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Clássicos do Espiritismo
Ano 2 - N° 92 – 1º de Fevereiro de 2009

ANGÉLICA REIS
a_reis_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 

A Alma é Imortal

 Gabriel Delanne

(Parte 11)

Damos continuidade ao estudo do clássico A Alma é Imortal, de Gabriel Delanne, conforme tradução de Guillon Ribeiro, publicada pela Federação Espírita Brasileira.

Questões preliminares

A. O livro As Alucinações Telepáticas, mencionado por Delanne, também contém relatos de aparições de pessoas falecidas?

R.: Sim, diversos relatos. Em um deles, a Sra. Bishop diz que um índio de nome Mountain Jim, que ela conhecera na América, apareceu-lhe no quarto de um hotel na Suíça no dia exato em que seu corpo morrera em sua aldeia. Ele surgiu de repente e lhe disse: “Vim, como prometi”. Depois, fez um sinal com a mão e disse: “Adeus!”. (A Alma é Imortal, págs. 124 a 129.)

B. Depois de contestar o argumento de que as aparições não passariam de simples alucinações, Delanne afirma que o Espiritismo tem direito ao nome de ciência. Por quê?

R.: Uma ciência só se acha verdadeiramente constituída quando pode verificar, por meio da experiência, as hipóteses que os fatos lhe sugerem. O Espiritismo tem direito ao nome de ciência porque não se limitou à simples observação dos fenômenos naturais que revelam a existência da alma, mas empregou todos os processos para chegar à demonstração de suas teorias. O magnetismo e a ciência pura serviram-lhe, nesse sentido, de poderosos auxiliares. (Obra citada, págs. 134 e 135.)

C. Que significa o termo animismo e que é que a teoria animista nos permite concluir?

R.: Deu-se a denominação de animismo à ação extracorpórea da alma, porém semelhante distinção é puramente nominal, visto que tais manifestações são sempre idênticas, quer durante a vida, quer após a morte. A alma pode, pois, não apenas produzir fenômenos de transmissão do pensamento ou de aparições, mas também provocar deslocamentos de objetos materiais que lhe atestem a presença. Ora, se a alma humana tem o poder de agir fora do seu corpo, lógico é se admita que dispõe ela do mesmo poder depois da morte, se sobrevive integralmente e se se põe em comunicação com um organismo vivo, análogo ao que possuía antes de morrer. (Obra citada, págs. 135 a 138.) 

Texto para leitura 

112. A obra As Alucinações Telepáticas traz relatos de diversas aparições de pessoas falecidas, como a narrada pela sra. Stella Chieri, da Itália, que lia um livro junto da lareira, quando a porta do recinto se abriu e Bertie (que morrera minutos antes) entrou. Ela se levantou bruscamente, a fim de aproximar do fogo uma poltrona para ele, pois lhe pareceu que o jovem estivesse com frio e não trazia capote, embora na ocasião nevasse. Depois que a aparição se desfez é que a sra. Chieri ficou sabendo, através do sr. G..., que Bertie havia morrido em seu quarto meia hora antes. (Págs. 124 e 125)

113. Relato semelhante foi feito pela sra. Bishop, em março de 1884. Segundo essa escritora, um índio de nome Mountain Jim, que ela conhecera na América, apareceu-lhe no quarto de um hotel na Suíça no dia exato em que seu corpo morrera em sua aldeia. Mountain Jim surgiu de repente diante dela e lhe disse: “Vim, como prometi”. Depois, fez um sinal com a mão e disse: “Adeus!”, fato que prova que o Espírito dispõe de um órgão para produzir sons articulados e de uma força para acioná-lo. (Págs. 127 e 128)

114. Morto na baía de Hong Kong a 21-8-1869, em conseqüência de um ataque de insolação, o sr. Cox apareceu, algumas horas depois, no quarto de seu filho, um menino de sete anos, em Devonport (Irlanda), e logo depois a uma irmã, sra. Minnie Cox, junto da lareira da casa. Como a sra. Cox não sabia de sua morte, ela ficou aterrada e cobriu a cabeça com um lençol, mas pôde ouvi-lo nitidamente a chamá-la pelo nome, o que foi repetido três vezes. (Págs. 128 e 129)

115. Delanne transcreve em seguida um relato datado de 19-5-1883, extraído da obra As Alucinações Telepáticas, em que se registrou a aparição de três Espíritos e, na seqüência, reproduz um caso em que o morto pôde ser visto por diversas pessoas. Diz Delanne que, além desses, a obra citada apresenta 63 outros fatos análogos, o que desmonta a tese da alucinação, porque é ir muito longe imaginar que várias pessoas possam ser vítimas de uma mesma ilusão. (Págs. 129 a 133)

116. A negação, para legitimar-se, diz Delanne, precisa de limites, porquanto não lhe é possível manter-se, desde que seja posta em face de provas experimentais que atestam a realidade das manifestações. Em todos os casos referidos, a certeza da visão em si mesma não é contestada. O que os opugnadores negam é que seja objetiva, ou seja, que se haja produzido algures, que não no cérebro do operador ou dos assistentes. (Págs. 133 e 134)

117. Uma ciência só se acha verdadeiramente constituída quando pode verificar, por meio da experiência, as hipóteses que os fatos lhe sugerem. O Espiritismo tem direito ao nome de ciência, porque não se limitou à simples observação dos fenômenos naturais que revelam a existência da alma, mas empregou todos os processos para chegar à demonstração de suas teorias. O magnetismo e a ciência pura serviram-lhe, nesse sentido, de poderosos auxiliares. (Pág. 135)

118. Os numerosos exemplos verificados do desdobramento da alma mostraram que era possível reproduzir experimentalmente esses fenômenos. Deu-se então a denominação de animismo à ação extracorpórea da alma, porém semelhante distinção é puramente nominal, visto que tais manifestações são sempre idênticas, quer durante a vida, quer após a morte. A alma pode, pois, não apenas produzir fenômenos de transmissão do pensamento ou de aparições, mas também provocar deslocamentos de objetos materiais que lhe atestem a presença. (Págs. 135 e 136)

119. Ora, se a alma humana tem o poder de agir fora do seu corpo, lógico é se admita que dispõe ela do mesmo poder depois da morte, se sobrevive integralmente e se se põe em comunicação com um organismo vivo, análogo ao que possuía antes de morrer. (Pág. 136)

120. Dito isto, Delanne relata um fato de aparição voluntária em que o agente resolveu, por moto próprio, aparecer num quarto em que dormiam duas pessoas de suas relações. Posteriormente, durante a vigília, ele as visitou, ocasião em que a mais velha contou-lhe tê-lo visto no domingo anterior, quando ele se desdobrara e fora à casa delas. (Págs. 137 e 138) (Continua no próximo número.)

 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita