WEB

BUSCA NO SITE

Página Inicial
Capa desta edição
Edições Anteriores
Quem somos
Estudos Espíritas
Biblioteca Virtual
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English Livres Spirites en Français Spiritisma Libroj en Esperanto 
Jornal O Imortal
Vocabulário Espírita
Biografias
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English Livres Spirites en Français Spiritisma Libroj en Esperanto 
Mensagens de Voz
Filmes Espiritualistas
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English    
Efemérides
Esperanto sem mestre
Links
Fale Conosco
Crônicas e Artigos
Ano 2 - N° 78 - 19 de Outubro de 2008

EUGÊNIA PICKINA 
eugeniamva@yahoo.com.br 
Londrina, Paraná (Brasil)
 

Mágoas e ressentimentos
– algemas do ser

 
A maioria das pessoas, em nossa sociedade, examinando-se a si mesmas, talvez encontrem a sombra do ressentimento. E certamente o motivo pelo qual esta sombra insista em permanecer resida no fato de que o ódio, de maneira geral, foi recalcado.

Além do mais, se o ressentimento não for enfrentado abertamente, ele tenderá a se transformar numa atitude que sempre prejudica: autocomiseração. Logo, para evitar-se o ódio sentindo pena de si mesmo, deixando de agir positivamente, melhor mudar de postura e buscar motivação para a reconquista da liberdade, pois quem vive ressentido vive algemado e francamente vencido pela projeção do ódio impotente, expressado em  mágoa crônica, um veneno para o coração.

Primeiro passo: é preciso saber a quem é dirigido o ressentimento.

Se em termos psicológicos, pois alinhado a um sistema de compensação, o ódio tem o condão de proteger provisoriamente o espaço interior, contudo, cedo ou tarde, será preciso liberar-se dessa emoção nefasta em benefício da própria saúde. Freqüentemente é dito, com sabedoria, que ninguém pode ser sadio nutrindo sentimentos negativos.

Segundo passo: é preciso perdoar.

Ora, o ressentimento significa fechamento, disposição para ser inflexível, teimosia para não evoluir. Agarrar-se a uma memória iracunda não demonstra espírito livre, nem contribui para o próprio crescimento. Não há, pois, outra via, a não ser a prática do perdão, que revela discernimento, genuína à inteligência emocional.

O gosto pela liberdade revela-se na maneira como nos relacionamos com as realidades não-deterministas e deterministas da vida. E é essencial reconhecer as limitações presentes nas situações diversas e também nas pessoas que nos cercam para um agir adequado a cada circunstância.

Somos seres em evolução, mas à mercê da Terra-escola, ou seja, somos imperfeitos... Com isso, é preciso que entendamos que à medida que inflamos ressentimentos, antigos e novos, revelamos uma incapacidade para contribuir para a expansão das nossas virtudes e dons – empacamos na estrada... Mas a autoconsciência, ao contrário, nos fornece a aptidão para nos liberarmos da rígida cadeia de estímulos e reações. No lugar de um comportamento reativo e combativo, precisamos fazer uma pausa e assim avaliar e educar, conscientemente, velhas forças e emoções que nos condicionam a bloqueios e memórias amargas. Podemos, com vontade, escolher liberar o outro, objeto de nossa mágoa ou revolta, e, com isso, igualmente liberados, seguir nossa vida com leveza e sossego.

O passo fundamental para viver em sintonia com a força interior é optar pelo cuidado consigo mesmo. O que isso sugere? Não viver segundo impulsos cegos, mas em acordo com atitudes que afirmam a responsabilidade de cada um pela própria existência. Desse modo, não servir de instrumento ao ódio e não ser alvo de conservação de ódio por ninguém.

Ter vontade de viver supõe não esquecer que as virtudes são conquistadas – diariamente. Afinal, é preciso coragem não somente para afirmar-se, mas principalmente para dar-se e perdoar a si mesmo e ao outro... Não é sem sentido que o velho Platão entendia a coragem como a virtude da “auto-salvação”... Liberar-se de mágoas é senha para viver com harmonia.
 


Voltar à página anterior


O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita