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Crônicas e Artigos
Ano 2 - N° 89 - 11 de Janeiro de 2009

LEONARDO MACHADO
leomachadot@gmail.com
Recife, Pernambuco (Brasil)
 

Encontrando-se com Deus

“Ó profundidade das riquezas, da sabedoria e do conhecimento de Deus!Quão incompreensíveis são os seus desígnios! Quão imperscrutáveis os seus caminhos! Pois quem conhece os pensamentos do Senhor? Dele, por Ele e para Ele são todas as coisas.” - Paulo (Romanos 11: 33, 34, 36)


Certo dia, voltávamos eu e um amigo da faculdade. Cansados, mas empolgados pela conversa que fluía fácil, observamos que o rumo da prosa nos levava ao encontro da temática Deus. Naquele instante, percebi que o colega parecia um tanto quanto confuso sobre a existência do Pai. Em seu íntimo - suas palavras deixavam transparecer - havia um certo rancor para com a Divindade. Porque, porém, ele não falasse, guardei silêncio, respeitando-lhe a intimidade.

Chegando em meu lar, fiquei com a conversa em minha mente. E, meio relutante, segui minha intuição e lhe enviei um e-mail. Neste, tentei falar-lhe de quão pequeninos somos e de quão grandioso é o Pai. Com outras palavras, repeti as frases supracitadas do apóstolo Paulo. Pouco instante depois, recebi a resposta dele, agradecendo-me, sensibilizado, já que também tinha ficado refletindo sobre a nossa conversa anterior, e me dizendo que, de fato, aos poucos, estava tentando reaproximar-se do Criador, já que começava a compreender aquilo que eu lhe havia escrito.

Aquele amigo, ao seu modo, ia, paulatinamente, encontrando-se com Deus.

Em tua vida, porém, caro colega de juventude, quantas vezes não te encontraste revoltado com o Criador?

Será que não chegou o momento de fazeres uma reflexão para, novamente, encontrar-te com o teu Pai, nosso Deus?

Reclamas dEle por qualquer acontecimento em tua existência. Lembra-te, no entanto, que ainda não somos capazes de dizer, como Jesus[1], que estamos em Deus, muito embora Ele esteja em nós. E, por isso mesmo, por enquanto, “quão imperscrutáveis” são “os seus caminhos! Pois quem conhece os pensamentos do Senhor?”.

Busca, portanto, encontrar-te, novamente, e um pouco mais, com a Força que mantém o universo. Ao contrário, porém, do que imaginas, não precisarás de uma viagem interplanetária para fazê-lo, já que Ele não mora em lugares externos, pois, como disse Jesus[2], o Reino dEle está dentro de ti, dentro de todos nós.

Desse modo, escuta a tua consciência, e ouvirás a voz de Deus em ti, aconselhando-te, através das Leis universais. Ama-te e amarás, também, a Ele. Busca a fé, e O encontrarás. Recolhe-te em prece, e com Ele conversarás. Vai ao encontro do teu próximo, e com Ele, também, encontrar-te-ás.

É provável que, em momentos de mágoa, possas falar como o famoso cientista Laplace[3]. O matemático, tentando depurar e aperfeiçoar os cálculos de Newton, escreveria, em cinco volumes, o seu notável “Mecânica Celeste”. Quando, porém, da entrega da primeira edição do compêndio a Napoleão, ouviu deste: – Senhor Laplace, disseram-me que o senhor escreveu este grande livro sobre o sistema do universo mas nele não mencionou o seu Criador.

Sem afetação, contudo, ele respondeu: - Eu não precisava desta hipótese.

Nada obstante, a verdade é que, se o Universo por inteiro precisa da sua dinâmica, todos, da mesma forma, necessitamos dEle em nossos dias e do amor que Ele gera em nós a cada instante.  

É certo, outrossim, que, quando a dor chega, em suas variadas formas de apresentação, quase sempre, porque nos sentimos impotentes, vez que outra, queremos projetar esta impotência na raiva para com o que não compreendemos, Deus. Esta atitude, entretanto, só mais angústia gera.

Sendo assim, por que não tentar ter uma outra postura diante da vida e dos seus acontecimentos? Ao invés de nos afastarmos dEle, por que não buscar nEle a dinâmica do existir para melhor nos adaptarmos aos vários momentos, tristonhos ou felizes, a que somos convidados a estar?  

Sendo assim, colega de mocidade, não nos afastemos de Deus, nem um segundo sequer, pois, na relatividade do tempo, um segundo pode trazer conseqüências seculares. Além disso, quando dEle estamos longe, na realidade, muito distante de nós, igualmente, ficamos. E, por isso mesmo, devemos procurar marcar encontros diárias com Ele, desde agora em nossos dias juvenis, pois, dessa maneira, no amanhã, teremos logrado compreender mais os caminhos dEle e o nosso.  


 

[1] João 10: 38 e 14: 10.

[2] Lucas 17: 20 e 21.

[3] O Tao da Física, p.50.


 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita