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Crônicas e Artigos
Ano 2 - N° 79 - 26 de Outubro de 2008

CHRISTINA NUNES
cfqsda@yahoo.com.br
Rio de Janeiro, RJ (Brasil)

De que são feitos
os sonhos...
(1)


Há um capítulo, num dos nossos livros psicografados (Elysium, Uma História de Amor Entre Almas Gêmeas – Lúmen Editorial), exatamente com este título.

Trata exatamente disso: do que são feitos os sonhos; só que de uma perspectiva espiritual. A do nosso desprendimento noturno durante o período do sono. Daquele momento de desafogo experimentado por todo reencarnado ao deixar no leito a roupagem exausta das atividades do dia para se entreter com a continuidade das realizações mais gratificantes, conferidoras da liberdade mais ampla, quais as que efetuamos quando destes retornos periódicos ao nosso mundo maior.

Lembro-me de que, não faz muito tempo, durante os exercícios de meditação anteriores ao sono, mentalizei firmemente a vontade de me avistar, durante o desprendimento, com este que é o meu Mentor das esferas invisíveis. Atravessava um período de certa ansiedade relacionada aos meus projetos de vida, que me constrangia a esta necessidade irreprimível. Elevei intensamente o pensamento a Jesus, nossa Autoridade espiritual maior, e a ele, Caio Fábio Quinto, rogando me proporcionassem este grande reconforto. Gostaria de me recordar, no retorno ao meu corpo físico. Enfatizei, contudo, guardar entendimento de que eles, mais do que eu, conheciam as possibilidades reais de tal tentame, e que portanto me submeteria às suas diretrizes. Nada obstante minha vontade sincera de que tal se realizasse, saberia compreender se nada acontecesse, entendendo que fatores outros, de ordem espiritual, facilitam ou dificultam a concretização destas coisas, já que as eventuais peculiaridades de ordem fluídica, vibratória, e a barreira natural do cérebro físico nem sempre permitem o acesso livre e desobstruído à visualização fiel daquilo que se dá durante as nossas incursões noturnas pelas paragens invisíveis.

Foi maravilhoso! Não seria a primeira vez que com ele me avistava por este método, de vez que outros encontros se deram desta forma, nítidos e inconfundíveis demais para que se os tomasse pelos sonhos comuns.

Caio me aparece sempre, nestas ocasiões, com a mesma aparência que me permite identificá-lo, fielmente, e em situações e lugares maravilhosos, transmissores de uma paz espiritual indescritível! Pois ainda desta vez, não se sabe em mobilizando quais recursos para atender-me ao apelo, o bondoso e querido mentor não me decepcionou: despertei de chofre, com a lembrança nítida do nosso encontro, e do diálogo que mantivemos. Recordava claramente de que o me ver assim, tão objetivamente próxima dele, como se conversando com qualquer amigo quando desperta, num ambiente plenamente definido, deixou uma sensação de estranheza em relação à sua pessoa, de mistura com a alegria quase eufórica que experimentava. Compreensivo, ele me abraçou, explicando: – Você precisa se "reacostumar" com a minha presença “física”, minha querida!

Nada mais compreensível. Ele aludia ao nosso contato, que, na contingência específica desta minha vida física, nos impunha o tempo todo o elo mediúnico que temos comungado, através da psicografia, e, pode-se mesmo dizer, da telepatia nítida em determinados momentos em que nos comunicamos sem o uso da palavra escrita. Natural que, enquanto mergulhada neste gênero de experiência própria aos encarnados, temporariamente apartada dele pela convivência "visual", e tendo a memória obscurecida para as realidades que nos são comuns na nossa pátria espiritual de origem, me causasse estranheza o estar de repente vendo-o de uma forma tão incisiva, com riqueza mesmo de detalhes da sua própria aparência, e sentindo-lhe o abraço carinhoso como qualquer um dividido com meus companheiros de jornada reencarnados ao meu lado, no momento presente.

Este relato é uma ilustração daquilo que ocorre com todos, freqüentemente, no período do desprendimento pelo sono noturno, ao qual deveríamos dispensar maior atenção pelo muito de vivência útil que colhemos em relação às nossas realidades espirituais.

Sem ignorar que, indubitavelmente, os sonhos algumas vezes contêm uma amálgama confusa derivada daquilo que povoa o nosso subconsciente – preocupações, medos, anseios relacionados às nossas ocupações cotidianas –, entretanto, o inegável é que, para aquele que se volta ao estudo sério e ao desenvolvimento da consciência desperta, da atenção ao que ocorre durante estes estágios de libertação do corpo material, não se demora muito a constatação da singularidade da experiência. Gradativamente, se faz bastante claro ao nosso entendimento o que é simples sonho, e o que não é, ou antes: o que são antes as recordações (distintas do sonho comum), embora nem sempre completas e nítidas o suficiente, do que fizemos durante o nosso desdobramento noturno; quem encontramos, o que ouvimos deles, o que dissemos, os lugares visitados.

Ainda voltarei a este assunto oportunamente, com outras ilustrações das maravilhosas experiências vividas, que indubitavelmente vieram atestar a realidade, ainda enquanto aqui encarnada, dos seres espirituais que somos, tendo à nossa disposição um universo de vida muito mais vasto do que transitoriamente supomos, enquanto mergulhados nos parâmetros acanhados do nosso aprendizado na vida física.
 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita