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Estudando as obras de Kardec
Ano 2 - N° 89 - 11 de Janeiro de 2009 

ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@oconsolador.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)

A Revue Spirite de 1862

Allan Kardec 

(Parte 10)

Damos seqüência ao estudo da Revue Spirite correspondente ao ano de 1862. O texto condensado do volume citado será aqui apresentado em 16 partes, com base na tradução de Júlio Abreu Filho publicada pela EDICEL.

Questões preliminares

A. A que se devem as semelhanças de gostos e aptidões nos membros de uma mesma família?

Em comunicações obtidas na Sociedade Espírita de Paris, Erasto e São Luís trataram do assunto. Eis o que disseram a respeito desse e de outros assuntos relacionados com a família: 1) As semelhanças corpóreas existentes numa família devem-se a uma questão fisiológica, independente da ação espiritual. 2) As aptidões e gostos semelhantes resultam do fato de que os Espíritos semelhantes se atraem; daí as famílias de heróis ou as raças de guerreiros. 3) Muitas vezes nascem em famílias dignas indivíduos viciosos e maus, que aí são enviados para servirem de pedra de toque daquelas, ou para se aperfeiçoarem sob a influência de um meio virtuoso. 4) O mesmo se dá com Espíritos adiantados moralmente que se reencarnam entre Espíritos atrasados, para mostrar-lhes o caminho do progresso. (Revue Spirite de 1862, pp. 204 e 205.)

B. Que ocorre aos suicidas?

Não existe uma regra que se aplique a todos os casos. No caso de Palmira que, embora estando casada, se matou por amor a outro homem, a Revue registrou as seguintes informações que ela mesma transmitiu: 1) Palmira nada via, nem mesmo os Espíritos que com ela vagavam no lugar onde estava. 2) Ao despertar da morte, tinha frio e, no entanto, queimava. O gelo corria-lhe nas veias e o fogo estava em seu rosto. 3) Ali, na reunião, ela via apenas um crepe negro sobre o qual se desenhava, em certas horas, uma cabeça que chorava: era a imagem de um homem que sofria e cuja existência moral na Terra ela matara. (Obra citada, pp. 210 a 212.)

C. É bom estar preparado para a grande viagem?

Sim. O Espírito de Verdade, lembrando que todos os dias estamos expostos a empreender a mais importante de todas as viagens, recomenda-nos que estejamos preparados para esse momento e ensina que o mapa que nos permitirá conhecer o país para onde iremos é a iniciação nos mistérios da vida futura. Quanto aos amigos que lá encontraremos, esses são velhos conhecidos. É dos maus sentimentos que deveremos nos desembaraçar, pois infeliz é aquele a quem a morte surpreende com ódio no coração. Os negócios que devemos pôr em ordem é o perdão aos que nos ofenderam; são os erros cometidos para com o próximo e que urge reparar. (Obra citada, pp. 215 a 217.)

Texto para leitura

102. Respondendo a um assinante de Wiesbaden, Kardec analisa a questão das faculdades hereditárias. (P. 202)

103. Para ilustrar seu artigo, o Codificador transcreve duas comunicações escritas por Erasto e São Luís, das quais extraímos os seguintes ensinamentos: I - As semelhanças corpóreas existentes numa família devem-se a uma questão fisiológica, independente da ação espiritual. II - As aptidões e gostos semelhantes resultam do fato de que os Espíritos semelhantes se atraem; daí as famílias de heróis ou as raças de guerreiros. III - Muitas vezes nascem em famílias dignas indivíduos viciosos e maus, que aí são enviados para servirem de pedra de toque daquelas, ou para se aperfeiçoarem sob a influência de um meio virtuoso. IV - O mesmo se dá com Espíritos adiantados moralmente que se reencarnam entre Espíritos atrasados, para mostrar-lhes o caminho do progresso. (PP. 204 e 205)

104. Em qualquer caso, diz São Luís, a conjunção simpática ou a antipatia já existiam anteriormente ao nascimento e são desenvolvidas nas relações familiares, pela imitação e pelo hábito. (P. 205)

105. De Bordeaux, a Revue  publica o poema “A criança e a visão”, em que a menina Gabriela diz à sua mãe que o papai, então falecido, estava junto ao seu leito e sorria para ambas. (PP. 206 e 207)

106. O caso Palmira, que se suicidou com o amante, por lealdade ao marido, visto que não conseguiriam reprimir o seu amor um pelo outro, é narrado pela Revue . (N.R.: Kardec o incluiu depois em “O Céu e o Inferno”, cap. V.) (P.207)

107. Santo Agostinho, ciente de que Palmira fora, por interesse dos pais, compelida a casar-se com um moço, embora gostasse de outro, diz que suicídios como esses só deixarão de existir quando as batidas do coração não forem mais comprimidas pelos cálculos frios dos interesses materiais. E disse que, como conseqüência do seu ato, os amantes não se veriam por um longo tempo, sofrendo -- conforme explica Georges -- o duplo suplício do pressentimento e do desejo. (P. 210)

108. Evocada oito dias depois, Palmira deu as seguintes informações: I - Ela nada via, nem mesmo os Espíritos que com ela vagavam no lugar onde estava. II - Ao despertar da morte, tinha frio e, no entanto, queimava. O gelo corria-lhe nas veias e o fogo estava em seu rosto. III - Ali, na reunião, ela via apenas um crepe negro sobre o qual se desenhava, em certas horas, uma cabeça que chorava: era a imagem de um homem que sofria e cuja existência moral na Terra ela matara para muito tempo. Kardec comenta, na seqüência, a comunicação de Palmira. (PP. 210 a 212)

109. Em mensagem dada em Bordeaux, um Espírito diz que Deus permite aos que se amam sinceramente, e souberam sofrer com resignação, reunir-se no mundo dos Espíritos, onde progredirão juntos, a fim de obterem reencarnações em mundos mais elevados, nos quais poderão unir-se pelos laços que mais convierem aos seus corações. (PP. 213 a 215)

110. O Espírito de Verdade, lembrando que todos os dias estamos expostos a empreender a mais importante de todas as viagens, recomenda-nos que estejamos preparados para esse momento e ensina que o mapa que nos permitirá conhecer o país para onde iremos é a iniciação nos mistérios da vida futura. (PP. 215 e 216)

111. Quanto aos amigos que lá encontraremos, esses são velhos conhecidos. É dos maus sentimentos que deveremos nos desembaraçar, pois infeliz é aquele a quem a morte surpreende com ódio no coração. Os negócios que devemos pôr em ordem é o perdão aos que nos ofenderam; são os erros cometidos para com o próximo e que urge reparar. (PP. 216 e 217) (Continua no próximo número.)
 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita