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Estudando a série André Luiz
Ano 2 - N° 89 - 11 de Janeiro de 2009 

MARCELO BORELA DE OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)  
 

No Mundo Maior

André Luiz

(Parte 27 e final)

Concluímos nesta edição o estudo da obra No Mundo Maior, de André Luiz, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier, publicada em 1947 pela Federação Espírita Brasileira.

Questões preliminares

A. Em que consistia o Lar de Cipriana?

R.: A casa socorrista, situada nas zonas inferiores, parecia grande centro de trabalho como os da crosta. A maioria dos trabalhadores que ali se agitavam não eram portadores de luminosa expressão, mas típicas personalidades humanas em processo regenerador. Com exceção de Cipriana e de seus assessores diretos, a comunidade era formada de pessoas evidentemente inferiores: ho­mens e mulheres análogos, no aspecto, aos que povoam os círculos car­nais. Cipriana havia idealizado e concretizado aquele reduto de restauração espiritual, valendo-se dos próprios ir­mãos sofredores e perturbados que vagueavam nas regiões circunvizi­nhas. Ela não residia ali, mas era naquele local que passava grande parte do tempo que consagrava ao seu ministério santificante nas esfe­ras de baixo nível de evolução. A casa era importante escola de rea­justamento anímico, de auto-reconhecimento e de preparação, para indivíduos de boa vontade. (No Mundo Maior, cap. 20, pp. 245 e 246.)

B. Qual era o programa fundamental do Lar de Cipriana?

R.: A esperança era o traço comum nos irmãos que ali se tratavam e trabalhavam. Mesmo os aleijados e doentes, que se contavam em grande número, mos­travam disposições de otimismo transformador. Antigos expoentes do or­gulho, que entre os homens se ensoberbeciam na vaidade, depois de de­monstrarem propósitos reedificantes, eram recolhidos à casa, onde re­organizavam sentimentos e cabedais, a caminho do porvir. Dali saíam inúmeras reencarnações retificadoras. "O programa fundamental de Ci­priana é o esquecimento do mal com a valorização permanente do bem, à luz da esperança em Deus", explicou Calderaro. (Obra citada, cap. 20, pp. 247 e 248.)

C. Nas despedidas, Cipriana deu a André um conselho. Qual foi ele?

R.: Ao despedir-se de André Luiz, Cipriana apertou-o ao peito, beijou-o maternalmente e disse com olhos úmidos: "Que o Pai te abençoe. Nunca te esqueça a bondade no desempenho de qualquer obrigação". André retirou-se intensamente comovido e, ponderando em silêncio a grandeza de Deus, verteu copioso pranto de júbilo. (Obra citada, cap. 20, pp. 250 a 253.)  

Texto para leitura

131. O Lar de Cipriana - Encerrada a semana de estudos, André Luiz foi com Calderaro, em pleno crepúsculo, à fundação, situada nas zonas in­feriores, a que o Assistente chamava "Lar de Cipriana". Fora uma se­mana de grande proveito e, como síntese de tudo o que viu e aprendeu, André reconhecia agora que, para conseguir a sabedoria com proveito, é indispensável adquirir amor. De que lhe valeriam todos os conhecimen­tos, se não lhe fosse possível socorrer um benfeitor em dificuldade? A casa socorrista dirigida por Cipriana era diferente das demais que An­dré conhecera: parecia grande centro de trabalho propriamente terres­tre. A maioria dos trabalhadores que ali se agitavam não eram portado­res de luminosa expressão, mas típicas personalidades humanas em pro­cesso regenerador. Com exceção de Cipriana e de seus assessores dire­tos, a comunidade era formada de pessoas evidentemente inferiores: ho­mens e mulheres análogos, no aspecto, aos que povoam os círculos car­nais. Calderaro informou que Cipriana havia idealizado e concretizado aquele reduto de restauração espiritual, valendo-se dos próprios ir­mãos sofredores e perturbados que vagueavam nas regiões circunvizi­nhas. Ela não residia ali, mas era naquele local que passava grande parte do tempo que consagrava ao seu ministério santificante nas esfe­ras de baixo nível de evolução. A casa era importante escola de rea­justamento anímico, de auto-reconhecimento e de preparação, para indi­víduos de boa vontade. (Cap. 20, pp. 245 e 246)

132. O programa de Cipriana - O Lar de Cipriana era de região inferior para criaturas que desejavam melhorar suas condições de existência. Educandário de trânsito, passou, assim, a valioso núcleo de instrução e de amparo. Individualidades libertas da carne recebiam ali precioso concurso, a fim de se readaptarem convenientemente à vida. Havia ali, entre os transeuntes, tanta gente alegre e tanta gente preocupada, como em qualquer via pública de grande cidade terrestre. O instituto mais parecia enorme universidade situada em clima sombrio e a espe­rança era o traço comum nos irmãos que ali se tratavam e trabalhavam. Mesmo os aleijados e doentes, que se contavam em grande número, mos­travam disposições de otimismo transformador. Antigos expoentes do or­gulho, que entre os homens se ensoberbeciam na vaidade, depois de de­monstrarem propósitos reedificantes, eram recolhidos à casa, onde re­organizavam sentimentos e cabedais, a caminho do porvir. Dali saíam inúmeras reencarnações retificadoras. "O programa fundamental de Ci­priana é o esquecimento do mal com a valorização permanente do bem, à luz da esperança em Deus", asseverou Calderaro. A princípio, a organi­zação custou-lhe muitos sacrifícios, em matéria de tempo; no trans­curso dos anos, porém, elementos por ela mesma formados passaram a su­perintender a obra e a conservá-la. No templo votado à prece, cerca­vam-na diversas criaturas que lhe eram conhecidas. Um cavalheiro, vi­sivelmente confortado, disse-lhe, reverente: "Seguindo-lhe os conse­lhos, Irmã, não mais senti pesadelos. Renovei minha atitude para com os familiares: passei a cooperar, ao invés de combater". Ela respon­deu-lhe, satisfeita: "Agora, sim! o bem duradouro é filho da colabora­ção fraternal. Você verá quão sensível diferença para sua felicidade se verificará em torno de seus passos". A outro ela observou: "Seu progresso é visível. O esquecimento de nossos caprichos pessoais di­lata-nos a compreensão". (Cap. 20, pp. 247 e 248)

133. No santuário da prece - Um velhinho trêmulo, com todas as caracte­rísticas de recém-desencarnado, dirigiu-se a ela, de olhos rasos d'água. Ele dizia experimentar ainda os antigos achaques, havendo mo­mentos em que se sentia cair, perdendo a noção de si mesmo, para des­pertar em seguida, aflito... Cipriana o confortou, encorajando-o: "É natural. Esteja, porém, convicto de que a situação melhorará. Gasta­mos, às vezes, anos, armazenando impressões que naturalmente não se esvaem nalguns dias". Cipriana, logo que viu André, aproximou-se, sor­ridente, e informou que o problema de Cláudio já estava resolvido. Ele ficaria no recolhimento até que se apresentasse em condições de mu­dança para aquela casa. Ali se prepararia convenientemente para o re­torno aos círculos carnais. André agradeceu e, logo em seguida, soou o sinal da oração. Cipriana, assumindo a direção da prece, fez-se acom­panhar pelos colaboradores diretos que a seguiam. Com os olhos erguidos para o alto, jorrava intensa luz sobre a sua fronte... Do tórax, do cérebro e das mãos brotavam radiosas emissões de força divina, das quais ela se constituía visível intermediária para todos. Harmonioso coro de uma centena de vozes bem afinadas cantou inolvidá­vel hino de louvor ao Supremo Pai, arrancando a André copiosas lágri­mas. Logo após, Cipriana orou a Jesus. (Cap. 20, pp. 248 a 250)

134. Oração e despedidas - Foi uma prece diferente. Cipriana nada pedia para si, apenas forças, inspiração, ânimo, coragem para poderem – ela e seus companheiros – levar adiante a sua tarefa junto aos irmãos que clamam por socorro nos círculos do sofrimento. Com a prece, o recinto do santuário fizera-se resplandecente. André viu, então, que maravilhosa coroa de brilhantes evanescentes cintilou, por instantes, na ca­beça venerável daquela missionária do bem. Finda a reunião, Cipriana dirigiu-se para as despedidas de André. A vontade deste era, contudo, segui-la como filho reconhecido para sempre. Calderaro foi o primeiro a abraçá-lo; os demais saudaram-no, em seguida, e, por fim, Cipriana apertou-o ao peito, beijou-o maternalmente e disse com olhos úmidos: "Que o Pai te abençoe. Nunca te esqueça a bondade no desempenho de qualquer obrigação". E prometeu: "Estaremos unidos pelo espírito". André retirou-se intensamente comovido e, ponderando em silêncio a grandeza de Deus, verteu copioso pranto de júbilo. (Cap. 20, pp. 250 a 253).  

 
  


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita