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Crônicas e Artigos
Ano 2 - N° 82 - 16 de Novembro de 2008

GERSON SIMÕES MONTEIRO 
gerson@radioriodejaneiro.am.br
Rio de Janeiro, RJ (Brasil)

 

Prisão de livros

 
Proferíamos uma palestra em um Centro Espírita, quando observamos a Biblioteca instalada em um armário de duas portas, próximo à mesa de onde falávamos, trancado por fora com dois grossos cadeados.

Finda a nossa exposição, perguntei ao presidente da Casa, quando nos conduzia até a porta de saída, o porquê daquele forte esquema de segurança para os livros. Ele nos respondeu, com toda a espontaneidade, que se tratava de impedir o desaparecimento de livros.

Diante da explicação daquele dirigente, aproveitei a oportunidade para lhe falar a respeito da chamada Biblioteca Aberta, onde os livros são colocados em estantes ou em prateleiras sem portas, de preferência no salão de reuniões públicas, possibilitando ao leitor escolher à vontade os livros de sua preferência.

Lembrei-lhe, inclusive, que a atual técnica de vendas empregada nos supermercados é semelhante, e produz bons efeitos, porque promove a identificação do cliente com os produtos expostos, permitindo a livre escolha, sem interferência de balconistas e gerando essa liberdade verdadeiro estímulo para o aumento de vendas.

Tempos depois, aquele dirigente nos informou que a Instituição já havia adotado o processo de Biblioteca Aberta, por terem os demais diretores entendido a nossa sugestão e também, segundo eles, valeria a pena emprestar 50, 60 ou 100 livros, mesmo que o Centro viesse a perder duas ou três obras, pois essa perda seria compensada pelo resultado altamente positivo, do ponto de vista espiritual, com o empréstimo de maior número de livros. Depois desse esclarecimento, arrematou o presidente daquele Centro: “Afinal, o objetivo da Biblioteca no Centro Espírita é difundir o conhecimento do Espiritismo, e não servir de prisão de livros”.

É claro que quando a Instituição possuir obras raras no seu acervo bibliográfico deverá cercá-las de todos os cuidados e, nesse caso, sim, os cadeados devem funcionar. Caso o Centro disponha de espaço, pode até organizar uma Sala de Leitura para consultas internas.

Aliás, a Sala de Leitura, a nosso ver, pode ser instituída mesmo sem a presença de obras raras na Biblioteca. Seria um convite ao estudo do Espiritismo, levando-se em conta que há quem não disponha de local adequado em casa para estudar, por motivos vários, como, por exemplo, ruídos e barulhos provocados pelo intenso tráfego na rua; familiar que assiste à televisão ou ouve rádio com volume muito alto e os que, pelas suas atividades no lar, acabam esquecendo e não reservando um momento necessário ao estudo indispensável da Doutrina.

Desde que haja local e horário disponível no Centro Espírita, a Sala de Leitura nos parece uma boa sugestão. E mesmo que não haja sala disponível, o próprio salão de reuniões pode ser convertido em Sala de Leitura e, com a instalação da Biblioteca Aberta, não será sequer necessária a presença do bibliotecário, pois o próprio leitor pode retirar o livro à vontade. Só precisaria um colaborador da Casa para abrir e fechar a sede do Centro, no horário previsto para o funcionamento da mencionada sala.

Será que não chegou a hora de libertarmos os livros espíritas aprisionados indevidamente em nossas Bibliotecas fechadas, cheirando a mofo de egoísmo?
 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita