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Estudando as obras de Kardec
Ano 2 - N° 79 - 26 de Outubro de 2008

ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@oconsolador.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)

A Revue Spirite de 1861

Allan Kardec 

(Parte 14 e final)

Concluímos nesta edição o estudo da Revue Spirite correspondente ao ano de 1861. O texto condensado do volume citado foi aqui apresentado em 14 partes, com base na tradução de Júlio Abreu Filho publicada pela EDICEL. Na próxima semana iniciaremos o estudo da Revue Spirite de 1862.

Questões preliminares

A. Que é preciso para que um grupo espírita seja estável?

A homogeneidade, diz Kardec, é uma das primeiras condições à constituição de um grupo, cujas reuniões não podem ser estáveis, nem sérias, se não houver simpatia entre seus componentes. (Revue Spirite de 1861, p. 392.) 

B. Quais são, segundo Kardec, os verdadeiros espíritas?

Os verdadeiros espíritas, ou melhor, os espíritas cristãos são os que não se limitam a admirar a moral espírita, mas a praticam e aceitam. Um grupo formado exclusivamente por elementos desta classe estaria nas melhores condições, porque entre praticantes da lei de amor e de caridade é que se pode estabelecer uma séria ligação fraternal. (Obra citada, pp. 393 e 394.) 

C. Quem são os melhores propagadores do Espiritismo?

A verdadeira propagação do Espiritismo, a que é útil e frutífera, é a que se faz pelo ascendente moral das reuniões sérias. Os melhores propagadores são os que falam com convicção e tanto pregam pelo exemplo quanto pela palavra. (Obra citada, p. 398.)

Texto para leitura

244. Na constituição dos grupos, uma das primeiras condições é a homogeneidade: uma reunião não pode ser estável, nem séria, se não houver simpatia entre os componentes. (P. 392)

245. O que uma reunião espírita requer, acima de tudo, é o recolhimento. Ora, como estar recolhido se, a cada momento, a gente é distraída por uma polêmica acrimoniosa, e se há, no grupo, pessoas hostis umas às outras? (P. 393)

246. Kardec repete então a classificação dos espíritas constantes do item 28 d’O Livro dos Médiuns. (P. 393)

247. O Codificador chama de verdadeiros espíritas, ou melhor, espíritas cristãos os que não se limitam a admirar a moral espírita, mas a praticam e aceitam. E diz que um grupo formado exclusivamente por elementos desta última classe estaria nas melhores condições, porque entre praticantes da lei de amor e de caridade é que se pode estabelecer uma séria ligação fraternal. (PP. 393 e 394)

248. Tendo por objetivo a melhora dos homens, o Espiritismo não vem procurar os perfeitos, mas os que se esforçam em o ser, pondo em prática os ensinos dos Espíritos. “O verdadeiro espírita -- assevera Kardec -- não é o que alcançou a meta, mas o que seriamente quer atingi-la.” (P. 394)

249. A simples lógica demonstra, a quem quer que conheça as leis do Espiritismo, quais os melhores elementos para a composição dos grupos realmente sérios, e são estes que têm a maior influência na propagação da Doutrina. (P. 394)

250. Aquele, pois, que tem a intenção de organizar um grupo em boas condições, deve, antes de tudo, assegurar-se do concurso de alguns adeptos sinceros, que levem a doutrina a sério e cujo caráter conciliatório e benevolente seja conhecido. Formado esse núcleo, far-se-ão as regras precisas para as admissões e a ordem dos trabalhos. (P. 395)

251. Essas regras, segundo Kardec, podem sofrer modificações, mas há algumas que são essenciais à unidade de princípios: o estudo prévio, uma profissão de fé categórica e uma adesão formal à doutrina do Livro dos Espíritos. (P. 395)

252. A ordem e a regularidade dos trabalhos -- afirma Kardec -- são igualmente essenciais. (P. 396)

253. Kardec diz também que seria útil que houvesse entre os grupos um ponto de ligação, um centro de ação, formado de delegados de todos os grupos, o que ajudaria de forma significativa a união de todos. (P. 397)

254. O ponto principal, contudo, é para Kardec a composição dos grupos primitivos. Se formados de bons elementos, serão boas raízes que darão bons renovos. Se, porém, forem formados de elementos heterogêneos e antipáticos, de espíritas duvidosos, mais ocupados com a forma do que com o fundo, que consideram a moral como parte acessória e secundária, há que esperar polêmicas irritantes e sem saída, estremecimentos, suscetibilidades e conflitos. (P. 397)

255. A verdadeira propagação, a que é útil e frutífera -- reitera Kardec --, é feita pelo ascendente moral das reuniões sérias. “Sede, pois -- aconselha o Codificador --, sérios em toda a acepção da palavra e as pessoas sérias virão a vós: são os melhores propagadores, porque falam com convicção e tanto pregam pelo exemplo quanto pela palavra.”(P. 398)

256. Dizendo que alguns grupos falaram em filiar-se à Sociedade Espírita de Paris, Kardec explica que essa palavra - filiação - seria imprópria, porque suporia uma espécie de supremacia material que não deve existir. As relações da Sociedade de Paris com as demais são relações morais, científicas e de mútua benevolência, mas sem sujeição. (P. 400)

257. Finalizando suas instruções, Kardec lembra que muitos o acusavam de querer fazer escola no Espiritismo. Ora, por que não teria ele esse direito? “Que haja, pois, uma escola, já que assim o querem”, responde-lhes o Codificador. “Para nós -- assevera ele -- será uma glória escrever em sua fachada: Escola do Espiritismo Moral, Filosófico e Cristão. E convidamos todos os que têm por divisa amor e caridade. A todos que se ligam a esta bandeira, todas as nossas simpatias e o nosso concurso jamais faltará.” (PP. 401 e 402)

258. A Revue noticia o falecimento, aos 69 anos de idade, do Sr. Jobard, de Bruxelas, presidente honorário da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas. (P. 402)

259. Ao abraçar o Espiritismo, Jobard disse que a doutrina da reencarnação o havia ferido como um traço de luz, porque, tudo explicando de maneira tão lógica, era ela a chave que lhe faltava para chegar à verdade tão buscada. (P. 404)

260. Como prometido, a Revue traz passagens de alguns jornais espanhóis que se indignaram com o auto-de-fé de Barcelona, classificado pela imprensa da Espanha como um repugnante espetáculo. (PP. 404 a 407)

261. A Revue  traz outra fábula do Sr. Dombre -- “A Toutinegra, o Pombo e o Peixinho” --, na qual o peixe, ao ajudar o pássaro, a quem o pombo recusara auxílio, diz: “No porvir, pelo menos/ Nos grandes não confieis; o clamor da miséria/ Só fracamente ecoa em corações em férias; / Seus dons são o conselho e a condolência./ Mas a cordial assistência/ Só se encontra nos pequenos”. (N.R.: Toutinegra: espécie de pássaro, de plumagem escura e canto ameno.) (P. 410)

262. Lamennais assevera: “As idéias mudam, mas as idéias e os desígnios de Deus, nunca. A religião, isto é, a fé, a esperança, a caridade, uma só coisa em três, o emblema de Deus na Terra, fica inabalável em meio às lutas e preconceitos”. “A religião existe, antes de tudo, nos corações, e assim não pode mudar.” (PP. 415 e 416) 


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