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Estudando as obras de Kardec
Ano 2 - N° 90 - 18 de Janeiro de 2009 

ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@oconsolador.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)

A Revue Spirite de 1862

Allan Kardec 

(Parte 11)

Damos seqüência ao estudo da Revue Spirite correspondente ao ano de 1862. O texto condensado do volume citado será aqui apresentado em 16 partes, com base na tradução de Júlio Abreu Filho publicada pela EDICEL.

Questões preliminares

A. Que aconteceu ao bispo que determinou o chamado auto-de-fé de Barcelona?

O bispo, segundo notícia publicada pela Revue, faleceu nove meses depois da queima pública dos livros espíritas, realizada em 9/10/1861. Mas, ao comunicar-se na Sociedade Espírita de Paris, se disse arrependido e pediu preces. “Orai por mim”, rogou o falecido. “Orai, porque é agradável a Deus a prece que lhe é dirigida pelo perseguido em favor do perseguidor.” Kardec, evidentemente, perdoou-lhe o infeliz ato, visto que perdoar é também caridade. (Revue Spirite de 1862, pp. 230 a 232.)

B. Como Santo Agostinho define a religião de Deus?

Convidado para ser o patrono espiritual da Sociedade Africana de Estudos Espíritas, formada em Constantina, Santo Agostinho aceitou o encargo e transmitiu uma mensagem, de que extraímos o seguinte: 1) Todos os homens são irmãos e o grande objetivo do Espiritismo é reuni-los um dia no mesmo lar e fazer que se sentem à mesa do Pai comum: Deus. 2) Amai-vos, amai-vos! Poupai-me de me armar do açoite com que se deve ferir o mau. Embora isto por vezes seja necessário, não sejais nunca desse número. 3) Lembrai que a religião de Deus é a religião do coração; que ela tem por base apenas um princípio: a caridade, e por desenvolvimento: o amor à Humanidade. (Obra citada, pp. 233 a 236.)

C. Krishna era também reencarnacionista?

Sim, e isso está bem claro no poema Mahabárata, em que Krishna diz claramente a Arjuna, chefe dos Pandus, que a alma passa a novos corpos em seu processo evolutivo. Comentando o assunto, Kardec disse que a idéia da reencarnação está muito bem definida nessa passagem, como, aliás, todas as crenças espíritas o estavam na antiguidade. “Só faltava um princípio: o da caridade”, diz o Codificador. “Estava reservado ao Cristo proclamar esta suprema lei, fonte de todas as felicidades terrenas e celestes.” (Obra citada, pp. 239 e 240.) 

Texto para leitura

112. Lamennais diz que a guerra é permitida por Deus e que é um erro não ver em César senão um conquistador, em Clóvis senão um bárbaro, em Carlos Magno senão um déspota. (P. 217)

113. Como se diz, os conquistadores são os próprios joguetes de Deus, os quais se servem dos homens para civilizar o homem, levando às outras nações o desenvolvimento, os ideais e, em conseqüência disso, o progresso. (P. 217)

114. Tratando do mesmo assunto, Barbaret, que viveu ao tempo de Henrique IV, diz que a influência dos homens de gênio sobre o futuro dos povos é incontestável, porque, sem eles, as grandes reformas só viriam muito depois. (P. 219)

115. Kardec analisa a conferência feita na Associação Politécnica pelo dr. Trousseau, professor da Faculdade de Medicina, em que o palestrante critica os sábios da Academia de Ciências que se dirigem aos charlatães, trata com desdém as experiências de Mesmer e ataca, ferino, as comunicações e práticas espíritas. (PP. 223 a 229)

116. A Revue  noticia a morte do bispo que determinou o chamado auto-de-fé de Barcelona. O falecimento ocorreu nove meses depois da queima pública dos livros espíritas, realizada em 9/10/1861. O fato produziu enorme expansão do Espiritismo naquele país e foi, por isso, inócuo. Comunicando-se na Sociedade Espírita de Paris, o bispo se disse arrependido e pediu preces. “Orai por mim”, rogou o falecido. “Orai, porque é agradável a Deus a prece que lhe é dirigida pelo perseguido em favor do perseguidor.” Kardec, evidentemente, perdoou-lhe, porque perdoar é também caridade. (PP. 230 a 232)

117. A morte da esposa de Daniel Dunglas Home, noticiada pelo jornal NORD, de 15/7/1862, é mencionada pela Revue. Diz o repórter que a senhora, antes de soltar o último alento, abjurou a religião grega, em presença do bispo de Périgueux, para unir-se à mesma crença do marido, adepto do catolicismo romano. Home disse ao jornal que ele e a esposa continuavam a se ver e a conversar tão à vontade como quando ela ainda habitava este mundo. (P. 232)

118. O Espírito de Jacques, falando à Sociedade Africana de Estudos Espíritas, formada em Constantina, diz que, antes de fazer as evocações particulares, é preciso iniciar a reunião com uma evocação geral, um apelo aos bons Espíritos que queiram comunicar-se espontaneamente. Depois, então, é que se partirá para as evocações pessoais. (P. 233)

119. Convidado a ser o patrono espiritual da Sociedade, Santo Agostinho aceitou o encargo e transmitiu uma mensagem, de que extraímos o seguinte: I - Todos os homens são irmãos e o grande objetivo do Espiritismo é reuni-los um dia no mesmo lar e fazer que se sentem à mesa do Pai comum: Deus. II - Amai-vos, amai-vos! Poupai-me de me armar do açoite com que se deve ferir o mau. Embora isto por vezes seja necessário, não sejais nunca desse número. III - Lembrai que a religião de Deus é a religião do coração; que ela tem por base apenas um princípio: a caridade, e por desenvolvimento: o amor à Humanidade. (PP. 234 a 236)

120. A Revue  transcreve a carta que o Sr. Jean Reynaud, autor do livro “Terre et Ciel”, enviou ao Journal des Débats, protestando contra a pecha de ser ele partidário do panteísmo e da metempsicose. Em seu livro, Jean Reynaud defende a doutrina da reencarnação, repelindo, porém, com toda a ênfase, a metempsicose. (PP. 237 e 238)

121. De Nantes (França), um assinante da Revue  envia cópia do poema Mahabárata, em que Krishna diz claramente a Arjuna, chefe dos Pandus, que a alma passa a novos corpos em seu processo evolutivo. Comentando o assunto, Kardec diz que a idéia da reencarnação está muito bem definida nessa passagem, como, aliás, todas as crenças espíritas o estavam na antigüidade. “Só faltava um princípio: o da caridade”, diz o Codificador. “Estava reservado ao Cristo proclamar esta suprema lei, fonte de todas as felicidades terrenas e celestes.” (PP. 239 e 240)

122. O planeta Vênus é considerado por Georges um ponto intermediário entre Mercúrio e Júpiter. Eis outras informações ditadas pelo referido Espírito: I - Os habitantes de Vênus têm a mesma conformação física que os da Terra. II - As doenças são ali ignoradas e seus habitantes só se nutrem de frutas e produtos do leite, não tendo o bárbaro costume de alimentar-se de cadáveres de animais. III - A forma política reveste a expressão da família: cada tribo tem seu chefe, eleito por classe de idade. IV - A velhice ali é o apogeu da dignidade humana. Isenta de doenças e feiúra, é calma e radiante, como bela tarde de outono. V - A vestimenta é uniforme: grandes túnicas brancas envolvem os corpos. VI - A reencarnação é em Vênus muitíssimo mais longa que a prova terrena. VII - Em Vênus não estão todos no mesmo nível de adiantamento espiritual, mas os menos adiantados de lá equivalem às estrelas do mundo terrestre, isto é, aos nossos gênios e nossos homens virtuosos. VIII - Não existe ali servidão: os superiores não são senhores, mas pais dos inferiores. (PP. 240 a 244)

123. A Revue reproduz uma carta escrita por um adepto do Espiritismo ao jornal de Saint-Jean-d’Angely, protestando contra o tratamento irônico e leviano dado pelo jornal aos partidários da doutrina espírita. (PP. 244 a 246)  (Continua no próximo número.)


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