WEB

BUSCA NO SITE

Página Inicial
Capa desta edição
Edições Anteriores
Quem somos
Estudos Espíritas
Biblioteca Virtual
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English Livres Spirites en Français   
Jornal O Imortal
Vocabulário Espírita
Biografias
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English Livres Spirites en Français Spiritisma Libroj en Esperanto 
Mensagens de Voz
Filmes Espiritualistas
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English    
Efemérides
Esperanto sem mestre
Links
Fale Conosco

Estudando a série André Luiz
Ano 2 - N° 93 – 8 de Fevereiro de 2009

MARCELO BORELA DE OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)  
 

Libertação

André Luiz

(4a Parte)

Damos continuidade ao estudo da obra Libertação, de André Luiz, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada em 1949 pela Federação Espírita Brasileira.

Questões preliminares

A. Que fazer para desfrutarmos de paz após a desencarnação?

R.: O instrutor Gúbio foi quanto a isso muito claro: “Não há paraísos miraculosos”. Cada homem sentará no trono que levantou ou se projetará no abismo que preferiu. Se o lapidário aprimora a pedra usando lima resistente, o Senhor aperfeiçoa o caráter dos filhos transviados usando corações endurecidos. "Qualidades morais e vir­tudes excelsas não são meras fórmulas verbalistas. São forças vivas. Sem a posse delas, é impraticável a ascensão do espírito humano", acrescentou o Instrutor. (Libertação, cap. II, pp. 33 e 34.)

B. A quem cabe a responsabilidade pelo aperfeiçoamento do planeta?

R.: A responsabilidade pelo aperfeiçoamento do mundo compete-nos a todos, encarnados e desencarnados. "Os homens não se acham sozinhos na estreita senda de provas salutares em que se confinam”, afirmou o instrutor Gúbio. (Obra citada, cap. III, pp. 38 e 39.)

C. Há materialização de Espíritos no plano espiritual?

R.: Sim. André descreve o fenômeno e o gracioso templo em que o fato se deu, onde as vibrações constantes das preces, aí emitidas por vários séculos, tinham criado em torno da edificação prodigioso clima de en­cantamento. Melodia celeste derramava-se à surdina e uma claridade cariciosa azul-brilhante banhava o recinto, adornado de flores níveas, semelhantes aos lírios da Terra. Logo que se compôs o con­junto para a oração, André notou que os doadores de energia radiante, médiuns de materialização do plano espiritual, se alinhavam, ali perto, em número de vinte. (Obra citada, cap. III, pp. 40 e 41.)

Texto para leitura

14. Não há paraísos miraculosos - Gúbio lembrou que os átomos que in­tegram a hóstia de um templo são, no fundo, iguais àqueles que formam o pão pobre de uma penitenciária. Assim ocorre com toda matéria em si mesma. Passiva e plástica, é análoga nas mãos das entidades sábias ou ignorantes, amorosas ou brutalizadas, no estado de condensação conhe­cido na Crosta, e além dele. Em razão disso, são compreensíveis as transitórias construções levantadas no plano espiritual por criaturas desviadas do bem. "Para quem anestesiou as faculdades no prazer fugi­dio, a separação da carne geralmente constitui acesso a doloroso está­gio na incompreensão", advertiu Gúbio. Considerando, então, que a maioria das criaturas humanas persegue as sensações do corpo físico, qual se as atrações genésicas e o desvairado apego aos bens encerras­sem toda a felicidade do mundo, a colheita dessas criaturas é sempre inquietante. Conservam a idéia da satisfação egoística a qualquer preço. Loucos perigosos, dirigidos por entidades especializadas em dominação, constituem hordas terríveis que, na verdade, vigiam as saídas das esferas inferiores em todas as direções. Nesse passo, Elói, visi­velmente consternado, perguntou por que Deus permite semelhante irre­gularidade. Não bastaria ligeira ordem do Eterno para sanar a desarmo­nia? O Instrutor repetiu a lição já transmitida anteriormente: não há paraísos miraculosos; cada homem sentará no trono que levantou ou se projetará no abismo que preferiu; se o lapidário aprimora a pedra usando lima resistente, o Senhor aperfeiçoa o caráter dos filhos transviados usando corações endurecidos. "Nem sempre o melhor juiz pode ser o homem mais doce", afirmou Gúbio. "Qualidades morais e vir­tudes excelsas não são meras fórmulas verbalistas. São forças vivas. Sem a posse delas, é impraticável a ascensão do espírito humano", acrescentou o Instrutor. O choque da morte imprime nas personalidades vulgares tremendos conflitos à organização perispirítica. Após perde­rem abençoados anos na esfera carnal, enredadas em conflitos deplorá­veis, erram aflitas, exânimes e revoltadas, ajustando-se ao primeiro grupo de entidades viciosas que lhes garantam continuidade de aventura em fictícios prazeres. Formam, assim, associações enormes e compactas, com base nas emanações da Crosta do Mundo, onde milhões de homens e mulheres lhes sustentam as exigências mais baixas e dos quais sugam as energias, como se lidassem com generoso rebanho bovino... (Cap. II, pp. 33 e 34) 

15. Somos herdeiros do Poder Criador - Encarnados e desencarnados se­remos, contudo, responsabilizados por esse conúbio mental. Se o perse­guidor invisível erige agrupamentos para culto sistemático à revolta e ao egoísmo, o encarnado garante-lhe a obra nefasta pela fuga constante às suas obrigações de cooperador de Deus, no plano de serviço em que se localiza, alimentando ruinosa aliança. Existem, pois, espíritos que atravessam séculos inteiros jungidos às criaturas encarnadas, presos a lamentáveis ilusões e a propósitos sinistros, obsidiando-se, mutua­mente, seja na carne ou na ausência dela. "Há milhões de almas humanas que se não afastaram, ainda, da Crosta Terrestre, há mais de dez mil anos", afirmou Gúbio. Morrem no corpo denso e renascem nele, qual acontece às árvores que brotam sempre, profundamente arraigadas no solo. Recapitulam, individual e coletivamente, lições multimilenárias, sem atinarem com os dons celestiais de que são herdeiras... O Instru­tor informou, contudo, que, no fluir e refluir das eras numerosas, os filhos do planeta que se conservam atentos às determinações divinas, livres da antiga escravidão à miséria moral, "tornam ao ambiente es­curo do cativeiro que já abandonaram, a fim de ampararem os irmãos ig­norantes e desvairados, em sublime trabalho de compaixão". "Formam as vanguardas do Cristo, nos mais diversos pontos do Globo, e, aos milhões, sob o patrocínio d' Ele, operam no amor e na renúncia, avan­çando, dificilmente embora, humanidade adentro, enfrentando a ofen­siva incendiária e exterminadora, com as bênçãos da Luz Celeste..." O Instrutor elucidou, ainda, que, apesar dos argumentos teológicos de milênios que vêm obstruindo os canais da inteligência humana, a cria­tura prosseguirá na tarefa do autodescobrimento. Depende apenas de nós a direção que nossa mente venha a tomar. O coração é um tabernáculo, e a sublimação das potências que o integram é a única via de acesso às esferas superiores. Herdeiros do Poder Criador, geraremos forças afins conosco, onde estivermos. "Qual de nós cometeria o absurdo de exigir vôo ao balão cativo?" -- indagou Gúbio. Pois bem, a mente humana, quando enraizada nos interesses mais fortes da Terra, não detém outro símbolo. E' preciso, pois, deixá-la librar rumo aos interesses legíti­mos da vida. (Cap. II, pp. 35 a 37) 

16. A responsabilidade pelo mundo é de todos nós - Antes da excursão à Crosta, André disse a Gúbio achar admirável como se formam verdadeiras expedições na esfera espiritual para atender a simples caso de obsessão. De fato, redargüiu o Instrutor, os homens encarnados "não suspei­tam a extensão dos cuidados que despertam em nossos círculos de ação". "Somos todos, eles e nós, corações imantados uns aos outros, na forja de benditas experiências. No romance evolutivo e redentor da Humani­dade, cada espírito possui capítulo especial. Ternos e ríspidos laços de amor e ódio, simpatia e repulsão, acorrentam-nos reciprocamente", acentuou Gúbio. E' que as almas reencarnadas na Crosta nada sabem quanto às atividades pregressas. O esquecimento temporário lhes fa­culta valiosa segurança para retorno a oportunidades de elevação. Con­tudo, enquanto mergulham em olvido benéfico, as entidades protetoras demoram-se, por sua vez, em abençoada vigília. Os perigos que ameaçam seus entes amados de agora ou de épocas passadas não as deixam impas­síveis. "Os homens não se acham sozinhos na estreita senda de provas salutares em que se confinam. A responsabilidade pelo aperfeiçoamento do mundo compete-nos a todos", asseverou o Instrutor. Eles iriam visi­tar Margarida, uma enferma ligada ao passado espiritual de Gúbio, de quem fora filha em eras recuadas. Contudo, ele não fora designado para servir naquele caso. "Em cada problema de socorro, é imprescindível considerar as várias partes em jogo", informou o Instrutor. Em cada enigma de obsessão a resolver, os protetores espirituais são levados a buscar todas as personalidades que compõem o quadro de serviço. Perse­guidores e perseguidos entrelaçam-se, em cada processo de auxílio, em grande número. Cada espírito é um elo importante em extensa região da corrente humana. Quanto mais crescemos em conhecimentos e aptidões, amor e autoridade, maior é o âmbito de nossas ligações na esfera ge­ral. Há almas que se vêem sob o interesse de milhões de outras almas. Mas quando a perturbação se estabelece, não é fácil desfazer obstácu­los, porque, nessas circunstâncias, é indispensável proceder com abso­luta imparcialidade, dando a cada um quanto lhe caiba. (Cap. III, pp. 38 e 39)

17. Materialização no plano espiritual - Acima da justiça comum, ou­tros tribunais mais altos funcionam. Em razão disso, todos os casos de desarmonia espiritual na Terra movem extensa rede de servidores que passam a tratá-los, sem inclinações pessoais, em bases do amor que Je­sus exemplificou e, nessas ocasiões, as entidades se preparam para sa­tisfazer todos os imperativos de trabalho salvacionista que a tarefa lhes imponha ou proporcione. Nesse ponto da conversa, Gúbio e André chegaram a gracioso templo consagrado à materialização de entidades sublimes. As vibrações constantes das preces, aí emitidas por vários séculos, tinham criado em torno da edificação prodigioso clima de en­cantamento. Melodia celeste derramava-se à surdina. Gúbio e André pe­netraram o jardim que circundava o aprazível santuário. Alguns irmãos adiantaram-se, acolhedores. Um deles, o Instrutor Gama, que se encar­regava dos serviços da casa, abraçou-os. Eles entraram e ficaram sa­bendo, de imediato, que outro grupo de serviço ali também se achava. Uma claridade cariciosa azul-brilhante banhava o recinto, adornado de flores níveas, semelhantes aos lírios da Terra. Logo se compôs o con­junto para a oração. Os doadores de energia radiante, médiuns de materialização do plano espiritual, se alinhavam, ali perto, em número de vinte. Logo após a prece, a tribuna se iluminou. Esbranquiçada nuvem de substância leitosa-brilhante adensou-se em derredor e, pouco a pouco, desse bloco de neve translúcida emergiu a figura viva e respei­tável de veneranda mulher, que a todos cumprimentou com um gesto de bênção, como que endereçando a cada um os raios de luz esmeraldina que, em forma de auréola, lhe exornavam a cabeça. Duas moças que inte­gravam o outro grupo de serviço avançaram discretas e rojaram-se, ge­nuflexas: "Mãe querida -- clamou uma delas --, ajuda-me a falar-te! A saudade longamente reprimida é um fogo que consome o coração. Auxilia-me! não me deixes perder este doce e divino minuto!" (Cap. III, pp. 40 e 41) (Continua no próximo número.)   

  


Voltar à página anterior


O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita