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Estudando a série André Luiz
Ano 2 - N° 91 - 25 de Janeiro de 2009   

MARCELO BORELA DE OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)  
 

Libertação

André Luiz

(2a Parte)

Damos continuidade ao estudo da obra Libertação, de André Luiz, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada em 1949 pela Federação Espírita Brasileira.

Questões preliminares

A. Como os instrutores espirituais definem o inferno?

R.: O inferno é um problema de direção espiritual. Satã é a inteligência perversa; o mal é o desperdício do tempo ou o emprego da energia em sentido contrário aos propósitos do Senhor, enquanto que o sofrimento é reparação ou ensinamento renovador. (Libertação, cap. I, pp. 20 a 22.)

B. Como funciona a justiça divina?

R.: A justiça divina funciona através da injustiça aparente, até que o amor nasça e redima os que se condenaram a longas e dolorosas sentenças diante da Lei. Homens perversos, calculistas, delituosos e inconseqüentes são vigia­dos por gênios da mesma natureza, que se afinam com as tendências de que são portadores. Jamais faltou proteção do Céu contra os tormentos que as almas endurecidas e ingratas semearam na Terra; no entanto, seria ilógico e absurdo designar um anjo para custodiar criminosos. (Obra citada, cap. I, pp. 22 e 23.)

C. A obra de regeneração da Humanidade depende fundamentalmente de quê?

R.: Do nosso esforço pessoal no bem, sem o qual a obra regenerativa será adiada indefinidamente. Compreendamos assim como precioso e indispensável o nosso concurso fraterno, para que irmãos nossos, hoje impermeáveis no mal, se convertam aos Desígnios Divinos, aprendendo a utilizar os poderes da luz potencial de que são detentores. Sem polarizar as energias da alma na direção divina, todo programa de redenção é um conjunto de palavras que pecam pela improbabilidade flagrante. (Obra citada, cap. I, pp. 24 e 25.) 

Texto para leitura

6. Um mundo espiritual atormentado nos cerca - Flácus prosseguiu sua palestra ensinando que a matéria, congregando milhões de vidas embrio­nárias, é também a condensação da energia, atendendo aos imperativos do "eu" que lhe preside à destinação. "Do hidrogênio às mais complexas unidades atômicas, é o poder do espírito eterno a alavanca diretora de prótons, nêutrons e elétrons, na estrada infinita da vida", afirmou o palestrante. A inteligência corporificada no círculo humano demora-se em transitória região, que é adaptada às suas exigências de progresso e aperfeiçoamento, dentro da qual o protoplasma (1) lhe faculta instrumen­tos de trabalho, crescimento e expansão. Entretanto, nesse mesmo espaço, alonga-se a matéria noutros estados, e, nesses outros estados, a mente desencarnada, em viagem para o co­nhecimento e para a virtude, radica-se na esfera física, buscando do­miná-la e absorvê-la, estabelecendo gigantesca luta de pensamento que ao homem comum não é dado calcular. Frustrados em suas aspirações de vaidoso domínio no domicílio celestial, homens e mulheres de todos os climas e de todas as civilizações, depois da morte, esbarram nessa região em que se prolongam as atividades terrenas e elegem o instinto de soberania sobre a Terra por única felicidade digna do impulso de con­quistar. Rebelados, tentam desacreditar a grandeza divina, estimulando o poder autocrático da inteligência insubmissa e orgulhosa, e buscando preservar os círculos terrestres para a dilatação indefinida do ódio e da revolta, da vaidade e da criminalidade, como se o mundo, em sua expressão inferior, lhes fosse paraíso único, ainda não integralmente submetido a seus caprichos, em vista da permanente discórdia reinante entre eles mesmos. Na verdade, eles não se apercebem da situação dolo­rosa em que se acham. Ora, fora do amor verdadeiro, toda união é tem­porária, e a guerra será sempre o estado natural daqueles que perseve­ram na indisciplina. "Um reino espiritual, dividido e atormentado, cerca a experiência humana, em todas as direções, intentando dilatar o domínio permanente da tirania e da força", concluiu o Ministro Flácus. (Cap. I, pp. 18 e 19) 

7. O inferno é um problema de direção espiritual - Flácus esclareceu que, como acontece aos corpos gigantescos do Cosmos, também nós outros, espiritualmente, caminhamos para o zênite evolutivo, experimentando as radiações uns dos outros. "Nesse processo multiforme de in­tercâmbio, atração, imantação e repulsão, aperfeiçoam-se mundos e al­mas, na comunidade universal", acentuou o Ministro. Incapacitados de prosseguir além do túmulo, a caminho do Céu que não souberam conquis­tar, os filhos do desespero organizam-se em vastas colônias de ódio e miséria moral, disputando entre si a dominação da Terra e buscando, acima de tudo, a perversão dos processos divinos que orientam a evolução planetária. Cristalizados na rebeldia, tentam solapar, em vão, a Sabedoria Eterna, criando quistos de vida inferior na organização ter­restre. "Os homens terrenos que, semilibertos do corpo, lhes consegui­ram identificar, de algum modo, a existência, recuaram, tímidos e es­pavoridos, espalhando entre os contemporâneos as noções de um inferno punitivo e infindável, encravado em tenebrosas regiões além da morte", disse Flácus. É que a mente infantil da Terra, através da teologia comum, nunca pôde apreender, mais intensivamente, a realidade espiri­tual que nos governa os destinos. Raras pessoas compreendem na morte simples modificação de envoltório e escasso número de indivíduos, ainda mesmo em se tratando dos religiosos mais avançados, guardam a prudência de viver, no corpo físico, de conformidade com os princípios superiores que esposam. O homem é o condutor do próprio homem. Entre o que se acerca do anjo e o selvagem existem milhares de posições, ocu­padas pelo raciocínio e pelo sentimento dos mais variados matizes. Se há uma corrente brilhante e maravilhosa de criaturas que se dirigem para o monte da sublimação, existe outra corrente, escura e infeliz, interessada em descer às trevas, lançando perturbação, desânimo, de­sordem e sombra, consagrando a morte. Aderimos ao movimento que nos diz respeito. "O inferno, por isto mesmo, é um problema de direção es­piritual. Satã é a inteligência perversa. O mal é o desperdício do tempo ou o emprego da energia em sentido contrário aos propósitos do Senhor. O sofrimento é reparação ou ensinamento renovador", acrescen­tou o Ministro. (Cap. I, pp. 20 a 22) 

8. O mau corrige os maus - As almas decaídas não formam, porém, uma raça espiritual sentenciada irremediavelmente ao satanismo: integram, apenas, a coletividade das criaturas humanas desencarnadas, em posição de absoluta insensatez. Misturam-se à multidão terrestre, exercem atuação singular sobre inúmeros lares e administrações, e o interesse fundamental das mais poderosas inteligências, dentre elas, é a conservação do mundo ofuscado e distraído, à força da ignorância defendida e do egoísmo recalcado, adiando-se o Reino de Deus entre os homens, in­definidamente... "De milênios a milênios, a região em que respiram pa­dece extremas alterações, qual acontece ao campo provisoriamente ocu­pado pelos povos conhecidos", asseverou o Ministro. A matéria que lhes estrutura a residência sofre grandes transformações e precioso tra­balho seletivo se opera na transformação natural, dentro dos moldes do Infinito Bem. Feita uma pausa, um dos ouvintes indagou ao Ministro por que o Senhor Compassivo e Sábio não suprime tão pavoroso quadro. Flá­cus, antes de responder, lembrou-lhe que nós mesmos tardamos em aderir ao Reino Divino e portamos também um lado sombrio na própria indivi­dualidade. O orbe possui seus círculos de luz e trevas, como acontece a nós mesmos nos recessos do coração. "Nós outros e a humanidade mili­tante na carne não representamos senão diminuta parcela da família universal, confinados à faixa vibratória que nos é peculiar", explicou o Ministro. Somos apenas alguns bilhões de seres perante a Eternidade. "E estejamos convencidos -- afirmou ele -- de que se o diamante é la­pidado pelo diamante, o mau só pode ser corrigido pelo mau". A justiça funciona através da injustiça aparente, até que o amor nasça e redima os que se condenaram a longas e dolorosas sentenças diante da Boa Lei. Homens perversos, calculistas, delituosos e inconseqüentes são vigia­dos por gênios da mesma natureza, que se afinam com as tendências de que são portadores. De fato, jamais faltou proteção do Céu contra os tormentos que as almas endurecidas e ingratas semearam na Terra; no entanto, seria ilógico e absurdo designar um anjo para custodiar cri­minosos. (Cap. I, pp. 22 e 23) 

9. A necessidade do esforço pessoal - O Ministro Flácus deixou bem claro que nosso planeta, por enquanto, ainda não passa de vasto crivo de aprimoramento, ao qual somente os indivíduos excepcionalmente aper­feiçoados pelo próprio esforço conseguem escapar, na direção das esfe­ras sublimes. Considerando essa realidade é que Jesus exclamou, pe­rante o juiz, em Jerusalém: "Por agora, o meu Reino não é daqui", e foi pelo mesmo motivo que Paulo de Tarso disse aos Efésios que "não temos de lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os princi­pados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas e contra as hostes espirituais da maldade, nas próprias regiões celestes". Cabe-nos, portanto, preparar recursos de auxílio, reconhecendo que a obra redentora é trabalho educativo por excelência. Jesus, com seu sa­crifício, mostrou que o serviço do Reino Celeste não depende de com­promissos exteriores, mas do individualismo afeiçoado à boa vontade e ao espírito de renúncia em benefício dos semelhantes. Sem nosso es­forço pessoal no bem, a obra regenerativa será adiada indefinidamente, compreendendo-se por precioso e indispensável o nosso concurso fra­terno, para que irmãos nossos, hoje impermeáveis no mal, se convertam aos Desígnios Divinos, aprendendo a utilizar os poderes da luz poten­cial de que são detentores. "Somente o amor sentido, crido e vivido por nós provocará a eclosão dos raios de amor em nossos semelhantes", asseverou o Ministro. "Sem polarizar as energias da alma na direção divina, ajustando-lhes o magnetismo ao Centro do Universo, todo pro­grama de redenção é um conjunto de palavras, pecando pela improbabili­dade flagrante", concluiu o palestrante. (Cap. I, pp. 24 e 25)  (Continua no próximo número.)   

(1) Protoplasma é o nome que se dá ao conteúdo celular vivo, formado de citoplasma e núcleo.
 
  


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita