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Cartas
Ano 2 - N° 80 - 2 de Novembro de 2008
Recebemos nos últimos dias as seguintes mensagens de nossos leitores:

De: Valmir Fernandes (Florianópolis, SC)
Terça-feira, 28 de outubro de 2008,  às 13:18:28
Por que o desprendimento da alma é facilitado no estado de sono e não o é no momento da morte?
Valmir
 

Resposta do Editor: 

A emancipação da alma por ocasião do sono corporal é um fato corriqueiro, mas não passa de um desprendimento parcial, visto que ela continua ligada ao corpo físico. O que ocorre então é apenas uma expansão do laço perispiritual que une a alma ao corpo, permitindo a ela deslocar-se a lugares distantes do local em que o corpo material repousa.

No caso da morte corpórea, mesmo antes do desligamento completo da alma – fato que o Espiritismo chama de desencarnação – pode ocorrer a emancipação parcial semelhante à do sono, o que explica os fatos de comunicação espírita por ocasião da morte, estudados por vários pesquisadores, como Ernesto Bozzano.

O desprendimento completo da alma, ou a desencarnação, é que requer algum tempo, visto que no processo reencarnatório o perispírito se liga ao corpo molécula a molécula, o que implica dizer que é preciso tempo para que essa ligação molecular se desfaça. Conforme a questão 155 d´O Livro dos Espíritos, como regra geral, a separação da alma não se dá instantaneamente. Ela se liberta gradualmente e não como um pássaro cativo que, de repente, ganhasse a liberdade.  

 


De: Alessandro Amabile (Araraquara, SP)
Quinta-feira, 23 de outubro de 2008, às 17:20:41
Por que Deus nos criou? Não sei bem se essa é a pergunta certa para o que quero saber. É algo como: por que Deus nos fez? Ele estava "sozinho" e resolveu criar espíritos imperfeitos? Não sei se estou sendo claro.
Alessandro
 

Resposta do Editor: 

A pergunta do leitor, embora clara e objetiva, requer uma resposta difícil de ser redigida.

Criados simples e ignorantes, os Espíritos nascem dotados da possibilidade real de progredirem e sua meta é, conforme aprendemos na Doutrina Espírita, a perfeição. Todos nós chegaremos lá, esse é um ponto indiscutível segundo o Espiritismo, compatível, por sinal, com o pensamento de Jesus, que disse certa vez às pessoas simples que o ouviam: “Vós sois deuses. Tudo que eu faço, podereis fazer também, e muito mais!”

Por que Deus nos criou? Esta indagação equivale a perguntar a um grande poeta por que ele faz poesia, ou a um grande romancista por que ele escreve romances. Evidentemente, somente o romancista, o poeta e o Criador poderão, em sã consciência, respondê-las.
 

 

De: Edmar Almeida Bernardes (Florianópolis, SC)
Terça-feira, 28 de outubro de 2008, às 17:16
Caros amigos,
A "Revista O Consolador" está maravilhosa.
Parabéns a vocês e toda a Equipe!
Muito em breve irei colaborar enviando conteúdos.
No momento, além das atividades da Federação Espírita Catarinense, estou resolvendo problemas particulares.
Edmar

 


De: Assessoria de Comunicação da Rádio Rio de Janeiro (Rio de Janeiro, RJ)
Quinta-feira, 23 de outubro de 2008, às 17:31
Segue anexo, para divulgação junto a todo o meio espírita em geral, o cartaz referente à nova montagem de "E A Vida Continua", peça teatral de Renato Prieto. O espetáculo baseia-se no consagrado e emocionante romance espírita de mesmo nome, ditado pelo Espírito André Luiz e psicografado pelo médium Francisco Cândido Xavier. "E a Vida Continua" está em cartaz às sextas-feiras, sábados e domingos, às 19:30 horas, no Teatro Princesa Isabel (Avenida Princesa Isabel, 186 - Copacabana - Rio de Janeiro - RJ). Informações sobre ingressos, bem como reservas, podem ser obtidas através do telefone: (21) 2275-3346.
Assessoria de Comunicação da Rádio Rio de Janeiro 

 


De: Edson Luís Silva (Osvaldo Cruz, SP)
Sábado, 25 de outubro de 2008, às 23:08
A respeito da tragédia ocorrida em Santo André, leiam o que Karina dos Santos Cabral escreveu.
Edson
 

Nota do Editor: 

O artigo de Karina dos Santos Cabral é transcrito em seguida:

Criando monstros

Karina dos Santos Cabral

O que pode criar um monstro? O que leva um rapaz de 22 anos a estragar a própria vida e a vida de outras duas jovens por… Nada? Será que é índole? Talvez, a mídia? A influência da televisão? A situação social da violência? Traumas? Raiva contida? Deficiência social ou mental? Permissividade da sociedade? O que faz alguém achar que pode comprar armas de fogo, entrar na casa de uma família, fazer reféns, assustar e desalojar vizinhos, ocupar a polícia por mais de 100 horas e atirar em duas pessoas inocentes?

O rapaz deu a resposta: "ela não quis falar comigo". A garota disse não, não quero mais falar com você. E o garoto, dizendo que ama, não aceitou um não. Seu desejo era mais importante. Não quero ser mais um desses psicólogos de araque que infestam os programas vespertinos de televisão, que explicam tudo de maneira muito simplista e falam descontextualizadamente sobre a vida dos outros sem serem chamados. Mas ontem, enquanto não conseguia dormir pensando nesse absurdo todo, pensei que o não da menina Eloá foi o único. Faltaram muitos outros nãos nessa história toda.

Faltou um pai e uma mãe dizerem que a filha de 12 anos NÃO podia namorar um rapaz de 19. Faltou uma outra mãe dizer que NÃO iria sucumbir ao medo e ir lá tirar o filho do tal apartamento a puxões de orelha. Faltou outros pais dizerem que NÃO iriam atender ao pedido de um policial maluco de deixar a filha voltar para o cativeiro de onde, com sorte, já tinha escapado com vida. Faltou a polícia dizer NÃO ao próprio planejamento errôneo de mandar a garota de volta pra lá. Faltou o governo dizer NÃO ao sensacionalismo da imprensa em torno do caso, que permitiu que o tal seqüestrador conversasse e chorasse compulsivamente em todos os programas de TV que o procuraram. Simples assim. NÃO. Pelo jeito, a única que disse não nessa história foi punida com uma bala na cabeça.

O mundo está carente de nãos. Vejo que cada vez mais os pais e professores morrem de medo de dizer não às crianças. Mulheres ainda têm medo de dizer não aos maridos (e alguns maridos, temem dizer não às esposas). Pessoas têm medo de dizer não aos amigos. Noras que não conseguem dizer não às sogras, chefes que não dizem não aos subordinados, gente que não consegue dizer não aos próprios desejos. E assim são criados alguns monstros. Talvez alguns não cheguem a seqüestrar pessoas. Mas têm pequenos surtos quando escutam um não, seja do guarda de trânsito, do chefe, do professor, da namorada, do gerente do banco. Essas pessoas acabam crendo que abusar é normal. E é legal.

Os pais dizem, "não posso traumatizar meu filho". E não é raro eu ver alguns tomando tapas de bebês com 1 ou 2 anos. Outros gastam o que não têm em brinquedos todos os dias e festas de aniversário faraônicas para suas crias. Sem falar nos adolescentes. Hoje em dia, é difícil ouvir alguém dizer não, você não pode bater no seu amiguinho. Não, você não vai assistir a uma novela feita para adultos. Não, você não vai fumar maconha enquanto for contra a lei. Não, você não vai passar a madrugada na rua. Não, você não vai dirigir sem carteira de habilitação. Não, você não vai beber uma cervejinha enquanto não fizer 18 anos. Não, essas pessoas não são companhias pra você. Não, hoje você não vai ganhar brinquedo ou comer salgadinho e chocolate. Não, aqui não é lugar para você ficar. Não, você não vai faltar na escola sem estar doente. Não, essa conversa não é pra você se meter. Não, com isto você não vai brincar. Não, hoje você está de castigo e não vai brincar no parque.

Crianças e adolescentes que crescem sem ouvir bons, justos e firmes NÃOS crescem sem saber que o mundo não é só deles. E aí, no primeiro não que a vida dá (e a vida dá muitos) surtam. Usam drogas. Compram armas. Transam sem camisinha. Batem em professores. Furam o pneu do carro do chefe. Chutam mendigos e prostitutas na rua. E daí por diante.

Não estou defendendo a volta da educação rígida e sem diálogo, pelo contrário. Acredito piamente que crianças e adolescentes tratados com um amor real, sem culpa, tranqüilo e livre, conseguem perfeitamente entender uma sanção do pai ou da mãe, um tapa, um castigo, um não. Intuem que o amor dos adultos pelas crianças não é só prazer - é também responsabilidade. E quem ouve uns nãos de vez em quando também aprende a dizê-los quando é preciso. Acaba aprendendo que é importante dizer não a algumas pessoas que tentam abusar de nós de diversas maneiras, com respeito e firmeza, mesmo que sejam pessoas que nos amem. O não protege, ensina e prepara.

Por mais que seja difícil, eu tento dizer não aos seres humanos que cruzam o meu caminho quando acredito que é hora - e tento respeitar também os nãos que recebo. Nem sempre consigo, mas tento. Acredito que é aí que está a verdadeira prova de amor. E é também aí que está a solução para a violência cada vez mais desmedida e absurda dos nossos dias.
 


De: Ronney Mendes (Brasília, DF)
Segunda-feira, 27 de outubro de 2008, às 02:47
Quando o luxo vem sem etiqueta...
O cara desce na estação do metrô de NY vestindo jeans, camiseta e boné, encosta-se próximo à entrada, tira o violino da caixa e começa a tocar com entusiasmo para a multidão que passa por ali, bem na hora do rush matinal. O vídeo da apresentação no metrô está no You Tube: http://www.youtube.com/watch?v=hnOPu0_YWhw
Durante os 45 minutos que tocou, foi praticamente ignorado pelos passantes, ninguém sabia, mas o músico era Joshua Bell, um dos maiores violinistas do mundo, executando peças musicais consagradas num instrumento raríssimo, um Stradivarius de 1713, estimado em mais de 3 milhões de dólares.
Alguns dias antes Bell havia tocado no Symphony Hall de Boston, onde os melhores lugares custam a bagatela de 1000 dólares. A experiência, gravada em vídeo, mostra homens e mulheres de andar ligeiro, copo de café na mão, celular no ouvido, crachá balançando no pescoço, indiferentes ao som do violino. A iniciativa realizada pelo jornal The Washington Post era a de lançar um debate sobre valor, contexto e arte. A conclusão: estamos acostumados a dar valor às coisas quando estão num contexto.
Bell era uma obra de arte sem moldura. Um artefato de luxo sem etiqueta de grife. Algo, portanto, sem valor...
Ronney


 

De: Eni Xavier dos Santos (São Paulo, SP)
Domingo, 26 de outubro de 2008, às 10:52
Leiam esta carta de uma menina de 16 anos, dirigida ao SBT. O que nos chamou a atenção é a idade da garota.
Eni
 

Nota do Editor:  

Eis o texto integral da carta: 

“Aos responsáveis pelo programa Domingo Legal:

Não posso deixar de demonstrar o meu profundo descontentamento perante a programação exibida aos domingos. A tentativa de libertar o marido da cantora Simony é vergonhosa. Engraçado como a mídia se mobiliza para libertar um assaltante de bancos, mas ninguém vem aqui em casa para nos comprar um carro novo, já que o nosso foi roubado depois de ter sido comprado com muito suor e trabalho. Engraçado que o filho da Simony não pode crescer longe do pai, que já tem 2 crianças  largadas no mundo, mas a filha do amigo do meu pai pode ficar órfã aos 2  anos de idade, pois o pai dela foi assassinado ontem (num assalto)...

Ninguém do SBT foi a casa dela perguntar se ela precisa de alguma coisa.  O meu pai chegou a levar um tiro num assalto e já perdeu tanto dinheiro em outros assaltos que nem se lembra quanto, mas infelizmente ninguém se propôs  a repor o dinheiro roubado para tirá-lo do sufoco ou sequer apareceu alguém para visitá-lo no hospital Isso não dá ibope..

A revista Veja publicou uma matéria que deixou assustado qualquer cidadão de bem (menos o Sr. Gugu que anda com seguranças armados até os dentes e não depende de uma polícia despreparada que vive com um salário de miséria). De cada 100 criminosos, apenas 24 são presos, só 5 vão a julgamento e apenas 1 cumpre até o fim. Apenas 1% dos bandidos ficam presos e você ainda quer soltar o que está preso? Isso é realmente lamentável...O coitadinho só roubou um banco, merece ficar livre!

Por que o Sr. Augusto Liberato não mostra o fim daquele mendigo que ele ajudou com casa, dinheiro e trabalho... Depois de todo aquele estardalhaço que o Domingo Legal fez para ajudá-lo, não vi nenhuma menção ao fato dele ter sido preso assaltando um posto de gasolina após perder tudo o que o Gugu  deu... E o fim daquele pequeno Polegar, o Rafael... Pobrezinho...

Certamente, não sou a favor do programa penitenciário no Brasil Sou a favor dos presidiários estudarem e trabalharem para a sociedade em troca de redução da pena caso não tenham cometido crime hediondo, mas ser solto antes do tempo só porque a Simony engravidou é demais pra minha cabeça...

Políticos não ficam presos e agora também artistas e parentes têm imunidade? Só no Brasil mesmo pra acontecer esse tipo de coisas Concordo que a violência exacerbada que a está batendo à nossa porta é fruto do descaso do governo e da sociedade para com as crianças de alguns anos atrás que foram  deixadas sem escola, creche crianças abandonadas à própria sorte, mas soltar os bandidos por essa justificativa não resolve.

Por que o SBT não faz uma campanha para os políticos investirem mais em educação e creche ao invés de soltar presidiários parentes de celebridades? Ou mesmo colocar uma programação mais decente, que proporcione cultura, ao invés de mulher pelada? É um caso a se pensar...

Vou parando por aqui, pois tenho um enterro para ir (já mencionei o amigo do meu pai que foi morto ontem). Deixo aqui a minha revolta perante uma televisão podre, que vende a ignorância, e proporciona festivais de absurdos como se a vida fosse uma simples brincadeira.

Domingo Legal já está bloqueado aqui em casa e farei o possível para convencer as pessoas com um mínimo de inteligência a não mais assistirem a essa porcaria. E se a Simony ama tanto o marido dela que espere ele cumprir a pena e pagar o que deve para a sociedade ou será que o amor dela não é suficientemente grande para agüentar as adversidades?

Priscila, 16 anos – São Paulo, SP.”
 


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