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Crônicas e Artigos
Ano 2 - N° 77 - 12 de Outubro de 2008

F. ALTAMIR DA CUNHA 
altamir.cunha@bol.com.br
Natal, Rio Grande do Norte (Brasil)
 

Unificação -
 um grande desafio

 
A unificação tem sido a tônica da maioria dos projetos do movimento espírita. Inegavelmente, é uma atividade meio indispensável ao bom resultado da divulgação do Espiritismo nos três aspectos: científico, filosófico e religioso.

Como todo empreendimento importante, para que se torne realidade, é imprescindível consciência, determinação e renúncia.

Há uma longa estrada a percorrer, e, nela, nos defrontaremos com inúmeros obstáculos, a maioria originada de nós mesmos, reflexos das nossas imperfeições.

Afirmou Jesus: “[...] Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome a sua cruz e siga-me”. (Mc 8:34)

Eis um dos grandes desafios do processo: negar a si mesmo, renunciar à promoção pessoal. Este procedimento torna-se o antídoto mais eficaz contra um dos maiores adversários da unificação – o personalismo.

O Codificador da Doutrina Espírita, Allan Kardec, advertiu que a falta de unidade é um dos maiores obstáculos, capazes de retardar a propagação da Doutrina; e o personalismo é um fator de desagregação.

A luta por um ideal jamais será bem-sucedida se não existir união entre os seus defensores.

Não podemos olvidar que o Mestre Jesus vivenciou dificuldades idênticas, com vistas à implantação da Boa Nova, e, prevendo que os seus continuadores também enfrentariam, legou como regra áurea para vencer os obstáculos: “O meu mandamento é este: Que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei”. (João 15:12)

O amor entre nós, o amor à causa, humildade e renúncia a pontos de vista individuais, praticando desta forma o respeito às diferenças, sem os quais, o ideal não logrará êxito.

Não podemos esquecer que o objetivo da Unificação não é a promoção de indivíduos, nem tampouco de instituições, o compromisso é com a promoção da Doutrina Espírita. Olvidar esta verdade é abrir as portas ao personalismo – individual e de grupo.

Certamente, para tornarmos a unificação uma realidade, teremos que sofrer a incompreensão e críticas de muitos, e em alguns momentos seremos visitados pelo desânimo, convidando-nos a desistir; mas não devemos esquecer que aquele que perseverar será vitorioso.

 Advertiu o paladino da unificação, Bezerra de Menezes: “Falamos em provações e sofrimentos, mas não dispomos de outros veículos para assegurar a vitória da verdade e do amor sobre a Terra. Ninguém edifica sem amor, ninguém ama sem lágrimas”. (1)

Em momento algum, o amor à causa deverá gerar desrespeito e imposição de interpretação. Como nos adverte Emmanuel:

“União, desse modo, para nós, não significa imposição do recurso interpretativo, mas, acima de tudo, entendimento mútuo de nossas necessidades, com o serviço da cooperação atuante, a partir do respeito que devemos uns aos outros”. (2)

Seria um grande equívoco querer conseguir a unidade através de imposição e da uniformização. Cada grupamento tem a sua característica e poderá escolher a forma mais apropriada para a execução do projeto, porém, o fim deverá ser o mesmo – o estudo, difusão e prática da Doutrina Espírita. No entanto, todo cuidado deve ser dirigido a esse trabalho, no sentido de não fugir à fidelidade doutrinária.

Com a orientação final, diz Bezerra de Menezes: “É indispensável manter o Espiritismo qual foi entregue pelos Mensageiros Divinos a Allan Kardec: sem compromissos políticos, sem profissionalismo religioso, sem personalismos deprimentes, sem pruridos de conquista a poderes terrestres transitórios”. (3) 

(1) Obras Póstumas, Projeto 1868, Allan Kardec.

(2) Seara dos Médiuns, 73ª. edição FEB, psicografia de F. Cândido Xavier.

(3) Trechos da mensagem “Unificação”, psicografada por F. Cândido Xavier – Reformador, dez/1975.
 

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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita