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Correio Mediúnico
Ano 2 - N° 93 - 8 de Fevereiro de 2009
 

 

O servidor negligente

Neio Lúcio 


À porta de grande carpintaria, chegou um rapaz, de caixa às costas, à procura de emprego.

Parecia humilde e educado.

O diretor da instituição compareceu, atencioso, para atendê-lo.

— Tem serviço com que me possa favore­cer? — indagou o jovem, respeitoso, depois das saudações habituais.

— As tarefas são muitas — elucidou o chefe.

— Oh! por favor! — tornou o interessa­do — meus velhos pais necessitam de amparo. Tenho batido, em vão, à porta de várias oficinas. Ninguém me socorre. Contentar-me-ei com sa­lário reduzido e aceitarei o horário que desejar.

O diretor, muito calmo, acentuou:

—  Trabalho não falta...

E, enquanto o candidato mostrava um sor­riso de esperança, acrescentou:

—  Traz suas ferramentas em ordem?

—  Perfeitamente — respondeu o interpe­lado.

—  Vejamo-las.

O moço abriu a caixa que trazia. Metia pena reparar-lhe os instrumentos.

A enxó se achava deformada pela ferrugem grossa. O serrote mostrava vários dentes quebrados. O martelo tinha cabo incompleto. O alicate estava francamente desconjuntado. Diversos formões não atenderiam a qualquer apelo de serviço, tal a imperfeição que apresentavam seus gumes. Poeira espessa recobria todos os objetos.

O dirigente da oficina observou... obser­vou... e disse, desencantado:

—  Para o senhor, não temos qualquer tra­balho.

—  Oh! Por quê? — interrogou o rapaz, em tom de súplica.

O diretor esclareceu, sem azedume:

— Se o senhor não tem cuidado com as fer­ramentas que lhe pertencem, como preservará nossas máquinas? se é indiferente naquilo em que deve sentir-se honrado, chegará a ser útil aos interesses alheios? quem não zela atentamente no “pouco” de que dispõe, não é digno de receber o “muito”. Aprenda a cuidar das coisas aparentemente sem importância. Pelas amostras, grandes negócios se realizam neste mundo e o menosprezo para consigo é indese­jável mostruário de sua indiferença perniciosa. Aproveite a experiência e volte mais tarde.

Não valeram petitórios do moço necessitado. Foi compelido a retirar-se, em grande abatimento, guardando a dura lição.

Assim também acontece no caminho comum.

Quem deseja o corpo iluminado e glorioso na espiritualidade, além da morte, cuide respeitosamente do corpo físico.

Quem aspira à companhia dos anjos, mostre boas maneiras, boas palavras e boas ações aos vizinhos.

Quem espera a colheita de alegrias no fu­turo, aproveite a hora presente, na sementeira do bem.

E quantos sonharem com o Céu tratem de fazer um caminho de elevação na Terra mesma.


 

Extraído do cap. 13 do livro Alvorada Cristã, obra psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada pela Federação Espírita Brasileira.


 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita