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Crônicas e Artigos
Ano 2 - N° 86 - 14 de Dezembro de 2008

ROGÉRIO COELHO
rcoelho47@yahoo.com.br
Muriaé, Minas Gerais (Brasil)

Chamado à reflexão

“As doenças fazem parte do processo normal da Vida como parcela integrante do fenômeno da saúde.” (Joanna de Ângelis)


A assertiva da Mentora amiga pode parecer um tanto paradoxal numa análise superficial; entretanto, procurando aprofundar as ilações rumo ao cerne da questão, chegaremos à conclusão de que, na verdade, as doenças são os resultados naturais dos equívocos que se dão ao arrepio das Leis Divinas e fazem parte da pedagogia da dor, muitas vezes a única linguagem que os Espíritos calcetas, que somos todos nós, entendemos. 

Refratários aos processos mais suaves da evolução, fazemos ouvidos moucos às palavras de Jesus: “Leve é o meu fardo, suave o meu jugo.” (Mt., 11:30). Tal atitude nos leva a recalcitrar ante os aguilhões que nos convidam ao progresso espiritual. Distraídos no pernicioso pedestal do egoísmo e dos gozos materiais, não conseguimos vislumbrar, em nosso apoucamento mental, a urgente necessidade de nos empenharmos com todo vigor nos transcendentes e imperecíveis trabalhos da emancipação espiritual... 

A “porta estreita” da menção evangélica é extremamente difícil de ser encontrada e mais difícil ainda é ultrapassar seus umbrais, em virtude das enormes quotas de sacrifício e renúncias exigidos... 

Mas Deus, em Sua infinita misericórdia, permite então, sob os auspícios da Lei Natural, o retorno da ovelha tresmalhada ao Aprisco Divino. Eis que chegam as dores maceradoras que, na verdade, são os abençoados e incompreendidos chamados à reflexão. 

Sob o guante do desequilíbrio orgânico, paramos o exaustivo frenesi no qual permanecemos distraídos e omissos para com as coisas espirituais; sossegamos interiormente auscultando as mais íntimas anfractuosidades da Alma e, quase sem que o percebamos, passamos a promover um “balanço” moral de nossa Vida; reflexionamos mais acuradamente a respeito de tudo e chegamos à conclusão lógica: Há que se cuidar melhor do Espírito. Daí, para uma mudança radical rumo ao aperfeiçoamento espiritual, falta pouco. 

Inúmeras criaturas, embaladas com as crenças dogmáticas e ancilosadas dos avoengos, aceitas sem maiores reflexões, aportam no Mundo Espiritual, além dos limites da tumba, em lamentáveis situações de ignorância e perplexidades. Lá, no Mundo Real, longe das ilusões materiais, vêem, no “replay” da Vida que acabaram de deixar, a magnitude dos enganos, dos equívocos, e observam, pesarosas, a pobreza de sua bagagem espiritual. Verificam, então, tardiamente, quão ruinoso foi para o Espírito Imortal as noites de sono perdidas com nonadas, com as libações tabagísticas, com os repastos báquicos e com os desregramentos e excessos de variegado matiz, incluindo-se aí os da área sexual, responsáveis estes últimos pela maioria dos tristes quadros de loucura em nosso Orbe... Passam, então a lamentar – amargamente – a falta de créditos espirituais que são angariados na lavoura do Bem sem limites. 

Chamados, assim, à reflexão pelo acicate das dores, e envolvidos em processos de degenerescência da saúde, não nos deixemos sucumbir sob tal injunção. Através da mente sã reconquistaremos o equilíbrio somático, superando o momento difícil. Afinal, não é a tempestade perturbadora que saneia o ar?    

O corpo físico, frágil por natureza, enferma, estropia-se, desgasta e morre, finalmente. Ele, em razão de sua própria função, é transitório por excelência, entanto, é o instrumento excelente e abençoado do progresso do Espírito em sua marcha ascensional. 

Preservá-lo, pois, dos desgastes voluntários vinculados às viciações dispensáveis e desnecessárias, tal é o dever de todos nós, para que ele possa cumprir seu desiderato. 

Tenhamos em mente que, hodiernamente, nosso corpo físico “enxuga” as mazelas das pretéritas reencarnações, como também sofrerá, nas reencarnações futuras, as conseqüências danosas de nosso descaso e desídia de hoje. 

Nosso hoje, nosso amanhã, porque foi o próprio Cristo quem afirmou, sem rebuços, conforme registro de Mateus, capítulo dezesseis, versículo vinte e sete:

“A cada um será dado de acordo com as suas obras”. 

Portanto, saúde ou doença, equilíbrio ou desequilíbrio, harmonia ou desarmonia são arbitrados por nós mesmos.

 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita