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Raul Teixeira responde
Ano 2 - N° 82 - 16 de Novembro de 2008

  

– O que dizer dos médiuns que só recebem Espíritos mentores e jamais sofredores? Seria uma mediunidade mais aprimorada?

Raul Teixeira: Pautando-nos no pensamento de Jesus, que afirma não serem os sãos que carecem de médicos, e sim os doentes, podemos ver grande incoerência nesse fenômeno questionado.

Há que desconfiar-se sempre desses médiuns que só recebem guias ou mentores. Na Terra, a mediunidade deverá ser socorrista para que tenha utilidade de fato.

Médiuns espíritas destacados por suas vivências e realizações doutrinárias, como a saudosa Yvonne Pereira, Chico Xavier, Divaldo Franco e outros tantos, sempre afirmaram e afirmam que o que lhes garantiu sempre a assistência dos nobres mentores foi o atendimento aos sofredores, aos infelizes dos dois hemisférios da vida, ou seja, encarnados e desencarnados.

Os guias se comunicam sim, sem que, contudo, impeçam-nos de atender os caídos como nós ou mais do que nós. Comunicam-se justamente para nos fortalecer a fé e nos impulsionar à perseverança no bem. É pelos caminhos da caridade, do serviço do amor prestado aos espíritos sofredores que a mediunidade e os médiuns se aprimoram. Fora dessa diretriz, os fenômenos, por mais impressionantes, deixam no ar um odor de impostura, de presunção, de exibição vaidosa, alimentado por tormentosa e disfarçada fascinação.

 


Do livro Diretrizes de Segurança, de autoria de Divaldo P. Franco e José Raul Teixeira, publicado pela
Editora Fráter Livros Espíritas Ltda., de Niterói-RJ.  
 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita