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Clássicos do Espiritismo
Ano 2 - N° 83 - 23 de Novembro de 2008

ANGÉLICA REIS
a_reis_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 

A Alma é Imortal

 Gabriel Delanne

(2ª Parte)

Damos continuidade ao estudo do clássico A Alma é Imortal, de Gabriel Delanne, conforme tradução de Guillon Ribeiro, publicada pela Federação Espírita Brasileira.

Questões preliminares

A. Como as idéias sobre a alma e sua imortalidade eram ensinadas no Egito antigo e na China milenária dos tempos de Confúcio?

R.: No Egito antigo a pessoa humana era tida como composta de quatro partes: o corpo material, o duplo (ka), a substância inteligente (khou) e a essência luminosa (ba ou baí). Essas quatro partes reduziam-se, no entanto, a duas, visto que o duplo era parte integrante do corpo material durante a vida, e a essência luminosa se achava contida na substância inteligente (khou). A imortalidade da alma substituía, assim, a imortalidade do corpo, que fora a primeira concepção egípcia. Na China, o culto dos Espíritos se impôs desde a mais remota Antigüidade. A natureza da alma era bem conhecida dos chineses. Confúcio atribuía aos Espíritos um envoltório semimaterial, um corpo aeriforme. (A Alma é Imortal, pág. 22 a 24.)

B. A quem podemos atribuir a paternidade da teoria dos anjos guardiães?

R.: A Zoroastro. Segundo ele, abaixo do Ser Incriado, eterno, existem duas emanações opostas: Ormuzd e Arimã. O primeiro tem o encargo de criar e conservar o mundo e dois gênios celestes, emanados do Criador, o ajudam no trabalho da criação, além de uma série de Espíritos, de gênios, de ferúers, pelos quais pode o homem crer que tem em si algo de divino. O ferúer é, ao mesmo tempo, inspirador e um vigia e sua missão é combater os maus gênios produzidos por Arimã. (Obra citada, pág. 25.)

C. Qual era a visão predominante dos filósofos gregos acerca dos Espíritos e sua influência sobre os homens?

R.: Segundo a maioria dos filósofos gregos, cada homem tem por guia um daimon particular, que lhe personifica a individualidade moral. A generalidade dos humanos era guiada por Espíritos vulgares; os doutos mereciam visitados por Espíritos superiores. Tales de Mileto, que viveu seis séculos e meio antes da era cristã, ensinava que o Universo é povoado de daimons e de gênios, testemunhas secretas das nossas ações, mesmo dos nossos pensamentos, além de nossos guias espirituais. Sócrates e Platão, como achassem excessivamente grande a distância entre Deus e o homem, enchiam-na de Espíritos, considerando-os gênios tutelares dos povos e dos indivíduos e os inspiradores dos oráculos. (Obra citada, págs. 26 e 27.) 

Texto para leitura 

11. Pelos fins da 18a dinastia - 3064 a 1703 a.C. - os sacerdotes conceberam um sistema em que coubessem essa e outras hipóteses formuladas sobre esse tema. A pessoa humana foi tida, então, como composta de quatro partes: o corpo material, o duplo (ka), a substância inteligente (khou) e a essência luminosa (ba ou baí). Essas quatro partes reduziam-se, no entanto, a duas, visto que o duplo (ka) era parte integrante do corpo material durante a vida, e a essência luminosa (ba) se achava contida na substância inteligente (khou). A imortalidade da alma substituía, assim, a imortalidade do corpo, que fora a primeira concepção egípcia. (Págs. 22 e 23)

12. Na China, o culto dos Espíritos se impôs desde a mais remota Antigüidade. Confúcio respeitou essas crenças e, certo dia, entre os que o cercavam, admirou umas máximas - escritas 1.500 anos antes -  sobre uma estátua de ouro, no Templo da Luz, sendo uma delas a seguinte: “Falando ou agindo, não penses, embora te aches só, que não és visto, nem ouvido: os Espíritos são testemunhas de tudo”. (Pág. 23)

13. Na China de então se acreditava que os céus eram povoados, como a Terra, não apenas pelos gênios, mas também pelas almas dos homens que neste mundo viveram. A par do culto dos Espíritos, estava o dos antepassados, que tinha por objeto, além de conservar a lembrança dos avós e de os honrar, atrair a atenção deles para os seus descendentes, que lhes pediam conselhos em todas as circunstâncias importantes da vida.  (Pág. 23)

14. A natureza da alma era bem conhecida dos chineses. Confúcio atribuía aos Espíritos um envoltório semimaterial, um corpo aeriforme. Quando o budismo penetrou na China, assimilou-lhe as antigas crenças e continuou as relações estabelecidas com os mortos. (Pág. 24)

15. O Sr. Estanislau Julien narra assim a aparição do Buda, devida a uma prece feita por Hiuen-Thsang, que viveu por volta do ano 650 d.C.: “Tomado de alegria e de dor, recomeçou ele as suas saudações reverentes e viu brilhar e apagar-se qual relâmpago uma luz do tamanho de uma salva. Então, num transporte de júbilo e amor, jurou que não deixaria aquele sítio sem ter visto a sombra augusta do Buda. Continuou a prestar-lhe suas homenagens e, ao cabo de duzentas saudações, teve de súbito inundada de luz toda a gruta e o Buda, em deslumbrante brancura, apareceu, desenhando-se-lhe majestosamente a figura sobre a muralha”. “Ofuscante fulgor iluminava os contornos da sua face divina.” (Pág. 24)

16. Essa aparição, comenta Delanne, lembra a transfiguração de Jesus, quando se mostraram Moisés e Elias. Os Espíritos superiores têm um corpo de esplendor incomparável, visto que sua substância fluídica é mais luminosa do que as mais rápidas vibrações do éter. (Pág. 25)

17. No antigo Irã - a Pérsia - deparamos com uma concepção especial acerca da alma. Zoroastro pode reivindicar a paternidade da invenção do que é hoje chamado o “eu” superior, a consciência subliminal e, ainda, a paternidade da teoria dos anjos guardiães. (Pág. 25)

18. Segundo o grande legislador, abaixo do Ser Incriado, eterno, existem duas emanações opostas: Ormuzd e Arimã. O primeiro tem o encargo de criar e conservar o mundo. Arimã procura combatê-lo e destruir o mundo, se puder. Dois gênios celestes, emanados do Criador, ajudam Ormuzd no trabalho da criação, além de uma série de Espíritos, de gênios, de ferúers, pelos quais pode o homem crer que tem em si algo de divino. O ferúer é, ao mesmo tempo, inspirador e um vigia e sua missão é combater os maus gênios produzidos por Arimã. (Pág. 25)

19. Na Judéia, ao tempo de Moisés, os hebreus desconheciam inteiramente qualquer idéia de alma. Foi preciso o cativeiro de Babilônia para que esse povo bebesse, entre os seus vencedores, a idéia da imortalidade e da verdadeira composição do homem. Os cabalistas, intérpretes do esoterismo judeu, chamam nephesh ao corpo fluídico da alma. (Pág. 26)

20. Os gregos, desde a mais alta Antigüidade, estiveram na posse da verdade sobre o mundo espiritual. Em Homero, é freqüente os moribundos profetizarem e a alma de Pátroclo vem visitar Aquiles na sua tenda. Segundo a maioria dos filósofos gregos, cada homem tem por guia um daimon particular, que lhe personifica a individualidade moral. A generalidade dos humanos era guiada por Espíritos vulgares; os doutos mereciam visitados por Espíritos superiores. (Págs. 26 e 27)

21. Tales de Mileto, que viveu seis séculos e meio antes da era cristã, ensinava que o Universo era povoado de daimons e de gênios, testemunhas secretas das nossas ações, mesmo dos nossos pensamentos, além de nossos guias espirituais. Sócrates e Platão, como achassem excessivamente grande a distância entre Deus e o homem, enchiam-na de Espíritos, considerando-os gênios tutelares dos povos e dos indivíduos e os inspiradores dos oráculos. (Pág. 27) (Continua no próximo número.)
 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita