WEB

BUSCA NO SITE

Página Inicial
Capa desta edição
Edições Anteriores
Quem somos
Estudos Espíritas
Biblioteca Virtual
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English Livres Spirites en Français Spiritisma Libroj en Esperanto 
Jornal O Imortal
Vocabulário Espírita
Biografias
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English Livres Spirites en Français Spiritisma Libroj en Esperanto 
Mensagens de Voz
Filmes Espiritualistas
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English    
Efemérides
Esperanto sem mestre
Links
Fale Conosco

Estudando a série André Luiz
Ano 2 - N° 77 - 12 de Outubro de 2008

MARCELO BORELA DE OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)  

No Mundo Maior

André Luiz

(Parte 15)

Damos prosseguimento ao estudo da obra No Mundo Maior, de André Luiz, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier, publicada em 1947 pela Federação Espírita Brasileira.

Questões preliminares

A. No momento em que se dá o abortamento, que se passa com o reencarnante?

R.: Segundo o caso Cecília, narrado neste livro, o ser abortado reagiu ao ser violentado, como que aderindo, desesperadamente, às paredes placentárias, e sua mente começou a despertar à medida que aumentava o esforço de extração. Semidesperto, o Espírito refletia extremo desespero; lamentava-se com gritos de aflição; expedia vibrações mortíferas; balbuciava frases desconexas. (No Mundo Maior, cap. 10, pp. 149 a 151.) 

B. O ódio pode matar?

R.: Sim. Segundo Calderaro, o ódio vem exterminando diariamente criaturas no mundo, com intensidade e eficiência mais arrasadoras que as de todos os canhões da Terra. No abortamento provocado por Cecília, ela acabou perecendo por influência direta do psiquismo do Espírito rejeitado. (Obra citada, cap. 10, pp. 152 e 153.) 

C. Os desequilíbrios decorrentes do sexo cessam com a morte do corpo físico?

R.: Não. Os enigmas do sexo não se reduzem a meros fatores fisiológicos, mas constituem fenômeno peculiar ao psiquismo humano, em marcha para supe­riores zonas da evolução. É, pois, inútil supor que a morte física ofereça solução pacífica aos Espíritos em extremo desequilíbrio, que entregam o corpo aos desregramentos passionais. Sua loucura não procede de simples modifi­cações do cérebro: dimana da dissociação dos centros perispiríticos, o que exige longos períodos de reparação. A sede do sexo não se acha no corpo grosseiro, mas na alma. (Obra citada, cap. 11, pp. 154 a 157.)

Texto para leitura

80. O aborto - Cecília, apesar de tão sensatos conselhos, fez enorme esforço para tornar ao corpo denso, pronunciando ríspidas palavras de negação, inopinadas e ingratas. Desfazendo-se da influência pacifica­dora de Calderaro, ela regressou gradativamente ao campo sensorial, em gritos roucos. O Assistente procurou tranqüilizar a genitora. O pro­cesso de loucura por insurgência parecia consumado; era preciso con­fiá-la ao poder da Suprema Proteção Divina. Cecília despertou no corpo exigindo o aborto imediato. Fixando a enfermeira, disse ter tido um pesadelo terrível. Sonhara que sua mãe lhe pedia paciência e caridade. Ela, porém, iria até ao fim. A enfermeira, inspirada pelo Assistente, fez-lhe ainda diversas ponderações respeitáveis. Cecília estava, con­tudo, irredutível, de modo que, para assombro de todos, ante a geni­tora em pranto, começou a extração do feto. André, penosamente surpre­endido, verificou com espanto que o pequenino reagia ao ser violen­tado, como que aderindo, desesperadamente, às paredes placentárias. A mente do filhinho começou a despertar à medida que aumentava o esforço de extração. Os raios escuros não partiam agora só do cérebro materno; eram igualmente emitidos pela organização embrionária, estabelecendo maior desarmonia. André reparou que a enfermeira subtraía ao vaso fe­minino somente pequena porção de carne inânime, porque a entidade re­encarnante, como se forças vigorosas a mantivessem atraída ao corpo materno, oferecia condições especialíssimas, adesa ao campo celular que a expulsava. Semidesperto, o Espírito refletia extremo desespero; lamentava-se com gritos de aflição; expedia vibrações mortíferas; bal­buciava frases desconexas. Parecia que André se encontrava perante duas feras terrivelmente algemadas uma à outra. O filhinho impedido de nascer transformara-se em perigoso verdugo do psiquismo materno e, premindo com impulsos involuntários o ninho de vasos do útero, preci­samente na região onde se efetua a permuta dos sangues materno e fe­tal, provocou ele o processo hemorrágico, violento e abundante, numa cena chocante. (Cap. 10, pp. 149 a 151) 

81. A entidade expulsa promete vingança - Expulso indebitamente, mas mantido ali por forças incoercíveis, o organismo perispirítico da en­tidade impedida de reencarnar alcançou em movimentos espontâneos a zona do coração. Envolvendo os nódulos da aurícula direita, perturbou as vias do estímulo, determinando choques tremendos no sistema nervoso central. O fluxo hemorrágico agravou-se. "Odeio-o! odeio-o!" – cla­mava a mente materna em delírio, sentindo ainda a presença do filho na intimidade orgânica. "Nunca embalarei um intruso que me lançaria à vergonha!" Os dois pareciam sintonizados na onda de ódio, porque a mente dele, exibindo estranha forma de apresentação, respondia: "Vingar-me-ei! Pagarás ceitil por ceitil! não te perdoarei!... Não me deixaste retomar a luta terrena, onde a dor, que nos seria comum, me ensinaria a desculpar-te pelo passado delituoso e a esquecer minhas cruciantes mágoas... Renegaste a prova que nos conduziria ao altar da reconciliação. Cerraste-me as portas da oportunidade redentora; entre­tanto, o maléfico poder, que impera em ti, habita igualmente mi­nh´alma..." A entidade, movida pela ira, prometia vingar-se duramente daquela que não o quisera para o serviço do amor... A cena era indes­critível. Os raios mentais destruidores cruzavam-se, de espírito a es­pírito. Calderaro orou, invocando auxílio exterior; de fato, pouco de­pois, uma turma de trabalhadores espirituais penetrou o recinto. O As­sistente ministrou instruções; era preciso ajudar a mãe desventurada, que permaneceria junto da filha infeliz, até à consumação da experiên­cia. A desencarnação de Cecília não tardaria. (Cap. 10, pp. 151 e 152) 

82. O ódio mata mais do que as guerras - Saindo da casa de Cecília, o Assistente revelou a André que o ódio vem exterminando diariamente criaturas no mundo, com intensidade e eficiência mais arrasadoras que as de todos os canhões da Terra. O fato a que eles haviam assistido todos os dias se repete na esfera carnal. Estabelecido o império de forças tão detestáveis sobre aquelas almas desequilibradas, que a Pro­vidência procurou reunir no instituto da reencarnação, era necessário confiá-las doravante ao tempo, para que a dor operasse os corretivos indispensáveis. Agora, de nada valeria a intervenção direta. "Só pode­remos cooperar com a oração do amor fraterno, aliada à função renova­dora da luta cotidiana", esclareceu Calderaro. Consumara-se para ambos doloroso processo de obsessão recíproca, de amargas conseqüências no espaço e no tempo, e cuja extensão não se poderia prever. (Cap. 10, pp. 152 e 153) 

83.  Problemas do sexo - André foi levado pelo Assistente a um curioso centro de estudos, onde elevados mentores ministram conhecimentos aos companheiros aplicados ao trabalho de assistência na Crosta. Eles se reuniam uma vez por semana, e o tema daquele dia versava sobre proble­mas atinentes ao sexo. Pouco mais de duas centenas de companheiros do plano espiritual ouviam, com atenção, iluminado condutor de almas. O palestrante falava sem afetação: "No exame das causas da loucura, en­tre individualidades, sejam encarnadas, sejam ausentes da carne, a ig­norância quanto à conduta sexual é dos fatores mais decisivos". O Ins­trutor espiritual referiu-se aos milhões de almas que as angústias do sexo dilaceram todos os dias, um problema premente que já ensandeceu muitos cérebros de escol e não podia ser atacado a tiros de verba­lismo, de fora para dentro, à moda dos médicos superficiais, que pres­crevem longos conselhos aos pacientes, tendo, na maioria das vezes, absoluto desconhecimento da enfermidade. "Agora que nos distanciamos das imposições mais rijas da forma, sem nos libertarmos, contudo, dos ascendentes fundamentais de suas leis, que ainda nos subordinam as ma­nifestações, compreendemos que os enigmas do sexo não se reduzem a me­ros fatores fisiológicos", asseverou o iluminado Instrutor. Tais enig­mas não resultam de automatismos nos campos da estrutura celular, mas constituem fenômeno peculiar ao psiquismo humano, em marcha para supe­riores zonas da evolução. É, contudo, doloroso verificar a desarmonia em que se afundam os homens, com sombrios reflexos nas esferas imedia­tas à luta carnal. O cativeiro da ignorância, no campo sexual, conti­nua escravizando milhões de criaturas, no mundo inteiro. (Cap. 11, pp. 154 a 156) 

84. A evolução humana - O palestrante, prosseguindo sua preleção, ob­servou ser inútil supor que a morte física ofereça solução pacífica aos espíritos em extremo desequilíbrio, que entregam o corpo aos des­regramentos passionais. Sua loucura não procede de simples modifi­cações do cérebro: dimana da dissociação dos centros perispiríticos, o que exige longos períodos de reparação. "A sede do sexo –asseverou o Instrutor– não se acha no corpo grosseiro, mas na alma, em sua su­blime organização". Explicou então que, na esfera carnal, os homens e as mulheres distinguem-se segundo sinais orgânicos específicos. Na es­fera espiritual imediata, prepondera ainda o jogo das recordações da existência terrena, em trânsito para as regiões mais altas. Nestas –esclareceu o palestrante – "sabemos, porém, que feminilidade e mascu­linidade constituem característicos das almas acentuadamente passivas ou francamente ativas". Os Espíritos adquirem, gradativamente, na va­riação de suas experiências, qualidades divinas, como a energia e a ternura, a fortaleza e a humildade, o poder e a delicadeza, a inteli­gência e o sentimento, a iniciativa e a intuição, a sabedoria e o amor, até lograrem o supremo equilíbrio em Deus. Não podemos esquecer, acrescentou ele, que nenhuma exteriorização do instinto sexual na Ter­ra, qualquer que seja sua forma de expressão, será destruída, mas transmudada no estado de sublimação. Até as manifestações dos chamados irracionais participam do mesmo impulso ascensional. Na época primi­tiva, a eclosão sexual primava pela posse absoluta: a personalidade integralmente ativa do homem dominava a personalidade totalmente pas­siva da mulher. O trabalho paciente dos milênios transformou, porém, essas relações. "A mulher-mãe e o homem-pai deram acesso – acentuou o Instrutor – a novos sopros de renovação do espírito". "Com bases nas experiências sexuais, a tribo converteu-se na família, a taba metamor­foseou-se no lar, a defesa armada cedeu ao direito, a floresta selva­gem transformou-se na lavoura pacífica..."  Estimulada pela força cria­dora do sexo, a coletividade humana avança, embora vagarosamente, para o supremo alvo do divino amor. (Cap. 11, pp. 156 e 157) (Continua no próximo número.)
 


Voltar à página anterior


O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita