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Clássicos do Espiritismo
Ano 2 - N° 79 - 26 de Outubro de 2008

ANGÉLICA REIS
a_reis_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 

Cristianismo e Espiritismo

 Léon Denis

(Parte 16)

Damos continuidade ao estudo do clássico Cristianismo e Espiritismo, de Léon Denis, conforme a 6a edição publicada pela Federação Espírita Brasileira com base em tradução de Leopoldo Cirne.

Questões preliminares  

A. Ante os brados ameaçadores, as reivindicações tumultuosas, as imprecações contra a sorte, que lições nos oferecem os Espíritos superiores?

R.: Com o Espiritismo aprendemos que: (1) só possuímos os direitos que nos conferem o nosso valor moral, o nosso grau de adiantamento; (2) a riqueza impõe grandes deveres e onerosas responsabilidades; (3) a situação do homem no mundo é a que para si mesmo preparou; (4) a dor é um meio de elevação; (5) o sofrimento do presente repara os erros do passado. A existência terrestre – ensina o Espiritismo – não é mais que uma página do grande livro da vida, uma breve passagem que liga duas imensidades: a do passado e a do futuro. Deste mundo não se levam bens nem honras, mas unicamente as aptidões adquiridas e os aperfeiçoamentos realizados. A única felicidade, a única harmonia possível neste mundo, não é realizável senão pela união com os nossos semelhantes, enquanto da divisão procedem todos os males. (Cristianismo e Espiritismo, cap. XI, pp. 248 e 249.) 

B. Será possível um dia, em nosso planeta, a união da Ciência com a Religião?

R.: Sim. A ciência e a religião um dia irão fusionar-se, unificar-se em uma síntese, em uma concepção da vida e do Universo, que há de abranger o presente e o futuro e fixar as leis eternas do destino. O moderno Espiritualismo será o terreno em que se há de efetuar essa aproximação. (Obra citada, cap. XI, pp. 250 e 251.) 

C. A doutrina da Trindade possui algum fundamento bíblico?

R.: Não. A Bíblia estabelece como princípio bastante claro o mais absoluto monoteísmo. Nela não se trata da Trindade. Javé reina sozinho no céu, zeloso e solitário. (Obra citada, Nota complementar n. 1, p. 266.) 

Texto para leitura

200. Com o Espiritismo aprendemos que: (1) só possuímos os direitos que nos conferem o nosso valor moral, o nosso grau de adiantamento; (2) a riqueza impõe grandes deveres e onerosas responsabilidades; (3) a situação do homem no mundo é a que para si mesmo preparou; (4) a dor é um meio de elevação; (5) o sofrimento do presente repara os erros do passado. (P. 248)

201. A existência terrestre – ensina o Espiritismo – não é mais que uma página do grande livro da vida, uma breve passagem que liga duas imensidades: a do passado e a do futuro. É preciso compreender que a Justiça eterna não é a justiça dos homens, e não pode ser apreciada senão em suas relações no conjunto de nossas existências. (P. 249)

202. Trabalhai com intrepidez  – pede-nos a Doutrina – em melhorar a vossa sorte e a dos vossos semelhantes; esclarecei a inteligência; desenvolvei a razão, porque, quanto mais árdua vos for a tarefa, mais rápido será o vosso adiantamento. (P. 249)

203. Deste mundo não se levam bens nem honras, mas unicamente as aptidões adquiridas e os aperfeiçoamentos realizados. A única felicidade, a única harmonia possível neste mundo, não é realizável senão pela união com os nossos semelhantes, enquanto da divisão procedem todos os males.  (P. 249)

204. A ciência e a religião um dia irão fusionar-se, unificar-se em uma síntese, em uma concepção da vida e do Universo, que há de abranger o presente e o futuro e fixar as leis eternas do destino. O moderno Espiritualismo será o terreno em que se há de efetuar essa aproximação. (P. 250)

205. O misticismo e o materialismo tiveram sua época. O futuro pertence à nova ciência, à ciência psíquica, que estuda todos os fenômenos e lhes pesquisa as causas. (P. 252)

206. É sob a influência do Espiritismo experimental que essa evolução científica já se vai efetuando. O Espiritismo traz a cada ciência elementos de uma verdadeira renovação. Pela comprovação dos fenômenos, conduz a Física à descoberta das formas sutilíssimas da matéria. Esclarece os problemas da Fisiologia pelo conhecimento do corpo fluídico. Fornece à Patologia os meios de curar a obsessão e os inúmeros casos de loucura que com ela se relacionam. A prática do magnetismo e a utilização dos fluidos curativos revolucionam e transformam a Terapêutica. E do mesmo modo auxilia grandemente a Psicologia. (P. 252)

207. Uma religião mais vasta, que a todos abrangerá, sem ritos, dogmas ou barreiras, se delineia. Tal será a religião do futuro, a religião universal. O moderno Espiritualismo, com as idéias que provoca, prepara o seu advento. (P. 255)

208. As igrejas cristãs não têm razão de se alarmarem com esse movimento. A nova revelação não as vem destruir, mas esclarecê-las, regenerá-las, fecundá-las. (P. 255)

209. Foi dito por um dos profetas: “Quando chegarem os tempos, eu derramarei o meu espírito sobre toda a carne; vossos filhos e vossas filhas profetizarão; os mancebos terão visões e os velhos sonharão sonhos”. É chegada essa época. (P. 256)

210. As potências do espaço estão em atividade, por toda parte sua ação se faz sentir. Lá, muito acima da Terra, nos campos vastíssimos do espaço vive, pensa, trabalha uma Igreja invisível que vela pela Humanidade. Ela se compõe dos apóstolos, dos discípulos do Cristo e de todos os gênios dos tempos cristãos. (P. 257)

211. É a Igreja universal; não é restrita como as igrejas da Terra; abrange os Espíritos de todos os que sofrem pela verdade. São suas decisões, inspiradas por Deus, que regem o mundo e a marcha do moderno Espiritualismo. (P. 257)

212. Jesus não instituiu nenhum dogma, nenhum símbolo. Ele é o iniciador do mundo no culto do sentimento, na religião do amor, porque a justiça não basta; são precisos o amor, a caridade, a paciência, a simplicidade e a mansidão. (P. 259)

213. Por sobre as ruínas dos templos, das civilizações extintas e dos impérios derrocados; por sobre o fluxo e refluxo das marés humanas, uma grande voz se eleva dizendo: São vindos os tempos; os tempos são chegados! (P. 261)

214. Para a maior parte das igrejas cristãs a Bíblia é a suprema autoridade, sendo os 66 livros que compõem o Antigo e o Novo Testamento a expressão da “palavra de Deus”. Nós, filhos curiosos do século XX, perguntamos: por que exatamente 66 livros? Por que nem mais, nem menos? (1) (P. 263)

215. A Bíblia apresenta, porém, contradições curiosas, como no cap. IV do Gênesis: Caim após matar Abel se retira para um país distante, no qual encontra homens, casa-se e funda uma cidade. Isso afeta gravemente a narrativa da Criação e a teoria da unidade de origem das raças humanas. (P. 265)

216. A Bíblia estabelece como princípio o mais absoluto monoteísmo. Nela não se trata da Trindade. Javé reina sozinho no céu, zeloso e solitário. (P. 266)

217. Mas Deus é apresentado na Bíblia sob aspectos múltiplos e contraditórios. Em dado momento é ele o melhor dos pais; em seguida, é mostrado sem piedade para com os filhos culpados. Atribuem-lhe a onipotência, a infinita bondade, a soberana justiça, e rebaixam-no até ao nível das paixões humanas, mostrando-o  terrível, parcial e  implacável. (P. 266) (Continua na próxima edição.) 

 


[1] A Igreja católica aceita 72 livros, sendo 27 do Novo Testamento e 45 do Antigo.
 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita