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Crônicas e Artigos
Ano 2 - N° 86 - 14 de Dezembro de 2008

MARCUS DE MARIO
marcusdemario@gmail.com
Rio de Janeiro, RJ (Brasil)
 

Professor, esse desvalorizado 


"Mais de 80% dos professores se sentem desvalorizados pela sociedade, segundo informou a Agência Brasil. Ao todo, 75% dos docentes acham que a administração do colégio ou da secretaria de educação de sua cidade não reconhece a importância da categoria. A constatação é da pesquisa “A qualidade da educação sob o olhar do professor”, da Fundação SM e da Organização dos Estados Ibero-americanos. Mais de 8 mil professores em 19 Estados participaram do estudo. “A falta de perspectiva de bons salários ou de uma carreira, leva a um processo de desvalorização. Os jovens não procuram o magistério o que cria um efeito dominó”, diz o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Roberto Leão.

Não é de hoje que os professores se queixam da falta de valorização do magistério. Muitas secretarias estaduais e municipais de educação não possuem plano de carreira, pagam baixos salários e mantêm escolas em deplorável situação, num atestado eloqüente do quanto consideram a educação sem importância.

Contou-nos uma professora que procurou, junto com outras professoras, um vereador de sua cidade para solicitar apoio a um projeto sócio-educativo. O vereador, quando soube tratar-se de um projeto de educação, foi enfático: "Se soubesse que era isso não tinha perdido meu tempo, isso não dá voto, o que dá voto é fazer uma praça, asfaltar uma rua".

Os governantes precisam se preocupar com o alto índice de insatisfação dos professores e entender a importância do professor e da escola no processo de formação das crianças e jovens. Está em jogo a formação intelectual e emocional de toda uma geração, pois o conhecimento científico só pode ser adquirido com estudo metódico, o que só a escola proporciona, e escola sem professor não existe. E que adianta ter escola com professor desmotivado, se sentindo o último dos seres da sociedade?

A reforma da praça, o asfaltamento da rua, a poda da árvore, a canalização de água, a construção de uma passarela dão voto porque aparecem, todo mundo vê e são lugares em que se pode estender uma faixa eleitoreira, mas nada disso dá conhecimento, faz pensar, nem gera crescimento humano. É mais uma obra. É mais uma fachada bonita. E só. O eleitor vai continuar inculto, analfabeto funcional, com pouca escolaridade. Infelizmente é exatamente o que os políticos querem, pois isso facilita a manipulação do voto.

E o professor? Bem, ele que se valorize, que tire do fundo de sua alma o amor à educação, superando os problemas. Felizmente a maioria faz exatamente isso, principalmente na educação básica. Mas não é o que deve acontecer. Países com alto índice de desenvolvimento humano (IDH) têm na educação a sua prioridade, e o professor é muito valorizado, recebendo ampla e profunda capacitação.

Bons exemplos não faltam. O que está faltando para sensibilizar os administradores públicos e os donos de escolas?

Vamos responder essa questão? Aguardo o seu pronunciamento para continuar a abordagem.
 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita