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Estudando as obras de Kardec
Ano 2 - N° 81 - 9 de Novembro de 2008

ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@oconsolador.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)

A Revue Spirite de 1862

Allan Kardec 

(2a Parte)

Damos seqüência ao estudo da Revue Spirite correspondente ao ano de 1862. O texto condensado do volume citado será aqui apresentado em 16 partes, com base na tradução de Júlio Abreu Filho publicada pela EDICEL.

Questões preliminares

A. Qual foi, segundo Kardec, o maior milagre produzido por Jesus?

Maior do que mudar a água em vinho, alimentar quatro mil homens com cinco pães, curar epilépticos, dar vista aos cegos e fazer andarem os paralíticos, o maior milagre de Jesus foi ter ele, em apenas três anos, mudado a face do mundo, sem nada haver escrito e auxiliado tão-somente por alguns obscuros pescadores ignorantes. (Revue Spirite de 1862, pp. 24 e 25.) 

B. Que é necessário para que um grupo tenha estabilidade?

Para gozar de ordem, tranqüilidade e estabilidade, é preciso que nele reine um sentimento fraterno, porque todo grupo ou sociedade que se formar sem ter por base a caridade efetiva não terá vitalidade. O verdadeiro espírita se reconhece pela prática da caridade em pensamentos, palavras e atos. Todo aquele que nutre em sua alma sentimentos de animosidade, de rancor, de ódio, de ciúme ou de inveja, mente a si mesmo se pretende compreender e praticar o Espiritismo.  O egoísmo e o orgulho matam as sociedades particulares, como matam os povos e as sociedades em geral. (Obra citada, pp. 31 a 34.) 

C. Qual é, na opinião de Santo Agostinho, a bandeira do Espiritismo?

Da mesma forma que o Cristianismo plantou o estandarte da igualdade na Terra, o Espiritismo arvora o da fraternidade. Essa é a sua bandeira. O Espiritismo não se prende a fenômenos físicos, nem se apóia em milagres que falam aos olhos -- ele dá a fé ao coração. (Obra citada, pp. 43 a 46.) 

Texto para leitura

12. Kardec comenta artigo publicado em dezembro de 1861 pelo Sr. Guizot, que parte do princípio de que todas as religiões se fundam no sobrenatural, o que seria certo se se entendesse como tal o que não se compreende. (PP. 20 e 21)

13. Como prova do sobrenatural, Guizot cita a formação do primeiro homem, que foi criado adulto, porque -- diz ele --, sozinho e na infância, não teria podido alimentar-se. (P. 23)

14. Kardec rebate o argumento, lembrando ainda que a questão de um tronco único para a espécie humana é controvertida, porque as leis da antropologia demonstram a impossibilidade material que a posteridade de um só homem pudesse, em alguns séculos, povoar toda a Terra e se transformar em raças negras, amarelas e vermelhas. (P. 23)

15. Após dizer que o Magnetismo e o Espiritismo, reproduzindo os fatos tidos por miraculosos, tirou deles o seu caráter sobrenatural, Kardec lembra que isso não retira de Jesus o seu caráter divino, visto que um milagre produzido pelo Mestre, muito maior do que mudar a água em vinho, alimentar quatro mil homens com cinco pães, curar epilépticos, dar vista aos cegos e fazer andarem os paralíticos, foi ter, em apenas três anos, mudado a face do mundo, sem nada haver escrito e auxiliado tão-somente por alguns obscuros pescadores ignorantes. (PP. 24 e 25)

16. Do México, a Revue  publica versos do Espírito de Béranger, em que, entre outros pensamentos, o poeta diz: “Estão caídos os gigantes da glória: escravos, reis, todos serão confundidos, porque, para nós todos, a mais bela vitória cabe ao que mais sabe amar”. (PP. 25 e 26)

17. Surgem mais um livro do Codificador: “O Espiritismo na sua expressão mais simples” e “Revelações de Além-Túmulo”, pela Sra. H. Dozon, médium  integrante da Sociedade Espírita de Paris. (P. 27)

18. A Revue  alude a um testamento hológrafo feito em favor do Espiritismo por um simpatizante. (N.R.: Hológrafo significa documento totalmente escrito a mão pelo seu autor.) (PP. 28 e 29)

19. Kardec diz ao Dr. Morhéry que foi por pura prudência que deixou de publicar notícia, por ele enviada, acerca de fatos muito estranhos ocorridos com a senhorita Godu, que teria “produzido” mediunicamente até diamantes. (PP. 29 e 30)

20. Em resposta à mensagem de Ano Novo recebida dos espíritas de Lyon, subscrita por cerca de duzentas assinaturas, Kardec dá-lhes uma série de oportunos conselhos: I - Se um grupo pretende ter ordem, tranqüilidade e estabilidade, é preciso que nele reine um sentimento fraterno, porque todo grupo ou sociedade que se formar sem ter por base a caridade efetiva não terá vitalidade. II - Reconhece-se o verdadeiro espírita pela prática da caridade em pensamentos, palavras e atos: todo aquele que nutre em sua alma sentimentos de animosidade, de rancor, de ódio, de ciúme ou de inveja, mente a si mesmo se pretende compreender e praticar o Espiritismo. III - O egoísmo e o orgulho matam as sociedades particulares, como matam os povos e as sociedades em geral. (PP. 31 a 34)

21. Mais adiante, o Codificador recomenda afastarem cuidadosamente tudo quanto se refere à política e às questões irritantes, procurando no Espiritismo aquilo que pode melhorar o indivíduo. Eis o essencial. E acrescenta: “Quando os homens forem melhores, as reformas sociais realmente úteis serão uma conseqüência natural”. (PP. 34 e 35)

22. A um padre que suscitou a questão dos milagres, Kardec responde dizendo que os espíritas não têm o mais insignificante milagre a oferecer e, ainda, que o Espiritismo não se apóia em nenhum fato miraculoso. (P. 37)

23. Na seqüência, ele assevera que há duas coisas no Espiritismo: o fato da existência dos Espíritos e suas manifestações e a doutrina daí decorrente. O primeiro ponto não pode ser posto em dúvida senão pelos que não viram ou não quiseram ver. Quando ao segundo, a questão é saber se essa doutrina é justa ou falsa. (P. 39)

24. Kardec acrescenta, na sua resposta ao padre, uma série de comunicações mediúnicas e, dentre elas, uma assinada pelo Espírito de Santo Agostinho, que conclui nestes termos seu pensamento: “Que doutrina dará mais sentimento e ânimo ao coração? O Cristianismo plantou o estandarte da igualdade na Terra e o Espiritismo arvora o da fraternidade!... Eis o milagre mais celeste e mais divino que possa acontecer!... Sacerdotes, cujas mãos por vezes estão manchadas pelo sacrilégio, não peçais milagres físicos, pois as vossas frontes poderão ir quebrar-se na pedra que pisais para subir ao altar!... Não, o Espiritismo não se prende a fenômenos físicos, não se apóia em milagres que falam aos olhos -- ele dá a fé ao coração. Dizei-me, não estará aí o maior milagre?” (PP. 43 a 46) (Continua no próximo número.)  


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita