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Cartas
Ano 2 - N° 78 - 19 de Outubro de 2008
Recebemos nos últimos dias as seguintes mensagens de nossos leitores:

De: Kalina Emília Lopes de Souza (João Pessoa, PB)
Sábado, 11 de outubro de 2008, às 22:50:59
Desejo saber como é a vida nas colônias espirituais?
Kalina 

Resposta do Editor:

A vida nas colônias espirituais tem sido descrita por inúmeros autores, como Cairbar Schutel, Swedenborg e André Luiz. Lúcia Loureiro escreveu sobre o assunto uma obra importante, intitulada “Colônias Espirituais”, em que resume o que os diversos autores disseram sobre o tema. As cidades espirituais são, em verdade, muito parecidas com as nossas cidades, com horários, tarefas definidas, momentos de lazer e uma vida social intensa. A semelhança entre elas e as nossas advém do fato de que nós, encarnados, é que muitas vezes copiamos aqui o que vimos lá, na chamada esfera espiritual.

 


De: Edson Luís da Silva (Osvaldo Cruz, SP)
Sexta-feira, 10 de outubro de 2008, às 21:04
Esta é a foto do ano !!
Entre todo o lixo que recebemos pela internet, ocasionalmente nós conseguimos alguma coisa igual a essa. Se um cão tem tempo para falar com Deus, então nós deveríamos também tê-lo.
Edson 

Nota do Editor: 

Eis, abaixo, a foto enviada pelo leitor, a qual merece realmente elogios de todos nós. 

 

De: Lurimar Vianna (São Paulo, SP)
Quarta-feira, 8 de outubro de 2008, às 11:59
A peça Getúlio Vargas em Dois Mundos despede-se de São Paulo e inicia nova temporada, agora no Rio Grande do Sul. Em São Paulo, a última apresentação ocorre no dia 19 de outubro.
A montagem da peça baseia-se em livro, de mesmo nome, ditado pelo Espírito Eça de Queirós à médium Wanda Canutti, o qual já se encontra em sua 18ª edição (Editora EME).
O espetáculo, uma nova carta-testamento do ex-presidente ao povo brasileiro, lança luzes sobre aqueles tumultuados dias da vida política nacional que levaram à morte de Getúlio, na noite de 24 de agosto de 1954, no palácio do Catete, Rio de Janeiro, antiga capital da República.
Com grande elenco e Claus Di Paula no papel principal, Getúlio Vargas em Dois Mundos é um espetáculo instigante que convida o público a refletir sobre a imortalidade e a inutilidade do suicídio. 'O maior desapontamento de Getúlio não foi com a política, mas consigo mesmo, ao reconhecer-se vivo, no além-túmulo, e perceber que a Vida continua', destaca Ruben Espinoza, responsável pela adaptação do texto.
Lurimar

 


De: Mariângela Cazetta (Votuporanga, SP)
Quarta-feira, 15 de outubro de 2008, às 10:03
Uma mensagem a todos os que se dedicam ao ensino:
Feliz dia dos professores!
Parabéns para todos por terem assumido esta tarefa.
Um abraço,
Mariângela

 


De: U.S.E Regional Jaú (Jaú, SP)
Sábado, 11 de outubro de 2008, às 18:37
Em setembro último fez 20 anos que desencarnou o companheiro Wallace Leal V. Rodrigues. Eis o artigo que Sérgio Luiz Campani, de Araraquara (SP), escreveu sobre o saudoso confrade.
USE Regional de Jaú 

Nota do Editor: 

O artigo mencionado, publicado na Revista Internacional de Espiritismo, edição de outubro de 2008, é transcrito em seguida:

Wallace, 20 anos

Sérgio Luiz Campani - Araraquara-SP

A passagem do 20º aniversário da desencarnação do companheiro Wallace Leal Valentim Rodrigues, em 13 de setembro, ensejou algumas reflexões, expostas a seguir, sobre o alcance da contribuição de Wallace para a divulgação do Espiritismo, seja no campo jornalístico, seja no literário. 

Reencontro 

A praça da matriz de São Bento, no coração de Araraquara-SP, numa ensolarada manhã de verão de 1970, foi o cenário para o meu reencontro com Wallace, e ponto de partida de um trabalho que se estendeu por cinco anos.

Eu já conhecia o Wallace e o admirava, tanto  o Teatro Experimental de Comédia depor sua atuação como diretor do TECA   como por seu pioneirismo no cinema. Constituiu um marco para aAraraquara  história cultural de Araraquara a façanha de Wallace, ao escrever um roteiro, dirigir e rodar um filme aqui. Fato tão relevante para a época (abril de 1961), que a rádio da cidade, a Cultura, então PRD-4, transmitiu ao vivo a cerimônia e os discursos da avant première.  O evento ocorreu no Cine Odeon, posteriormente rebatizado de Veneza, hoje extinto. Na noite da estréia foi preciso fechar o trânsito em frente ao cinema; os 1.200 lugares foram ocupados e, no final da exibição, o público aplaudiu de pé. O filme ficou dez dias em cartaz e foi visto por 12.000 espectadores.  Essa foi a maneira pela qual a sociedade araraquarense demonstrou, naquela ocasião (1997), o seu apreço pelo artista; nada mais justo.

Hoje o teatro, que fica ao lado da Casa da Cultura, quase defronte do antigo cinema onde seu filme estreou, recebeu seu nome: Teatro Wallace Leal Valentim Rodrigues.

 Além do indiscutível talento de Wallace para as artes culturais, merece nota também o seu trabalho na divulgação do Espiritismo, doutrina que ele assumiu aos 16 anos e divulgou por toda a sua vida. Wallace se destacou como Redator-Chefe do jornal O Clarim e da Revista Internacional de Espiritismo, fundados pelo inesquecível Cairbar Schutel e editados na cidade de Matão-SP, a 30 km de Araraquara. Wallace foi levado para a editora, em 1964, pelas mãos do sr. José da Cunha, outro gigante que durante muitos anos sustentou a chama acesa por Cairbar Schutel.

O seu pendor para a escrita fez com que Wallace se destacasse também na literatura espírita; foram dezenas de livros, uns de sua própria autoria, outros que ele traduziu e organizou. 

 

Durante os três anos em que residi em São Paulo (1967 - 1969), mantive contato regular com Wallace. Como eu vinha para Araraquara todos os fins-de-semana, pude prestar-lhe um auxílio que ele reputou de grande valia. Eu era a ponte entre Wallace e Joaquim Alves, o Jô, também como nós, espírita. Jô era publicitário de destaque na Lintas Publicidade e, a convite do Wallace, passou a colaborar com a Editora O Clarim. Era ele quem criava as capas dos livros que iam sendo preparados. Eu apanhava o material na Lintas, ou o Jô o levava até o meu trabalho, e trazia para Wallace. Depois de aprovado, eu o devolvia ao Jô, que então tomava as providências de artefinalização e encaminhamento à gráfica. Outra atividade era a da confecção de clichês, meio utilizado à época para a inserção de fotos e ilustrações em livros, revistas e jornais. Eu levava as fotos a São Paulo; o Jô cuidava de mandar para a clicheria e, depois de prontos, me entregava para que chegassem até Wallace.

Em 1970 eu estava de volta a Araraquara em definitivo. Jô, já aposentado, resolvera se mudar para Matão. Aquele trabalho passou a ser feito, a partir daí, por Aparecido Belvedere que, por motivos profissionais, viajava regularmente de São Paulo para o interior, passando por Matão. Aparecido é hoje o diretor-responsável pelas publicações da Editora O Clarim. Foi ele que comandou, desde os anos 1970, o processo de  modernização da editora. 

Na editora 

Naquela manhã, quando nos cruzamos no centro da praça da Matriz, Wallace me convidou para que eu o auxiliasse diretamente nas tarefas que desenvolvia junto à Casa de Cairbar Schutel, como ele gostava de dizer.

Com as pautas estabelecidas por ele, passei a redigir matérias para O Clarim; cooperava também na preparação e revisão de alguns de seus livros. A partir de agosto de 1972, fui formalmente colocado no posto de redator do jornal, por iniciativa do sr. José da Cunha, então presidente da Editora. Foi a partir dessa data também que, por iniciativa minha e com aprovação do sr. Cunha, O Clarim passou a ser editado no formato tablóide.  Foram cinco anos de um fecundo trabalho, realizado com garra e também com muito amor; a convivência constante com Wallace me fez crescer tanto profissional como espiritualmente; em razão da sua generosidade, recebia dele, quando necessário, a correção e o esclarecimento.

Em março de 1973, sem prejuízo do seu trabalho em Matão, Wallace enveredou por nova e gratificante experiência: passou a integrar o quadro de colaboradores da revista Planeta, publicada em vários idiomas e conhecida internacionalmente. A sede da Planeta ficava em Paris mas, a partir de 1972, passou a ser editada também no Brasil, numa parceria com a Editora Três. Wallace recebeu convite diretamente dos editores franceses, para escrever tanto para a edição brasileira como para a francesa e, por vários anos, os leitores foram brindados com os magníficos artigos elaborados por ele, sempre com temas que enfocavam a fenomenologia espírita. 

O escritor 

Wallace estreou como escritor em dezembro de 1973, na sede da Federação Espírita do Estado de São Paulo (FEESP). No evento, mais de 1.000 pessoas receberam o seu autógrafo, no lançamento do magnífico Remotos Cânticos , livro que foi e é um sucesso até hoje, com sucessivas edições.de Belém 

No enredo da obra, Wallace juntou histórias e personagens e os colocou em um avião que é seqüestrado na véspera do Natal. A mensagem que ele passa é a de que “a suave melodia do Natal faz-se sentir e abranda até mesmo situações extremamente graves, como a vivida pelos meus  passageiros. A “paz aos homens de boa vontade” é o leit-motiv para as situações mais díspares, desde as existenciais até as psíquicas. No fundo há sempre um vago e doce clima que impede a angústia e o pânico dos passageiros”.

A produção de Wallace, durante os 25 anos em que permaneceu na Casa Editora O Clarim, pode ser assim configurada:

Como tradutor: Voltou, mas Esqueceu, Os Mortos Vivem, A Obsessão, Sessões Espíritas na Casa Branca, Viagem Espírita em 1862, Instruções Práticas sobre as Manifestações Espíritas, Três Espíritos do Natal, O Ignorado Amor, Os Inocentes, A Janela do Meio, Os que não são Convidados, Amargo Despertar, Coisas deste Mundo, A Grã Senhora do Espiritismo, Leon Denis na Intimidade, Socialismo e Espiritismo, Vozes na Casa.

Como autor: Remotos Cânticos de Belém, Meimei: Vida e Mensagem, A Esquina de Pedra, E, para o resto da Vida, Katie King.

Como editor: A Vidente de Prevorst, Segue-me, Escrínio de Luz, À Luz da Oração, Mãe, Antologia Mediúnica, Meu Filho Vive no Além, Os Mortos Vivem. 

O jornalista 

Não se pode deixar de ressaltar também a significativa produção jornalística de Wallace. No Clarim, ele era responsável por uma coluna em que narrava acontecimentos mediúnicos que ocorriam mundo afora. Na RIE, escrevia substanciosos editoriais sobre temas da atualidade, onde exprimia com firmeza o ponto de vista do Espiritismo. No Anuário, editado pelo IDE de Araras, comparecia com várias matérias que o distinguiam como o principal colaborador daquela publicação. E, por fim, na revista Planeta, conforme já mencionado linhas acima.

Por tudo isso, Wallace ainda está por merecer a atenção de algum editor que tenha a sensibilidade de empreender dois projetos para resgatar a importância do seu trabalho em prol da divulgação do Espiritismo: um, a sua biografia; outro, uma coletânea dos artigos publicados na imprensa, agrupados tematicamente. Esse segundo projeto teria a finalidade de mostrar a face jornalística de Wallace, tão importante quanto a do escritor, mas esquecida do público espírita, pelo fato de seus artigos estarem dispersos em várias publicações. Biografia e Coletânea são projetos distintos, mas não excludentes. Em um, conta-se a vida do autor; no outro, publicam-se os artigos selecionados. Não podemos descuidar do registro para a posteridade sobre a atuação dos grandes nomes da divulgação espírita e, principalmente o de Wallace pelas razões históricas que aqui relembro comovido.

Por enquanto, enderecemos a Wallace nossas vibrações de amor, carinho e gratidão. Valeu, amigo!
 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita