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Espiritismo para crianças - Célia Xavier Camargo - Espanhol  Inglês
Ano 2 - N° 90 - 18 de Janeiro de 2009

 

O pedaço de pão

 

Num armário de cozinha conversavam um pedaço de bolo, uma torta, algumas rosquinhas e um humilde pedaço de pão. 

Dizia o bolo, todo orgulhoso: 

— Todos me adoram, pois sou fofo e macio. 

Uma rosquinha retrucava do seu canto: 

— Pode ser. Mas, para o lanche da família, as crianças não dispensam a minha presença! 

E a torta, torcendo o nariz, respondia, irônica: 

— Em dias comuns, talvez. Eu, porém, sou sempre indispensável em qualquer mesa de festa. Minha presença é aguardada com muita satisfação, pois sou saborosa e encanto aos mais exigentes paladares. 

Diante das palavras dos outros companheiros, o pedaço de pão encolheu-se mais ainda no seu canto, humilhado. 

O bolo, fitando-o com ar arrogante, perguntou: 

— E você, não diz nada? 

O pobre pedaço de pão baixou a cabeça, triste. Sentia-se diminuído diante dos companheiros, e sem valor nenhum. Afinal, era apenas um pão. 

A torta retrucou, sarcástica: 

— Deixe-o. Não vê que ele não serve para nada? Só se utilizam dele quando não têm coisa melhor. Com tantas iguarias gostosas como nós, seu fim é ficar aqui, mofando neste armário, até ser jogado no lixo. 

Triste, o pão não respondeu. Sabia que não tinha importância alguma. 

Nisso, ouvem um barulho na cozinha. Alguém se aproxima. Calam-se. 

A porta do armário se abre e aparece a dona da casa e seu filho Paulinho. 

— O que você deseja comer, meu filho? — pergunta a mãe, atenciosa. — Talvez algumas rosquinhas? 

— Não, mamãe. Estão um pouco moles. Gosto delas sequinhas. 

— Bem, talvez um pedaço de bolo? Ou de torta? 
 

— Não, não. São muito doces — retrucou o garoto. 

E, fitando o pedaço de pão, o menino apanhou-o com carinho enquanto afirmava: 

— Quando estou realmente com fome, mamãe, não dispenso o meu pedaço de pão! 

Com alegria, o pão deixou o armário, sob os olhares consternados dos companheiros.  

Também nós, na vida, por mais insignificantes que nos sintamos, temos o nosso valor e uma tarefa a cumprir. 

Por isso, não devemos nos considerar melhores do que os outros, deixando que o orgulho se instale em nosso coração. 

Também não devemos nos considerar piores do que os outros. Cada um de nós é diferente e único, mas todos somos irmãos perante Deus. 

Todos nós temos valor.   

                                                        Tia Célia   

 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita