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Estudando as obras de Kardec
Ano 2 - N° 85 - 7 de Dezembro de 2008

ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@oconsolador.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)

A Revue Spirite de 1862

Allan Kardec 

(6a Parte)

Damos seqüência ao estudo da Revue Spirite correspondente ao ano de 1862. O texto condensado do volume citado será aqui apresentado em 16 partes, com base na tradução de Júlio Abreu Filho publicada pela EDICEL.

Questões preliminares

A. Pode-se dizer que o Espiritismo dá às pessoas uma satisfação moral?

Sim. Ele proporciona, sem dúvida, uma satisfação moral aos que o compreendem e praticam, sentimento que recebe seu vigor do princípio da reencarnação, visto que a reencarnação é uma chave que abre novos horizontes, que dá uma razão de ser a inúmeras coisas incompreendidas, que explica o inexplicado e concilia todos os acontecimentos da vida com a justiça e a bondade de Deus. Sem a reencarnação, a que atribuir as idéias inatas? a idiotia, o cretinismo, a selvageria, ao lado do gênio e da civilização? a profunda miséria de uns ao lado da felicidade de outros? as mortes prematuras e tantas outras coisas? (Revue Spirite de 1862, pp. 103 e 106.) 

B. Qual é a principal diferença entre a loucura patológica e a loucura obsessional?

Comentando o assunto, Kardec explica que a primeira – a loucura patológica – é produzida por uma desordem nos órgãos de manifestação do pensamento. Na loucura obsessional não há lesão orgânica. É o Espírito que se acha afetado pela subjugação de outro Espírito que o domina e comanda. (Obra citada, pág. 110.) 

C. Kardec tinha apreço especial pelo Cristianismo?

Sim. O Codificador afirma na Revue que o Espiritismo jamais se arvorou em rival do Cristianismo, do qual se declara filho. Ele combate o ateísmo e o materialismo e repousa sobre as bases fundamentais de toda religião e sobre a moral do Cristo. “Se renegasse o cristianismo – assevera Kardec –, ele se desmentiria, suicidar-se-ia.” (Obra citada, pág. 121.)

Texto para leitura

58. A Natureza, segundo Kardec, apropriou os corpos ao grau de adiantamento dos Espíritos que neles devem encarnar. Por isso os corpos dos grupos étnicos (1) primitivos possuem menos cordas vibrantes que os corpos dos grupos étnicos mais adiantados. Ele conclui, portanto, que os Espíritos pertencentes aos povos de pele negra, como todos os Espíritos, são perfectíveis e poderão mais tarde reencarnar em outros grupos étnicos, sabendo-se que, à medida que as faculdades do Espírito se ampliam, necessita ele de um instrumento físico adequado, como uma criança que cresce precisa de roupas maiores. (PP. 99 a 102)

59. Kardec escreve sobre o crescimento rápido do Espiritismo. “Há várias causas para isto”, diz ele. “A primeira, e sem contradição, como já explicamos em diversas circunstâncias, é a satisfação moral que proporciona aos que o compreendem e praticam. Mas esta mesma causa em parte recebe o seu vigor do princípio da reencarnação.” (P. 103)

60. A reencarnação é uma chave que abre novos horizontes, que dá uma razão de ser a inúmeras coisas incompreendidas, que explica o inexplicado e concilia todos os acontecimentos da vida com a justiça e a bondade de Deus. Sem a reencarnação, a que atribuir as idéias inatas? a idiotia, o cretinismo, a selvageria, ao lado do gênio e da civilização? a profunda miséria de uns ao lado da felicidade de outros? as mortes prematuras e tantas outras coisas? (P. 106)

61. Concluindo o artigo, o Codificador informa que a admissão da reencarnação ganha terreno diariamente e que na França os seus adversários são em número imperceptível. Mesmo na América, afirma Kardec, onde os adversários da idéia são mais numerosos, a pluralidade das existências corporais começa a se popularizar. (P. 107)

62. A Revue  relata fatos pertinentes à monomania epidêmica verificada numa parte da Alta Sabóia, contra a qual falharam todos os recursos da medicina e da religião. O único meio que produziu algum resultado foi dispersar os indivíduos por diversas cidades. Segundo Georges, em mensagem transmitida na Sociedade Espírita de Paris, deveriam ser enviados para aquela região magnetizadores, espiritualistas ou espíritas, e não médicos, para se dissipar a legião de Espíritos malévolos que causavam ali tantos distúrbios. (P. 108)

63. Comentando o assunto, Kardec afirma que é necessário distinguir a loucura patológica da loucura obsessional. A primeira é produzida por uma desordem nos órgãos de manifestação do pensamento. Na segunda não há lesão orgânica. É o Espírito que se acha afetado pela subjugação de outro Espírito que o domina e comanda. (P. 110)

64. Comunicações obtidas em Bordeaux, Haia, Sens, Lyon e Frankfurt, a respeito da teoria dos anjos decaídos, publicada anteriormente por Kardec, concordam inteiramente com a tese exposta na Revue. A sã razão, dizem os Espíritos em Bordeaux, não pode admitir a criação de Espíritos puros e perfeitos revoltando-se contra Deus. (PP. 111 e 112)

65. Girard de Codemberg, autor de um livro sobre o Mundo Espiritual, que contém comunicações excêntricas que denotam manifesta influência obsessiva, faleceu em 1858 e, evocado em Bordeaux, reconheceu os vários erros contidos  na referida obra, entre eles, a negação da reencarnação que agora ele admitia. (PP. 115 a 118)

66. O Espírito de Jean de La Bruyère, evocado em Bordeaux, afirma que, embora a inteligência do homem tenha avançado, a melhora moral não deu um passo. Ele reconhece, no entanto, que o Espiritismo será mais feliz em suas ações: “Pouco a pouco vos conformareis à sua doutrina e reformareis os vícios que em vida vos apontamos”. (PP. 118 e 119)

67. A Revue  publica dois poemas de Elisa Mercoeur, recebidos pela Sra. Cazemajoux, em Bordeaux. (P. 120)

68. O Espiritismo tem mártires? Respondendo a essa questão, Kardec diz, inicialmente, que o Espiritismo jamais se arvorou em rival do Cristianismo, do qual se declara filho. Ele combate o ateísmo e o materialismo e repousa sobre as bases fundamentais de toda religião e sobre a moral do Cristo. “Se renegasse o cristianismo -- assevera Kardec --, ele se desmentiria, suicidar-se-ia.” (P. 121) (Continua no próximo número.)


Nota do editor:

(1)
No lugar da palavra “raças” adotamos a expressão “grupos étnicos”, que é mais consentânea com o estágio atual do conhecimento humano que entende que só existe na Terra uma raça – a raça humana, que se divide em diversos grupos étnicos, embora pertencentes a um único tronco.


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita