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Correio Mediúnico
Ano 2 - N° 86 - 14 de Dezembro de 2008
 


No intercâmbio

 José Xavier

 
No trato com os nossos irmãos desequilibrados, é preciso afinar a nossa boa-vontade à condição em que se encontram, para falar-lhes com o proveito devido.

Vocês não desconhecem que cada criatura humana vive com as idéias a que se afeiçoa.

Quantos no mundo se julgam triunfantes na viciação ou no crime, quando não passam de viajores em de­clive para a queda espetacular! E quantos companheiros, aparentemente vencidos, são candidatos à verdadeira vitória!...

Mesmo entre vocês, não é difícil observar mendigos esfarrapados que, por dentro, se acreditam fidalgos, e pessoas bem-nascidas, conservando a humildade real no coração, entre o amor ao próximo e a submissão a Deus!...

Aqui, na esfera em que a experiência terrestre con­tinua a si mesma, os problemas dessa ordem apenas se alongam.

Temos milhares de irmãos escravizados à recorda­ção do que foram no passado, mas, ignorando a transi­ção da morte, vivem por muito tempo estagnados em tre­menda ilusão!...

Sentem-se donos de recursos que perderam de há muito e tiranos de afeições que já se distanciaram irre­mediavelmente do trecho de caminho em que paralisa­ram a própria visão.

Nos campos e cidades terrestres, a cada passo to­pamos antigos dominadores do solo, os quais a morte não conseguiu afastar de suas fazendas; magnatas de indústria que o túmulo não separou dos negócios mate­riais, e homens e mulheres em massa que, sem a veste do corpo, continuam agrilhoados aos prazeres e aos há­bitos em que fisgaram a própria alma...

Convidados à revisão do estado consciencial em que se alojam, irritam-se e defendem-se, como ouriços con­tentes no espinheiro em que moram, quando não se ocul­tam, matreiros, no egoísmo em que se deleitam, ao modo de velhas tartarugas a se esconderem na carapaça, ao primeiro toque estranho às sensações com que se aco­modam.

Se insistimos no socorro espiritual de que necessitam, vomitam impropérios e cospem blasfêmias... Mas, com isso, não deixam de ser doentes e loucos, agindo contra si mesmos e solicitando-nos amparo.

Sentem-se vivos, tão vivos, como na época em que se embebedaram de mentira, fascinação e poder. O tempo e a vida correm para diante, por fora deles; por dentro, imobilizaram a própria alma na fixa­ção mental de imagens e interesses, que não mais exis­tem senão no mundo estreito desses infelizes irmãos.

Querem apreço, consideração, apoio, carinho... Não pedimos a vocês estimular-lhes a fantasia, con­tudo lembramos a necessidade de nossa tolerância, para que lhes possamos contornar, com êxito, as complica­ções e labirintos, doando-lhes, ao mesmo tempo, idéias novas com que empreendam a própria recuperação.

Figuremo-los como prisioneiros, cuja miséria não nos deve sugerir escárnio ou indiferença, mas sim auxílio deliberado e constante para que se ajudem.

Cultivemos, assim, a conversação com os desencarnados sofredores, sem curiosidade maligna, ouvindo-os com serenidade e paciência.

Não nos esqueçamos de que somente a simpatia fraternal pode garantir a obra divina do amor.

 

Mensagem transmitida psicofonicamente em 19 de abril de 1954 pelo Espírito de José Xavier, que foi companheiro militante do Espiritismo em Pedro Leopoldo e desencarnou em 1939. A mensagem compõe o  cap. 4 do livro Instruções Psicofônicas, do médium Francisco Cândido Xavier.

 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita