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Ano 2 - N° 94 – 15 de Fevereiro de 2009

WASHINGTON L. N. FERNANDES
washingtonfernandes@terra.com.br
São Paulo - SP (Brasil)

 

A PSICOGRAFIA DO MÉDIUM DIVALDO FRANCO (3)
 

Lições para os médiuns
e fatos inéditos
 

 

Antes de iniciarmos uma análise estilística e literária dos livros e dos Autores Espirituais constantes nas obras do médium Divaldo Franco vale a pena destacar muitas peculiaridades delas, até hoje nunca ocorridas com nenhum outro médium nestes cento e cinquenta anos da história do Espiritismo. 

Em fins do ano de 1948 os Espíritos passaram a manifestar-se por intermédio de Divaldo através da escrita, transmitindo várias mensagens. Muitos acharam que seria muita pretensão para ele abraçar mais uma tarefa mediúnica, ele que já estava começando atuar como médium orador e educador. Mas ele estava a serviço dos Bons Espíritos e a multiplicidade de dons e a multiplicação dos talentos estão prenunciadas no Evangelho.  

Divaldo procurou amigos mais experientes, entre os quais Chico Xavier (1910-2002), pedindo orientação e consultando acerca desta nova missão que se lhe apresentava, recebendo por escrito, dos Espíritos, várias instruções que lhe estimularam a prosseguir nesta tarefa.  

Divaldo passou então a disciplinar-se em mais este dom mediúnico, tornando-se um grande mensageiro da imortalidade, recebendo mensagens espirituais de consolação, e de vários vultos do pensamento universal. Depois de alguns anos psicografando mensagens, os Espíritos orientaram Divaldo a queimar as primeiras psicografias porque eram somente exercício mediúnico e só em 1964 ele publicou o primeiro livro psicografado. 

Podemos extrair cinco importantes lições para médiuns iniciantes, tomando como base o admirável exemplo de Divaldo:

1.) Há muitos médiuns que no mesmo dia, ou até no ano seguinte, após receberem uma mensagem mediúnica, ficam aflitos para publicá-la. Combatamos essa afobação infantil, talvez até por necessidade de afirmação ou imaturidade, tendo a necessária humildade para aguardar o momento certo para fazê-lo. Divaldo esperou ¨quinze anos¨ para publicar seu primeiro livro psicografado, pois os médiuns que estão a serviço dos Bons Espíritos sabem aguardar a hora propícia para dar publicidade ao que os Espíritos estão escrevendo. Além disso, como disse Allan Kardec, nem somos obrigados a publicar tudo o que os Espíritos transmitem (Revista Espírita de novembro de 1859) e, por isso, com humildade e confiança, saber-se-á o melhor momento.

2.) Quando se está no início da psicografia não se deve pensar que a faculdade psicográfica já esteja acabada, sem nada a melhorar ou aperfeiçoar. A regra – admitidas muito excepcionais exceções – é que haja um burilamento e amadurecimento ao longo do tempo, com muita prática e disciplina, aperfeiçoando-se o intercâmbio mediúnico pelo treinamento.

 A psicografia de Divaldo Franco inaugurou uma nova fase na literatura espírita mediúnica 

3.) Não se deve intimidar com os eventuais sofrimentos que se anunciam para o trabalho na Seara de Jesus. O Bem deve estar em primeiro lugar. Divaldo não se intimidou com profecias que ocorreram sobre as dificuldades, as incompreensões e os ataques que ele enfrentaria na atividade psicográfica e felizmente ele continuou perseverante. 

4.) Não se devem revidar ataques gratuitos e infundados, pois a melhor resposta do discípulo de Jesus deve ser o trabalho incessante em Sua Seara e por isso Divaldo nunca revidou qualquer agressão ou ofensa. Ele nunca teve tempo para responder polêmicas, pois a alegria dos polêmicos é criar confusão e pôr-se em evidência. Deixar ao tempo a tarefa de fazer prevalecer a verdade é o correto, e foi o que ocorreu, pois o tempo está demonstrando que a psicografia de Divaldo inaugurou uma nova fase na literatura espírita mediúnica, como veremos em próximos artigos. 

5.) Nunca se afastar do comportamento evangélico – o perdão, a indulgência, a compreensão etc. – para com o próximo, em qualquer circunstância, mesmo que tudo pareça estar contra nós.  

Felizmente, Divaldo assim se conduziu e podemos arrolar doze fatos totalmente inéditos na história do Espiritismo que aconteceram através de sua psicografia.

Eis esses fatos:

1) Divaldo foi o único médium que psicografou um livro inteiramente num idioma que não era o seu, em admirável fenômeno de xenoglossia (que é falar ou escrever em idiomas que se desconhece). O livro foi o Hacia las Estrelas (Rumo às Estrelas), em espanhol, 1990, Ed. LEAL/BA. Chamemos atenção que estamos falando de psicografar um ¨livro inteiro¨ e não somente uma ou outra mensagem, o que já ocorreu com vários outros médiuns, inclusive com o próprio Divaldo. 

2) Divaldo foi o único médium que psicografou cerca de 140 livros até maio de 2004, ou seja, nos primeiros 40 anos de publicações mediúnicas. Só para dar idéia e referência, lembramos que o abençoado médium Chico Xavier (1910-2002), que é o médium que mais livros psicografou (mais de 400 obras), publicou seu primeiro livro psicografado em 1932 (Parnaso de Além-Túmulo, Ed. FEB), e, em seus primeiros 40 anos (até 1972), publicou cento e vinte e um livros (Comunicação, Francisco Cândido Xavier, 66 Anos de Mediunidade, Ano 26, nº 158, janeiro de 1993, GEEM – Grupo Espírita Emmanuel S/C Editora, São Bernardo do Campo, 1993). Não é demais lembrar que Chico Xavier dedicou-se principalmente à psicografia, enquanto Divaldo é médium orador, médium educador, médium psicógrafo, concede entrevistas a rádios, TVs, revistas, jornais, internet, além de receber homenagens ininterruptamente pelo Brasil e pelo mundo. Além disso, lembremos que Chico Xavier era cerca de 20 anos mais velho que Divaldo!

Divaldo foi o único médium considerado persona non grata e proibido de entrar num país  

3) Divaldo foi o único médium que psicografou livros com temas modernos e totalmente inéditos na psicografia espírita. Desde 1857 a literatura mediúnica se ocupou (e ainda hoje se ocupa) de temas evangélicos, morais, poesias, crônicas, história do Cristianismo, sobre o mundo espiritual, sobre a sequência de encarnações de determinados Espíritos; mas o médium Divaldo Franco iniciou uma nova fase na literatura mediúnica, visto que muitos de seus livros se ocupam da área da psicologia, psiquiatria e psicopatologias, relacionando-os à mediunidade e obsessão. A psicóloga Dra. Cristina Maria Carvalho Delou, com pós-graduação na UERJ, que foi diretora da Associação Brasileira para Superdotados, em 1987, analisou os livros do Espírito Joanna de Ângelis psicografados por Divaldo tratando do tema Psicologia e, fazendo um paralelo com a “Quarta Força em Psicologia” (Transpessoal), assim se expressou: “Joanna é uma profunda conhecedora dos problemas humanos” e “sua linguagem, cientificamente, é moderna, principalmente no que diz respeito à discussão inicial sobre a mudança de paradigma...”.  Fica aqui anotado este importante registro histórico. 

4) Divaldo foi o único médium que psicografou sete livros durante viagens ao exterior para fazer palestras (nunca um médium trabalhou rotineiramente ambas as faculdades mediúnicas – a oratória e a psicografia). Enfatizamos novamente que estamos falando de sete livros, e não somente de uma ou outra mensagem, como pode ter ocorrido com outros médiuns e já ocorreu também com o próprio Divaldo. 

5) Divaldo foi o único médium que psicografou centenas de mensagens em vários países onde foi fazer palestras, na comentada idiossincrasia histórica e cultural, pois o conteúdo da mensagem era próprio do lugar e, por vezes, o conteúdo das mensagens nem era conhecido pelas jovens gerações do país.  

6) Divaldo foi o único médium considerado persona non grata e proibido de entrar num país (no caso, Portugal e suas colônias africanas, em 1972), justamente porque uma mensagem do Espírito Monsenhor Manuel Alves da Cunha (1872-1947) continha descrições de fatos que não eram muito conhecidos (veja livro Sol de Esperança, Diversos Espíritos, Ed. LEAL/BA) e eram quase segredo de Estado. 

7) Divaldo foi o único médium intimado por uma polícia internacional (a PIDE, na África), para explicar as informações históricas do país, contidas numa mensagem psicografada, como referido no item 6 acima. 

A produção psicográfica de Divaldo é enciclopédica, embora ele não tenha cursado nem o ginásio  

8) Dos mais de 260 Espíritos que se manifestaram através de Divaldo e que estão registrados em livros, quando encarnados eles tiveram quinze diferentes atividades profissionais (Prêmios Nobel, Acadêmicos de Letras, Filósofos, Cientistas, Poetas, Militares, Educadores, Médiuns, Vultos espíritas, Políticos, Presidentes da República, Religiosos, campeões esportistas, Santos e Santas), e de diferentes procedências, o que não deixa de ser um ponto muito importante a destacar, pois indica as diversidades culturais dos Espíritos. Com relação à naturalidade destes Espíritos encontramos a não menos interessante situação: da Europa (Espíritos Comunicantes procedentes de nove países); América (Espíritos Comunicantes de seis países e de 16 Estados do Brasil); África (Espíritos Comunicantes de dois países); e Ásia (Espírito Comunicante de um país).  

9) Em somente cem mensagens familiares psicografadas por Divaldo (dentre milhares delas), de sessenta Espíritos para seus entes queridos, anotamos mais de 750 particularidades e detalhes familiares nas mesmas. Destaca-se que Divaldo desconhecia totalmente muitos desses Espíritos missivistas e seus familiares, o que afasta por completo qualquer possibilidade de ser levantada alguma justificação anímica ou telepática. Mais importante é destacar que esses entes queridos eram médicos, advogados, arquitetos, desembargadores, escritores etc. Isto significa que estas pessoas tinham total capacidade para avaliar a psicografia e a procedência delas.  

10) Está sendo revisado um vade-mécum (dicionário temático remissivo) de todos os livros produzidos pelo médium Divaldo (os psicografados, as coletâneas, os biográficos etc.), trabalho que totalizou mais de 20 mil remissões e cerca de três mil verbetes (assuntos), o que reforça também o elevado conteúdo cultural de sua psicografia.  

11) Analisados quatro livros psicografados por Divaldo do Espírito Manoel Vianna de Carvalho (1874-1926), que foi um grande orador espírita cearense, constatamos que houve citação de quase quinhentos nomes de pessoas conhecidas na história, nas mais diversas áreas de atuação e de diferentes lugares. Com relação às outras citações feitas por esse Espírito nesses livros (citações científicas, filosóficas, históricas, políticas, bíblicas, literárias e médicas), há cerca de 1.100 delas. A produção psicográfica do médium Divaldo, repetimos, é enciclopédica, voltando a lembrar que ele nem o ginásio cursou.  

12) Nunca existiu um médium tão produtivo, que psicografasse tantos livros, tão volumosos (romances, tratados etc.), de mais de 400 páginas, 14x21 cm. 

Esclarecemos que de modo algum estamos querendo dizer que Divaldo é um médium melhor que outros, muito menos que ele seja diferente dos demais. Apenas quisemos apontar algumas peculiaridades em sua obra psicográfica mediúnica e coisas inéditas que aconteceram com ele, o que ninguém poderá negar.

Nos próximos artigos começaremos a rigorosa análise comparativa entre alguns Autores Espirituais, que ditaram mensagens ou livros por meio de Divaldo, com os livros que escreveram quando estavam encarnados.
 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita