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Crônicas e Artigos
Ano 2 - N° 87 - 21 de Dezembro de 2008

VLADIMIR POLÍZIO
polizio@terra.com.br
Jundiaí, São Paulo (Brasil)

Mais um Natal 


Enquanto muitas famílias se preparam para comemorar a data maior da cristandade, com festas, pratos especiais, muita conversa, alegria, presentes, com ruas e lojas enfeitadas, outras se fecham em seus sentimentos vivendo a dor instalada no coração, em razão de problemas dos mais diversos, especialmente os relacionados com a morte de entes queridos. E porque já não estão mais presentes no ambiente familiar, é por isso mesmo um forte indicador de saudade promovendo lembranças que os saudosos acabam não se contagiando com o clima de alegria. E não é para menos. O sentimento é pessoal e intransferível. 

Esta data, sem dúvida, se traz prazer para uns, provoca tristeza e saudade para outros. Mas datas são passagens históricas que relatam fatos. E, hoje, nossa mensagem com vistas à proximidade do dia de Natal será centrada na fraternidade, esse ato tão humilde quanto valoroso que, em determinados momentos de nossa vida, teimamos em esquecê-lo.  

Já que a humanidade insiste em lembrar-se numa única data como destinada ao nascimento de Jesus, Nosso Salvador e Divino Mestre de todas as horas, seria de grande valia espiritual a transformação interior, a renovação dos conceitos até então emitidos, como maneira de criar novos caminhos e abrir novas esperanças, quando não certezas, de que nossa vida poderá ser melhor direcionada e melhor aproveitada. 

Esse dia, que assinala o nascimento do Cristo na seara terrena, que marca a vinda daquEle que recebeu a missão do Pai Maior para dirigir e coordenar todas as atividades da Terra, poderá representar, também, um novo nascimento em cada um, um novo e radiante dia. Trata-se de uma boa oportunidade para mudanças.  

Que não fique apenas na troca singela de presentes materiais, na participação de mesa farta, no abuso do álcool, na dispersão de palavras construtivas, na conversa improdutiva etc. Que se busque esses outros valores que estão aguardando apenas a lembrança de que existem, para se incorporarem à vida. Que esses sentimentos mais próximos da harmonia e da fraternidade que se renovem também ao longo do ano.  

Basta que o interessado olhe para eles e os abrace, pois estão sempre à nossa espera. Que não feche os olhos a esse novos caminhos que se descortinam. Ele é todo nosso, enquanto estivermos aqui e a caminho. 

Francisco Cândido Xavier nos brinda com a bela página “Na Glória de Natal(1)

Senhor – rei divino projetado às sombras da manjedoura –, diante do teu berço de palha recordo-me de todos os conquistadores que te antecederam na Terra. Eles vieram e dominaram, surgindo na condição de pirilampos barulhentos, confundidos, à pressa, num turbilhão de desencanto e poeira. Tu, porém, Soberano Senhor, Te contentaste com o berço da estrebaria! 

Ministros e sábios não te contemplaram, na hora primeira, mas humildes pastores se ajoelharam, sorridentes, diante de Ti, buscando a luz de Teus olhos angelicais... 

Hinos de guerra não se fizerem ouvir à Tua chegada libertadora; todavia, em sinal de reconhecimento, cânticos abençoados de louvor subiram ao céu, dos corações singelos que te exaltavam a Estrela Gloriosa, a resplandecer nos constelados caminhos. 

Os outros, Senhor, conquistaram à custa de punhal e veneno, perseguição e força, usando exércitos e prisões, assassínio e tortura, traição e vingança, aviltamento e escravidão, títulos fantasiosos e arcas de ouro... 

Tu, entretanto, perdoando e amando, levantando e curando, modificaste a obra de todos os déspotas e legisladores que procediam do Egito e da Assíria, da Judéia e da Fenícia, da Grécia e de Roma, renovando o mundo inteiro. 

E, por fim, Mestre, longe de escolheres um trono de púrpura a fim de administrares o Reino Divino de que te fizeste embaixador e ordenador, preferiste o sólio da cruz, de cujos braços duros e tristes ainda nos envias compassivo olhar, convidando-nos à caridade e à harmonia, ao entendimento e ao perdão. 

Conquistador das almas e governador do mundo, agora que os teus tutelados afiam as armas para novos duelos sangrentos, neste século de esplendores e trevas, de renovação e morticínio, de esperanças e desilusões, ajuda-nos a dobrar a cerviz orgulhosa, diante do teu singelo berço de palha!... 

Mestre da verdade e do bem, da humanidade e do amor, permite que o astro sublime de teu Natal brilhe, ainda, na noite de nossas almas e estende-nos caridosas mãos para que nos livremos de velhas feridas, marchando ao teu encontro na verdadeira senda da redenção”.
 

(¹) Do livro Contos e Pontos, de Irmão X, com Francisco Cândido Xavier, Edição FEB – Federação Espírita Brasileira. (Irmão X é o pseudônimo do escritor Humberto de Campos, que esteve na Terra no período de 1886-1934).      

 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita