionou André Luiz?

R.: Apesar do quadro desolador que caracterizava aquela região, o que mais contris­tou a André foram os apelos cortantes que provinham dos charcos. Gemidos tipicamente humanos eram pronunciados ali em todos os tons. Mil indagações fervilhavam na mente de André, relativamente às árvores es­tranhas, às aves agoureiras e aos choros lamentosos, mas Gúbio, à maneira de outros instrutores, não se deteve para atender à curiosi­dade improfícua. (Obra citada, cap. IV, pp. 53 e 54.)  

C. Que fizeram Gúbio e André para modificar seu corpo espiritual?

R.: Gúbio, Elói e André passaram a inalar as substân­cias espessas que pairavam em derredor, como se o ar fosse constituído de fluidos viscosos. Elói estirou-se, ofegante, mas André, apesar de experimentar asfixiante opressão, buscou padronizar atitudes pela con­duta do Instrutor, que tolerava a metamorfose, silencioso e palidís­simo. A voluntária integração com os elementos inferiores do plano os desfigurou enormemente. Pouco a pouco, sentiram-se pesados e André teve a impressão de que fora, de repente, religado outra vez ao corpo carnal, porque, embora se sentisse dono da própria individualidade, via-se revestido de matéria densa, como se fosse obrigado a envergar inesperada armadura. (Obra citada, cap. IV, pp. 54 e 55.)  

Texto para leitura

22. "Mais recolhe quem mais semeia" - Matilde informou que o trabalho de liberação de Gregório seria iniciado com o abnegado concurso de Gú­bio na zona abismal, e, depois de ligeiro intervalo, aduziu: "Atenderás Margarida que te foi filha amantíssima e que a Gregório ainda se encontra imantada por teias escuras do passado, e colaborarás com o meu devotamento materno para que na alma dele se converta a sublevação em humildade e a frieza, em calor". "Encontrando-o", rogou Ma­tilde, "veste a capa do servo prestimoso e fala-lhe em meu nome. Sob o gelo que lhe cristaliza os sentimentos, descansa, inapagada, a chama do amor que nos une para sempre. Disponho, agora, da permissão de fa­zer-me sentir e acredito que, à face de tua amorosa tarefa, mover-se-lhe-á o espírito endurecido". Em seguida, Matilde fez notáveis considerações sobre a justiça e a sabedoria do Pai, explicando que "só aquele que sabe amar e suportar consegue triunfo nas consciências que se degradaram no mal". Disse também que o Senhor "nos enriquece para que enriqueçamos a outrem, dá-nos alguma coisa para ensaiarmos a distribuição de benefícios que Lhe pertencem, ajuda-nos a fim de que auxiliemos, por nossa vez, os mais necessitados. Mais recolhe quem mais semeia..." Gúbio respondeu-lhe prometendo toda a ajuda, conside­rando que estava em jogo também, naquele caso, a felicidade de Marga­rida, sua filha no passado. Matilde informou-o, então, de que, termi­nada a fase essencial da missão, ela iria ao seu encontro nos "campos de saída" -- expressão que define lugares-limites, entre as esferas inferiores e superiores. Quem sabe não ocorreria ali o seu encontro pessoal com Gregório? "A hora é chegada", acentuou a venerável enti­dade. "Há tempo de plantar e tempo e colher. Gregório e eu semearemos de novo. Seremos mãe e filho, outra vez!" (Cap. III, pp. 49 e 50) 

23. Um vasto domínio de sombras - Antes de despedir-se, Matilde falou a Gúbio: "Possam minhas lágrimas de alegria orvalhar-te o espírito labo­rioso. Seguir-te-ei a ação e aproximar-me-ei no instante oportuno. Creio na vitória do amor, logo resplandeça o minuto do reencontro. Nesse dia abençoado, Gregório e os companheiros que mais se afinarem com ele serão trazidos por nós a círculos regeneradores e, dessas es­feras de reajustamento, conto reorganizar elementos ante o futuro pro­missor, sonhando em companhia dele as realizações que nos competem al­cançar". Gúbio pronunciou algumas frases de compromisso fraterno. Ele e seus companheiros trabalhariam sem descanso, aplicando-se com des­velo na execução das ordens afetuosas. A singular entrevista terminou entre preces de gratidão ao Eterno Pai. No dia seguinte, Gúbio, André e Elói puseram-se em marcha. Após a travessia de várias regiões, "em des­cida", com escalas por diversos postos e instituições socorristas, eles penetraram vasto domínio de sombras. A claridade solar jazia, ali, diferenciada. Fumo cinzento cobria todo o céu. A volitação fácil tornara-se impossível. A vegetação exibia aspecto sinistro e angus­tiado. As árvores não possuíam folhagem farta e os galhos, quase se­cos, davam a ideia de braços erguidos em súplicas dolorosas. Aves agoureiras, de grande tamanho, de uma espécie que pode ser situada en­tre os corvídeos, crocitavam em surdina, semelhando-se a pequenos monstros alados. (N.R.: Os corvídeos são aves passeriformes, onívoras, que vivem nas matas e descampados, como as gralhas.) (Cap. III e IV, pp. 50 a 52) 

24. Uma singular fadiga - Não era o quadro desolador que mais contris­tava a André, mas, sim, os apelos cortantes que provinham dos charcos. Gemidos tipicamente humanos eram pronunciados em todos os tons. Mil indagações fervilhavam na mente de André, relativamente às árvores es­tranhas, às aves agoureiras e aos choros lamentosos... Mas Gúbio, à maneira de outros instrutores, não se detinha para atender à curiosi­dade improfícua. Grupos hostis de entidades espirituais em desequilí­brio passavam, vez por outra, indiferentes, incapazes de registrar a presença do grupo socorrista. Falavam em alta voz, em portu­guês degra­dado, mas inteligível, evidenciando deploráveis condições de ignorân­cia. Apresentavam-se em trajes bisonhos e portavam apetrechos de luta. Gúbio e seus amigos avançaram mais profundamente, mas o ambiente pas­sou a sufocá-los. Vencidos por singular fadiga, repousaram. Gúbio então es­clareceu: "Nossas organizações perispiríticas, à maneira de es­cafandro estruturado em material absorvente, por ato deliberado de nossa von­tade, não devem reagir contra as baixas vibrações deste plano. Estamos na posição de homens que, por amor, descessem a operar num imenso lago de lodo; para socorrer eficientemente os que se adap­taram a ele, são compelidos a cobrir-se com as substâncias do charco, sofrendo-lhes, com paciência e coragem, a influenciação deprimente". Cabia-lhes, pois, entregar a forma exterior ao meio que os rece­bia, para serem realmente úteis aos se propunham auxiliar. Finda a transformação tran­sitória, poderiam ser vistos por qualquer dos habi­tantes daquela região. A oração seria, doravante, o único fio de comunicação com o Alto. "Não estamos em cavernas infernais, mas atingi­mos", disse Gúbio, "grande império de inteligências perversas e atra­sadas, anexo aos cír­culos da Crosta, onde os homens terrestres lhes sofrem permanente influenciação". (Cap. IV, pp. 53 e 54) 

25. A metamorfose - Gúbio, Elói e André passaram a inalar as substân­cias espessas que pairavam em derredor, como se o ar fosse constituído de fluidos viscosos. Elói estirou-se, ofegante, mas André, apesar de experimentar asfixiante opressão, buscou padronizar atitudes pela con­duta do Instrutor, que tolerava a metamorfose, silencioso e palidís­simo. A voluntária integração com os elementos inferiores do plano os desfigurava enormemente. Pouco a pouco, sentiram-se pesados e André teve a impressão de que fora, de repente, religado outra vez ao corpo carnal, porque, embora se sentisse dono da própria individualidade, via-se revestido de matéria densa, como se fosse obrigado a envergar inesperada armadura. Gúbio os conclamou a seguirem adiante. Doravante, seriam auxiliares anônimos; não lhes convinha, por enquanto, a identificação pessoal. Elói indagou se isso não seria mentir. O Instrutor explicou-lhe, com bondade: "Não te recordas do texto evangélico que recomenda não saiba a mão esquerda o que dá a direita? Este é o mo­mento de ajudarmos sem alarde. O Senhor não é mentiroso quando nos es­tende invisíveis recursos de salvação, sem que lhe vejamos a pre­sença". Revelou ainda que naquela cidade sombria trabalhavam inúmeros companheiros do bem nas condições em que eles agora se achavam. Se er­guessem bandeira provocante, naqueles campos, em que 95% das inteli­gências se encontravam devotadas ao mal e à desarmonia, seu programa seria estraçalhado em poucos instantes. Centenas de milhares de cria­turas ali padeciam amargos choques de retorno à realidade, sob a vigi­lância de tribos cruéis, formadas de Espíritos egoístas, invejosos e brutalizados, governados então por um sátrapa de inqualificável impie­dade, que aliciou para si próprio o pomposo título de Grande Juiz, as­sistido por assessores políticos e religiosos, tão frios e perversos quanto ele mesmo. (Cap. IV, pp. 54 e 55) (Continua no próximo número.)

 


Voltar à página anterior


O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita