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Estudando a série André Luiz
Ano 2 - N° 88 - 4 de Janeiro de 2009 

MARCELO BORELA DE OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)  
 

No Mundo Maior

André Luiz

(Parte 26)

Damos prosseguimento ao estudo da obra No Mundo Maior, de André Luiz, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier, publicada em 1947 pela Federação Espírita Brasileira.
 

Questões preliminares

A. Para a recuperação de Cláudio dois pontos eram essenciais. Quais são eles?

R.: O primeiro, a necessidade da reaproxi­mação com Ismênia, a irmã que ele abandonara à miséria em sua última existência; o segundo, o imperativo da pobreza extrema, com trabalho intensivo, para que pudesse reeducar as próprias aspirações. (No Mundo Maior, cap. 19, pp. 238 e 239.) 

B. Ao ver Cláudio, a jovem Ismênia o reconheceu desde logo?

R.: Não. Ela sabia que tivera um irmão que a expulsara de casa, mas não o reconheceu. Foi preciso que Cipriana, cingindo-lhe os lobos frontais com as mãos, a envolvesse em abundantes irradiações magnéticas, insistindo em que ela revisse o passado, para poderem assim servir à Obra Divina. Aí, sim, ela lembrou-se do ocorrido. (Obra citada, cap. 19, pp. 242 a 244.) 

C. Ismênia perdoou o que Cláudio lhe fizera?

R.: Inicialmente, não. Ao lembrar-se dos fatos, algo de anormal sucedeu em sua mente, porque seus olhos, antes doces e tranqüilos, tornaram-se dilatados e inquietos. Ela ten­tou recuar ante a súplica de Cláudio, mas a energia de Cipriana a conteve. O ancião relatou-lhe suas faltas e sofrimentos e, mais lúcido e contente, disse do conforto que a reaproximação com ela lhe conferia. Ismênia conservou-o muito tempo junto ao peito, mos­trando sua imensa ternura, dedicação e entendimento sem limites. Ela, com esse gesto, perdoava-lhe a atitude infeliz. (Obra citada, cap. 19, pp. 242 a 244.) 

Texto para leitura

128. Ismênia já reencarnara de novo - Cipriana, acostumada a problemas daquela natureza, esclareceu a André: "Já conhecemos dois pontos es­senciais para os serviços que lhe competem: a necessidade da reaproxi­mação com Ismênia, que não sabemos onde se encontra, se encarnada ou não, e o imperativo da pobreza extrema, com trabalho intensivo, para que reeduque as próprias aspirações". De posse do endereço provável dos descendentes de Ismênia, Cipriana incumbiu dois companheiros de sua equipe de fazerem rápida investigação na Crosta. Os emissários não demoraram mais do que noventa minutos. As notícias eram alvissareiras. Amigos espirituais esclareceram, quanto a Ismênia, que ela reencarnara e vivia na fase juvenil das forças físicas, havendo renascido no mesmo tronco doméstico a que emprestara colaboração na época em que Cláudio a expulsara de casa. O enfermo foi levado a uma organização socor­rista, onde ficaria internado. "Nosso amigo, durante dois anos aproxi­madamente, não poderá ausentar-se desta casa de assistência fraterna. Permanece ainda profundamente identificado com a atmosfera destes sí­tios. Visitá-lo-emos seguidamente, amparando-o com os nossos recursos, até que possa respirar de novo os ares da Crosta", disse Cipriana, que percebeu que a mente de Cláudio não se libertaria facilmente das teias da incompreensão e, nesse estado, não volveria com êxito ao educandá­rio da carne. Ela disse, depois, a André ser preciso trazer Ismênia até ali, para os trabalhos preparatórios de reaproximação e, antes de mais nada, havia necessidade de conquistar a simpatia dela, em face do programa de reerguimento em pauta. Cipriana tornou a afirmar que, como o retorno de Cláudio à esfera física teria característicos muito pes­soais, sem reflexos de maior importância no espírito coletivo, ela e seu grupo poderiam providenciar quase tudo. Em seguida, rumaram todos para o Rio, onde Ismênia residia em modesto lar de Bangu, reencarnada então como a sexta filha de uma senhora que, na existência física, era conhecida como neta da velha Ismênia. (Cap. 19, pp. 238 e 239)

129. Cláudio revê Ismênia - Era de madrugada. Tudo naquela casa respi­rava pobreza digna e adorável simplicidade. Cipriana  colocou a destra sobre a fronte da jovem adormecida, como a chamá-la. De fato, decorri­dos instantes, ela compareceu e, reparando que a instrutora, envolta em intensa luz, a cobria com um gesto de bênção, ajoelhou-se diante de Cipriana, que lhe disse ser apenas uma irmã que a vinha ajudar. Em se­guida, perguntou-lhe quais eram as suas intenções na vida e, antes que a jovem respondesse, acrescentou: "Precisamos de tua colaboração e não desejamos ser amigos inúteis. Em que te podemos servir?" A moça hesi­tou um pouco e depois de algum tempo, com a voz entrecortada pela co­moção, disse: "Minha mãe, se eu puder rogar-vos alguma coisa, peço-vos auxílio para Nicanor. Somos noivos há quase dois anos, mas somos po­bres. Trabalho na indústria de tecelagem, com salário reduzido, para ajudar à manutenção de nossa casa, e Nicanor é pedreiro... Temos so­nhado com a organização de um lar pequeno e modesto, sob a proteção da Divina Providência. Poderemos aguardar a aprovação de Deus?" A instru­tora a animou dizendo-lhe que eles teriam o seu amparo, mas precisava também do concurso dela. Em seguida, a levou até o local onde Cláudio se encontrava internado, cuidando antes de cobrir-lhe o rosto com es­treito véu de substância semelhante a gaze, para que não lhe fosse dado ver as paisagens que iria atravessar. Em pouco tempo, Ismênia es­tava diante de Cláudio, que, bastante aflito e de alma torturada, lhe pediu perdão pelo mal que lhe fizera. A jovem, porém, ficou em silên­cio, porque não compreendia o que estava ocorrendo. (Cap. 19, pp. 240 e 241)

130. Ismênia perdoa e abraça Cláudio - Cipriana perguntou à jovem se ela sabia que sua bisavó tivera um irmão que a expulsou de casa. Ela disse que sim. Cipriana, apontando Cláudio, perguntou-lhe se ela o re­conhecia. O velhinho, nesse instante, dirigiu-lhe a palavra: "Ismênia, Ismênia! eu sou Cláudio, teu desventurado irmão..." A jovem continuava sem nada entender, e Cipriana, cingindo-lhe os lobos frontais com as mãos, a envolvê-la em abundantes irradiações magnéticas, insistiu em que ela revisse o passado, para poderem assim servir à Obra Divina. Algo de anormal sucedeu então na mente da jovem, porque seus olhos, antes doces e tranqüilos, tornaram-se dilatados e inquietos. Ela ten­tou recuar ante a súplice expressão de Cláudio, mas a energia da ins­trutora a conteve. "Agora, sim! Lembro-me...", falou, aterrada. Ci­priana perguntou-lhe se ela não tinha piedade daquele homem, e seu amor divino triunfou no olhar enternecido de Ismênia, que, plenamente modificada, abraçou-se ao doente, exclamando: "Pois és tu, Cláudio? que te aconteceu?" O ancião relatou-lhe suas faltas e sofrimentos e, mais lúcido e contente, disse do conforto que a reaproximação com ela lhe conferia. Ismênia conservou-o muito tempo junto ao peito, mos­trando sua imensa ternura, dedicação e entendimento sem limites. Quando pareciam perfeitamente reconciliados, Cipriana abeirou-se dela e pediu que ela o recebesse como filho, se a lei divina autorizasse seu matrimônio. Ismênia exclamou, convicta: "Se o Céu me conceder a felicidade de com algo contribuir em benefício de Cláudio, esse bene­fício será feito a mim mesma; e, se um dia eu receber a ventura conju­gal, será nosso primeiro e bem-amado filhinho". Depois, contemplando, enlevada, o desditoso prisioneiro das sombras, prometeu: "Partilhar-nos-á a vida pobre e honrada, conhecerás as alegrias do pão, filho do suor com a Proteção Divina, e olvidará, em nossa companhia, as ilusões que por tanto tempo nos separaram..." Por fim, evidenciando a singe­leza de seu coração, previu: "Será um pedreiro feliz, como Nicanor! abençoará a luta digna que atualmente bendizemos!..." Cipriana a en­volveu num terno abraço e, também tocada no coração e de olhos úmidos, lhe disse: "Bem-aventurada sejas tu, querida filha, que compreendes conosco o celestial ministério da mulher nobre, sempre disposta à ma­ternidade sublime". Alguns minutos depois, Ismênia-reencarnada acordou no corpo denso, experimentando ignoto júbilo. Sem saber como, guardava naquele instante absoluta certeza de que se casaria e de que Deus lhe reservava ditoso porvir. (Cap. 19, pp. 242 a 244) (Continua no próximo número.)

 
  


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita