WEB

BUSCA NO SITE

Página Inicial
Capa desta edição
Edições Anteriores
Quem somos
Estudos Espíritas
Biblioteca Virtual
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English Livres Spirites en Français   
Jornal O Imortal
Vocabulário Espírita
Biografias
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English Livres Spirites en Français Spiritisma Libroj en Esperanto 
Mensagens de Voz
Filmes Espiritualistas
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English    
Efemérides
Esperanto sem mestre
Links
Fale Conosco
Clássicos do Espiritismo
Ano 2 - N° 87 - 21 de Dezembro de 2008

ANGÉLICA REIS
a_reis_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 

A Alma é Imortal

 Gabriel Delanne

(6ª Parte)

Damos continuidade ao estudo do clássico A Alma é Imortal, de Gabriel Delanne, conforme tradução de Guillon Ribeiro, publicada pela Federação Espírita Brasileira.

Questões preliminares

A. Que são médiuns videntes?

R.: Da mesma forma que alguns sonâmbulos, mergulhados em sono magnético, podem ver os Espíritos e descrevê-los fielmente, há pessoas que possuem essa faculdade no estado de vigília: são os médiuns videntes. A vista espiritual, vulgarmente chamada dupla vista ou segunda vista, lucidez, clarividência, ou, enfim, telestesia e agora criptestesia, é um fenômeno menos raro do que geralmente se imagina. Muitas pessoas são dotadas dessa faculdade, sem disso suspeitarem. (A Alma é Imortal, págs. 61 a 63.) 

B. Qual é a natureza do envoltório perispirítico?

R.: Num dos números da Revista Espírita de 1861, o doutor Glas, evocado por Kardec, esclarece que os fluidos que compõem o perispírito são muito etéreos, não suficientemente materiais para nós, os encarnados. Contudo, pela prece, pela vontade, pela fé, podem tornar-se mais ponderáveis, mais materiais e sensíveis ao tato, que é o que se dá nas manifestações físicas. Comentando a informação, Delanne observa que todos os Espíritos têm dito que o envoltório perispirítico é, para eles, tão real, quanto o corpo físico o é para nós. Tem-se, portanto, aí um ponto firmado pelo testemunho unânime de todos os que hão sido interrogados, o que explica e confirma as visões dos sonâmbulos e dos médiuns. (Obra citada, págs. 65 a 67.) 

C. Que fato relacionado com o fenômeno das mesas girantes, ocorrido em Fossano, foi relatado pelo professor Morgari na Sociedade Espírita de Turim?

R.: Em 20 de outubro de 1863, na Sociedade de Estudos Espíritas de Turim, o professor Morgari relatou o seguinte fato ocorrido em Fossano, em que o Espírito de determinada mulher dirigiu tocantes palavras ao professor P..., seu marido. Depois de falar-lhe, a esposa manifestou o desejo de ver os filhinhos do casal, que dormiam, naquele momento, em aposentos contíguos. A mesa passou então a mover-se com grande rapidez e penetrou no aposento mais próximo, onde uma das crianças, menina de três anos, dormia profundamente. Acercando-se de seu berço, a mesa se ergueu e se inclinou para a criancinha que, sempre a dormir, lhe estendeu os braços e exclamou: “Mamãe! oh! mamãe!” Inquirida pelo pai, a menina confirmou que a estava realmente vendo. (Obra citada, págs. 70 e 71.) 

Texto para leitura 

51. Da mesma forma que alguns sonâmbulos, mergulhados em sono magnético, podem ver os Espíritos e descrevê-los fielmente, há pessoas que possuem essa faculdade no estado de vigília: os chamados médiuns videntes. (Pág. 61)

52. Vê-se, assim, que a vista é uma faculdade do Espírito e pode exercer-se sem o concurso do corpo, tanto que os sonâmbulos vêem a distância, com os olhos fechados. Quando esses fenômenos se produzem, tem-se a comprovação da existência de um sentido novo, que se pode designar pelo nome de sentido espiritual. (Pág. 62)

53. O sonambulismo e a mediunidade são graus diversos da atividade desse sentido, que é, como os demais, mais ou menos desenvolvido, mais ou menos sutil, conforme os indivíduos. Todos, porém, o possuem e é por meio dele que percebemos os eflúvios fluídicos dos Espíritos e que nos inspiramos com os seus pensamentos. (Pág. 62)

54. A vista espiritual, vulgarmente chamada dupla vista ou segunda vista, lucidez, clarividência, ou, enfim, telestesia e agora criptestesia, é um fenômeno menos raro do que geralmente se imagina. Muitas pessoas são dotadas dessa faculdade, sem disso suspeitarem. (Pág. 63)

55. Após transcrever um texto escrito por Kardec, publicado na Revista Espírita de junho de 1867, Delanne diz que havia quinze anos que vinha estudando a mediunidade vidente, que nem sempre se manifesta com o cunho de constância que se nota em algumas narrativas. As mais das vezes, ela é fugitiva, temporária, mas, ainda assim, faculta-nos a certeza de que a crença na imortalidade não é vã ilusão e sim uma realidade grandiosa, consoladora e demonstrada. (Pág. 64)

56. O envoltório sutil da alma foi objeto de perseverantes estudos da parte de Kardec. Em seus colóquios com os Espíritos ele pôde conhecer o corpo fluídico e compreender o papel e a utilidade desse corpo. Quem deseje conhecer a gênese dessa descoberta - assevera Delanne - deve ler a Revista Espírita, do período de 1858 a 1869. (Pág. 65)

57. Num dos números da Revista Espírita - em 1861 - o doutor Glas, evocado por Kardec, esclarece que os fluidos que compõem o perispírito são muito etéreos, não suficientemente materiais para nós, os encarnados. Contudo, pela prece, pela vontade, pela fé, podem tornar-se mais ponderáveis, mais materiais e sensíveis ao tato, que é o que se dá nas manifestações físicas. (Pág. 66)

58. Comentando a informação, Delanne observa que todos os Espíritos têm dito que o envoltório perispirítico é, para eles, tão real, quanto o corpo físico o é para nós. Tem-se, portanto, aí um ponto firmado pelo testemunho unânime de todos os que hão sido interrogados, o que explica e confirma as visões dos sonâmbulos e dos médiuns. (Pág. 67)

59. Desde o começo das manifestações espíritas, organizaram-se grupos de estudo em quase todas as cidades da França. Os resultados obtidos com suas pesquisas se registravam quase sempre em atas, cujas súmulas eram enviadas à imprensa. A doutrina espírita, portanto, não foi imaginada; constituiu-se lentamente, e a obra de Kardec, resumindo essa imensa investigação, mais não é do que a compilação lógica de tão vasta documentação. (Pág. 67)

60. Num desses relatos, conforme publicado em 1864 pelo jornal O Salvador dos Povos, de Bordéus, vê-se que um sonâmbulo presente à sessão descreve os Espíritos ali presentes, inclusive o de um padre que ali estava para manifestar-se. Em seguida, o médium escrevente recebe uma comunicação do padre C... A visão sonambúlica confirmou, nesse caso, a autenticidade do agente que fazia o médium escrever, demonstrando o nenhum valor da teoria que diz que as comunicações procedem sempre do inconsciente de quem escreve. (Pág. 69)

61. A 20 de outubro de 1863, na Sociedade de Estudos Espíritas de Turim, o professor Morgari relatou um fato muito interessante ocorrido em Fossano, quando o Espírito de determinada mulher dirigiu tocantes palavras ao professor P..., seu marido. Depois de falar-lhe, a pranteada esposa manifestou o desejo de ver os filhinhos do casal, que dormiam, naquele momento, em aposentos contíguos. A mesa passou então a mover-se com grande rapidez e penetrou no aposento mais próximo, onde uma das crianças, menina de três anos, dormia profundamente. Acercando-se de seu berço, a mesa se ergueu e se inclinou, no ar, para a criancinha que, sempre a dormir, lhe estendeu os braços e exclamou: “Mamãe! oh! mamãe!” Inquirida pelo pai, a menina confirmou que a estava realmente vendo. (Págs. 70 e 71)

62. O testemunho de uma criança de três anos reconhecendo sua mãe não poderá ser suspeito, nem mesmo aos mais cépticos. “Ninguém - assevera Delanne - poderá ver aí qualquer sugestão, pois que a criança dormia e era aquela a primeira vez que seu pai e sua tia se ocupavam com o Espiritismo. O que aí há é a confirmação da crença de que a mãe sobrevivia no espaço e continuava a prodigalizar seu amor ao marido e aos filhos.” (Pág. 71) (Continua no próximo número.)
 


Voltar à página anterior


O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita