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Estudando a série André Luiz
Ano 2 - N° 90 - 18 de Janeiro de 2009 

MARCELO BORELA DE OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)  
 

Libertação

André Luiz

(1a Parte)

Iniciamos nesta edição o estudo da obra Libertação, de André Luiz, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada em 1949 pela Federação Espírita Brasileira.

Questões preliminares

A. Como Emmanuel, no prefácio do livro, descreve o esforço de André ao escrevê-lo?

R.: Depois de contar a lenda do peixinho vermelho, Emmanuel diz que o esforço de André Luiz, ao escrever mais este livro, é semelhante ao do peixinho vermelho. Buscando acender luz nas trevas, retorna ele aos recôncavos da Crosta terrestre para anunciar aos antigos companheiros que, além dos cubículos em que se movimentam, resplandece outra vida, mais intensa e mais bela, exigindo, porém, acurado aprimoramento individual para a travessia da estreita passagem de acesso às claridades da sublimação. Ele fala, informa, prepara, esclarece, mas há muitas pessoas que sorriem e passam, entre a mordacidade e a indiferença, na espera de um paraíso gratuito depois da morte do corpo. (Libertação, prefácio de Emmanuel, pp. 11 e 12.)

B. Que fator é indispensável no trabalho em benefício dos irmãos infelizes?

R.: Os que se dispõem a trabalhar em benefício dos irmãos infelizes não podem utilizar as mesmas armas, sob pena de se precipitarem no baixo nível deles. "A severidade pertencerá ao que instrui, mas o amor é o companheiro daquele que serve", asseverou o Ministro Flácus. (Obra citada, cap. I, pp. 13 e 14.)

C. De que o nosso planeta necessita para progredir realmente?

R.: Nosso mundo reclama, disse o Ministro Flácus, não apenas "a presença daqueles que ensinam o bem, mas principalmente daqueles que o praticam". "Cristo não brilha apenas pelo ensino sublimado. Resplandece na demonstração." (Obra citada, cap. I, pp. 15 e 16.) 

Texto para leitura

1. A lenda do peixinho vermelho - Em seu prefácio, Emmanuel narra uma antiga lenda egípcia sobre o peixinho vermelho, que saiu de seu lago, através de grade muito estreita, e conheceu rios, lugares e companhei­ros jamais imaginados. Decidindo relatar sua descoberta aos compa­nheiros do limitado lago, informou-lhes que havia outro mundo líquido, glorioso e sem fim. "Aquele poço era uma insignificância que podia de­saparecer, de momento para outro. Além do escoadouro próximo desdobra­vam-se outra vida e outra experiência", revelou o peixinho vermelho aos seus irmãos. Descreveu então o serviço das tainhas e dos salmões, das trutas e dos esqualos. Falou sobre o peixe-lua, o peixe-coelho e o galo-do-mar. Contou que vira o céu repleto de estrelas e que desco­brira árvores gigantescas, barcos imensos, cidades praieiras, jardins submersos, e ofereceu-se para conduzi-los ao Palácio de Coral, onde viveriam todos, prósperos e tranqüilos. Disse, por fim, que semelhante felicidade tinha, todavia, seu preço: "Deveriam todos emagrecer, con­venientemente, abstendo-se de devorar tanta larva e tanto verme nas locas escuras e aprendendo a trabalhar e estudar tanto quanto era ne­cessário à venturosa jornada". Assim que terminou, gargalhadas estri­dentes coroaram-lhe a preleção. Ninguém acreditou nele. Alguns orado­res disseram que o peixinho vermelho delirava, que a outra vida além do poço era francamente impossível e que aquela história de riachos, rios e oceanos era mera fantasia de cérebro demente... (Prefácio de Emmanuel, pp. 7 a 11) 

2. André é o nosso peixinho vermelho - O soberano da comunidade, para melhor ironizar o peixinho, foi com ele até à grade de escoamento, por onde o peixinho havia ganhado o mundo, e, tentando de longe a traves­sia, exclamou: "Não vês que não cabe aqui nem uma só de minhas barba­tanas? Grande tolo! vai-te daqui! não nos perturbes o bem-estar... Nosso lago é o centro do Universo... Ninguém possui vida igual à nossa!..."  Expulso a golpes de sarcasmo, o peixinho realizou a viagem de retorno, instalando-se, em definitivo, no Palácio de Coral, aguar­dando o tempo. Passados alguns anos, apareceu pavorosa e devastadora seca. As águas desceram de nível. E o poço onde viviam os peixes pa­chorrentos e vaidosos esvaziou-se, compelindo a comunidade inteira a perecer, atolada na lama. E' esse o esforço de André Luiz, que busca acender luz nas trevas, como fez o peixinho vermelho. Encantado com as descobertas do caminho infinito, realizadas depois de muitos conflitos no sofrimento, retorna ele aos recôncavos da Crosta Terrestre, anun­ciando aos antigos companheiros que, além dos cubículos em que se mo­vimentam, resplandece outra vida, mais intensa e mais bela, exigindo, porém, acurado aprimoramento individual para a travessia da estreita passagem de acesso às claridades da sublimação. Ele fala, informa, prepara, esclarece... "Há, contudo, muitos peixes humanos -- diz Emma­nuel -- que sorriem e passam, entre a mordacidade e a indiferença, procurando locas passageiras ou pleiteando larvas temporárias". "Esperam um paraíso gratuito com milagrosos deslumbramentos depois da morte do corpo." Mas, foi Jesus quem pronunciou, muito antes de nós, as indeléveis palavras: "A cada um será dado de acordo com as suas obras". (Prefácio de Emmanuel, pp. 11 e 12) 

3. Necessário elevar-se o tom vibratório - O Ministro Flácus fazia a algumas dezenas de companheiros interessante palestra relativamente aos trabalhos desenvolvidos nas colônias purgatoriais, que, perfeita­mente organizadas para o trabalho expiatório  a que se destinam, arre­banham milhares de criaturas arraigadas no mal. Os ouvintes, ali, eram todos candidatos ao serviço de socorro aos irmãos atormentados nas sombras. O palestrante mostrava-lhes que os que se dispõem a trabalhar em benefício dos irmãos infelizes, não podem utilizar as mesmas armas, sob pena de se precipitarem no baixo nível deles. "A severidade per­tencerá ao que instrui, mas o amor é o companheiro daquele que serve", asseverou o Ministro. A educação, elucidou o palestrante, na maioria das vezes, parte da periferia para o centro, mas a renovação, tradu­zindo aperfeiçoamento real, movimenta-se em sentido inverso. "Ambos os impulsos, todavia, são alimentados e controlados pelos poderes quase desconhecidos da mente", ensinou ele, explicando que o espírito humano lida com a força mental, tanto quanto maneja a eletricidade, com a di­ferença de que, se já aprende a gastar a segunda, mal conhece a exis­tência da primeira, que nos preside a todos os atos da vida. Entrando especificamente no tema, Flácus esclareceu: "A rigor (...) não temos círculos infernais, de acordo com os figurinos da antiga teologia, onde se mostram indefinidamente gênios satânicos de todas as épocas e, sim, esferas obscuras em que se agregam consciências embotadas na ig­norância, cristalizadas no ócio reprovável ou confundidas no eclipse temporário da razão. Desesperadas e insubmissas, criam zonas de tor­mentos reparadores. Semelhantes criaturas, no entanto, não se regene­ram à força de palavras. Necessitam de amparo eficiente que lhes modi­fique o tom vibratório, elevando-lhes o modo de sentir e pensar". E o Ministro enfatizou: "Reclamamos, na atualidade, quem ajude o pensa­mento do homem na direção do Alto".  (Cap. I, pp. 13 e 14) 

4. O mundo reclama a prática do bem - O palestrante lembrou, na se­qüência, que o mundo teve sempre grandes políticos e veneráveis condu­tores, mas é forçoso reconhecer que a organização humana, por si só, não atende às exigências do ser imperecível. Péricles, apesar de ter realizado edificante trabalho educativo junto dos gregos, não lhes atenuou a belicosidade e os pruridos de hegemonia, sucumbindo ao assé­dio de aflitivo desgosto. Alexandre, embora tenha estabelecido uma civilização respeitável, não impediu que seus generais prosseguissem em conflitos sanguinolentos, difundindo o saque e a morte. Augusto unifi­cou o Império Romano, concretizando avançado programa político em be­nefício de todos os povos, mas não conseguiu banir de Roma o desvario pela dominação a qualquer preço. Constantino, advogado dos cristãos indefesos, ofereceu novo padrão de vida ao Planeta; todavia, não modi­ficou as disposições detestáveis de quantos guerreavam em nome de Deus. Napoleão, o ditador francês, impôs novos métodos de progresso material à Terra, mas não se furtou, ele próprio, às garras da tira­nia, pela simples ganância da posse. Vivemos, pois, diante de um mundo civilizado na superfície, a reclamar não apenas "a presença daqueles que ensinam o bem, mas principalmente daqueles que o praticam" -- as­severou o Ministro. "Cristo não brilha apenas pelo ensino sublimado. Resplandece na demonstração." Em companhia d' Ele, é indispensável mantenhamos a coragem de amparar e salvar, descendo aos recessos do abismo, porquanto, não longe de nossa paz relativa, em círculos escu­ros de desencanto e desesperação, misturam-se milhões de seres, con­clamando comiseração... "Por que não acender piedosa luz, dentro da noite em que se mergulham, desorientados? por que não semear esperança entre corações que abdicaram da fé em si mesmos?" -- indagou Flácus, propondo aos seus ouvintes a realização inadiável do auxílio repara­dor. (Cap. I, pp. 15 e 16) 

5. O império espiritual é vizinho nosso - Após comparar a Terra, em relação ao Universo, a uma minúscula laranja perante o Himalaia, Flá­cus esclareceu que todos nós, encarcerados ainda na lei de retorno, temos efetuado multisseculares recapitulações, por milênios consecuti­vos. Há precisamente quarenta mil anos que o espírito humano lida com a razão, explicou o Ministro. Curiosamente, com o mesmo furioso ímpeto com que o homem de Neandertal aniquilava o companheiro a golpes de sí­lex, o homem da atualidade extermina o próprio irmão a tiros de fuzil. Nos campos da Crosta Planetária, queda-se a inteligência, qual se fora anestesiada por perigosos narcóticos da ilusão; no entanto, nós deve­mos auxiliá-la a sentir e reconhecer que o espírito permanece vibrando em todos os ângulos da existência. "Cada espécie de seres, do cristal até o homem, e do homem até o anjo, abrange inumeráveis famílias de criaturas, operando em determinada freqüência do Universo", asseverou Flácus. "E o amor divino alcança-nos a todos, à maneira do Sol que abraça os sábios e os vermes", ajuntou ele, informando que, no en­tanto, quem avança demora-se em ligação com quem se localiza na esfera próxima. Os animais aproveitam os vegetais na obra de aprimoramento. Os homens se socorrem dos minerais e dos vegetais para crescerem men­talmente e prosseguir adiante. E, para lá das fronteiras sensoriais que guardam ciosamente a alma encarnada, começa vasto império espiri­tual, vizinho dos homens. "Aí se agitam milhões de Espíritos imperfei­tos que partilham, com as criaturas terrenas, as condições de habita­bilidade da Crosta do Mundo. Seres humanos, situados noutra faixa vi­bratória, apóiam-se na mente encarnada, através de falanges incontá­veis, tão semiconscientes na responsabilidade e tão incompletas na virtude, quanto os próprios homens", advertiu o Ministro. (Cap. I, pp. 17 e 18) (Continua no próximo número.)   
 
  


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita