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Crônicas e Artigos
Ano 2 - N° 91 - 25 de Janeiro de 2009

VLADIMIR POLÍZIO
polizio@terra.com.br
Jundiaí, São Paulo (Brasil)


Poeta e médium-curador?


E por que não?

A Doutrina Espírita, em seu campo religioso, filosófico e científico, abriga estudiosos vinculados a todos os segmentos profissionais ou envolvidos em atividades das mais diversas áreas. São pessoas que, interessadas no conhecimento ou aprimoramento do que se refere às contingências da vida, ou seja, sobre tudo aquilo que o homem encarnado não é capaz de controlar, procuraram um dia aproximar-se dessa fonte de conhecimento, verdadeiro manancial cristalino, para absorver o que não encontraram em outras paragens.

Por isso mesmo, nada pode surpreender, especialmente quando são encontrados personagens de certa forma históricos, em razão dos feitos notáveis de que tiveram participação e que, por razões que a própria razão às vezes desconhece, não são divulgados na altura em que deveriam. É evidente que quando se fala em divulgação, fala-se dos valores que essas pessoas amealharam para si, e que, em razão mesmo do tempo que modifica, abranda ou tudo apaga, resultam em ter esses registros arquivados nas estantes, sem que sejam eles apresentados às várias gerações que aí estão, em busca de aprendizado. 

Sabe-se que a Doutrina não guarda em seu seio pessoas idolatradas na condição de ‘santo’, mesmo porque esse título não está afeto à classificação por parte dos encarnados, por fugir-lhes a competência. Mas nada impede, contudo, que as figuras consideradas como baluartes tenham seus nomes amplamente divulgados. Ora, como contribuíram para que a Doutrina dos Espíritos alcançasse posição que lhe permitisse respirar comodamente, facilitando o acesso às suas orientações, da parte de pessoas de todas as classes econômicas e intelectuais, é no mínimo louvável que essas pessoas todas sejam lembradas, pois desbravaram caminhos onde não havia espaço para isso. 

Pelo ano de 1834, a 1º de fevereiro, nascia na cidade de Laranjeiras, em Sergipe, aquele que seria uma dessas colunas basilares que se conhece no Espiritismo: Francisco Leite Bittencourt Sampaio. Viveu 61 anos e desencarnou no Rio de Janeiro, em 10 de outubro de 1895. 

Bacharelou-se pela Academia de Direito do Estado de São Paulo, em 1859, voltando à sua terra natal, onde exerceu a Promotoria Pública. Posteriormente assumiu a Inspetoria Literária na Comarca de Itabaiana até o ano de 1861, quando transferiu residência para o Rio de Janeiro, exercendo a advocacia por muitos anos. 

Foi jurisconsulto, magistrado, político, funcionário público, jornalista, literato e poeta. Como jornalista colaborou eficientemente na Imprensa Paulista, em diversos jornais e revistas. Ainda como estudante celebrizou-se pela composição do Hino “A Mocidade Acadêmica”, cuja partitura musical coube ao imortal maestro Carlos Gomes (1). 

E foi, aliás, com Carlos Gomes, desencarnado em 1896, que a figura que nos referimos, Bittencourt Sampaio, poeta de um lirismo incomparável, soube expressar todo o sentimento e a grandeza de seu coração adamantino.

É dele um poema que muitos pais e avós cantarolavam. 

“Tão longe/De mim distante/Onde irá/Onde irá/Teu pensamento...”. Essa música, “Quem Sabe”, composta por Carlos Gomes com letra de Bittencourt Sampaio, tem nada menos que 150 anos, já que foi composta em 1859. 

Em uma de suas mensagens transmitidas mediunicamente a Francisco Cândido Xavier, ao final da reunião levada a efeito em 2 de junho de 1955, como se fazia todas as quintas-feiras, na sede do Centro Espírita Luiz Gonzaga, em Pedro Leopoldo, Bittencourt Sampaio assim se expressou: ‘Não ignorais que a civilização de hoje é um grande barco sob a tempestade... Mas, enquanto mastros tombam oscilantes e estalam vigas mestras, aos gritos da equipagem desarvorada, ante a metralha que incendeia a noite moral do mundo, o Cristo está no leme! Servindo-o, infatigavelmente, repitamos, confortados e felizes: Cristo ontem, Cristo hoje, Cristo amanhã!... Louvado seja o Cristo de Deus!’  (2).

 

(1)  Anuário Espírita/1984 – IDE – Instituto de Difusão Espírita.

(2) Instruções Psicofônicas. Francisco Cândido Xavier – FEB – Federação Espírita Brasileira.                  
                                              


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita