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Cartas
Ano 2 - N° 75 - 28 de Setembro de 2008
Recebemos nos últimos dias as seguintes mensagens de nossos leitores:

De: Alexandre Carlos Dias (Santos Dumont, MG)
Segunda-feira, 22 de setembro de 2008 às 13:03:09
Como faço para assinar "O Consolador"?
Alexandre 

Resposta do Editor

Já respondemos diretamente ao leitor informando que esta revista é escrita especialmente para a internet, não tem formato impresso, não faz assinaturas, nem cobra taxa alguma para ser lida, copiada ou impressa. Para lê-la, basta acessar nosso site: www.oconsolador.com 

 


De: Débora Ducentro (Novo Hamburgo, RS)
Segunda-feira, 22 de setembro de 2008, às 08:41
Bom dia.
Sou jornalista e trabalhadora da S. E. Caminheiros do Bem, de Novo Hamburgo/RS. Escrevo para o site www.portaldoespiritismo.com.br e para o blog que tenho jornalismoespírita.com.br
Gostei muito do site de vocês e gostaria de saber de que maneira poderia participar e auxiliar. Obrigada pela atenção e fique com Deus,
Débora
 

 

De: Mayara B. (São Fidélis, RJ)
Sexta-feira, 19 de setembro de 2008, às 20:32
Depois de ter terminado um namoro de seis anos, vejo minha vida acabar! Vê-lo, pra mim, é a mesma coisa que me dar uma faca. Sofro por vê-lo com outra e trato todos mal. Amanheço de mau humor e durmo angustiada... Por que será que isso em atazana há mais de 2 anos?
Mayara


Resposta do Editor: 

Alteramos, por razões óbvias, o nome da missivista, a quem recomendamos a ajuda de um psicólogo para que possa viver em paz, apesar do sofrimento dessa perda, que só o tempo poderá realmente amenizar. Evidentemente, como nos demais momentos de dor, a oração, a leitura elevada e a dedicação ao trabalho poderão também auxiliá-la bastante a superar esses momentos difíceis. As provas por que passamos na vida não vieram para nos abater, mas sim para serem vencidas.

 


De: André Luiz Souza Dutra (Londrina, PR)
Quarta-feira, 24 de setembro de 2008, à 00:02
Leia e, por favor, divulgue a notícia abaixo:
“Hospital Maçônico

O jornal da Rede Globo mostrou uma reportagem sobre o Hospital dos Olhos de Sorocaba. Esse hospital é da maçonaria, sem fins lucrativos. Ele é conveniado com o SUS e tem capacidade para realizar cerca de 300 transplantes de córneas por mês, pois há um estoque de córneas suficiente para a realização dos mesmos. Entretanto, esse hospital está realizando somente cerca de 120 transplantes por mês, devido a falta de pacientes. As córneas não utilizadas estão sendo jogadas fora por passarem do tempo de utilização/validade!
Peço a todos que porventura tenham conhecimento de alguém que esteja na fila do transplante aguardando um doador: informem essa pessoa para que entre em contato com o Hospital Oftalmológico de Sorocaba-SP - telefone - (15) 3212-7009 - de 2ª a 6ª feira.
Atenciosamente, 
Dr. Eduardo Bezerra – médico.”
Um grande abraço,
André Luiz

 


De: Ayres de Oliveira (Brasília, DF)
Terça-feira, 23 de setembro de 2008, às 09:50
Repasso para seu conhecimento o texto abaixo:
“Boa-noite, prezados irmãos e irmãs espíritas. Folheando uma revista de cunho espírita, encontrei uma matéria interessante e gostaria de registrá-la para que avaliem. Trata-se de marcas da reencarnação.
Eis, abaixo:

DIGITAIS NÃO SE ALTERAM QUANDO O INDIVÍDUO REENCARNA?

O delegado João Alberto Fiorini de Oliveira, que atua na Agência de Inteligência do Paraná, realiza um trabalho de primeira linha, investigando possíveis casos de reencarnação, especialmente com a comparação de impressões digitais. Para Fiorini,  AS DIGITAIS NÃO SE ALTERAM QUANDO O INDIVÍDUO REENCARNA.
Segundo o parapsicólogo Dr. Hernani Guimarães Andrade, se a pessoa volta com as marcas, sinais, cicatrizes, deformações e até doenças, por que não com as mesmas impressões digitais?
Fiorini entrou nesta jornada em 1999. Na época, ele se recuperava de uma cirurgia, e teve a oportunidade de ler um artigo publicado num jornal de 1935, escrito por Carlos Bernardo Loureiro.  A matéria foi reproduzida no jornal da Federação Espírita do Estado de SP e se referia a um menino que tinha a mesma impressão digital de um homem falecido há dez anos.
Não só Fiorini, como qualquer dermatologista, sabem que é impossível existirem duas impressões digitais iguais.Mesmo no caso de gêmeos univitelinos , as digitais são sempre diferentes.Trata-se de um dado geneticamente intransmissível, próprio do indivíduo. Ainda assim, o delegado decidiu se aprofundar no caso.  Como um rato de biblioteca, Fiorini queria ter certeza de que era impossível digitais idênticas.

IMPRESSÕES DIGITAIS

Fiorini teve acesso a um caso no Ceará, envolvendo a senhora A, falecida em 1989 e sua possível reencarnação, o menino C, nascido em 1999. A jovem B ficou grávida.  Seus familiares entendiam que B estava preparando, em seu ventre, o corpo que seria habitado pela alma de A, uma senhora que se relacionava com aquela família e que havia falecido há poucos anos. Segundo os espíritas da família, a Sra. A tinha uma necessidade de se reajustar carmicamente e deveria nascer num corpo masculino para cumprir tal missão. C nasceu. E a primeira comparação das impressões foi realizada, constatando-se que as digitais de A e C eram de um mesmo padrão datiloscópico.  O delegado Fiorini apresentou-se para uma segunda avaliação e o resultado foi que apresentavam coincidências em seu tipo fundamental. O perito comprovou que tanto a falecida quanto a criança possuíam o mesmo número de linhas (doze) nas digitais.
Segundo Fiorini, é impossível existir duas impressões iguais, mas as semelhanças podem ser significativas.

MARCAS NO CORPO

Fiorini acredita que a comprovação da reencarnação PODE SER FEITA COM EXAMES MÉDICOS. Ele afirma que se uma pessoa morre  subitamente assassinada ou em desastres, ela reencarna com determinadas marcas ou cicatrizes relacionadas ao evento em questão.  O problema é que essas marcas vão desaparecendo com o tempo, de modo que a pesquisa tem que ser feita o quanto antes, enquanto as evidências estão mais nítidas.
Convidado por uma família de Avaré (SP), Fiorini investigou um caso que teve origem em 1971. Na época, um homem de 31 anos morreu por ocasião de um disparo acidental de arma de fogo.  A família disse que, depois de 20 anos ele teria renascido como neto. Então Fiorini passou a fazer várias perguntas à família.  Estudou minuciosamente  o inquérito policial, a certidão de óbito, o auto de levantamento de cadáver, o laudo de exame de corpo de delito, auto de exame de instrumento do crime e, por fim, o exame do coração (ecocardiografia).
O exame  do cadáver revelava que o calibre da arma em questão era de 6,35mm. A ecocardiografia da criança apresentava uma fissura interventricular medindo 6,00 mm no ventrículo esquerdo do coração. Posteriormente, a criança que hoje é adolescente,faria uma cirurgia de coração para fechar o orifício.
O delegado solicitou um exame datiloscópico das impressões do falecido e da criança.  As impressões eram quase idênticas,de tal modo que foram necessários dias para se encontrar pequenas diferenças.
(...) Fiorini também estuda ectoplasmia (materialização de espíritos) e tem experiências em comunicação com o além, pela captação de imagens por meio de câmeras de infravermelho, capaz de  captar as variações de temperatura.  Segundo ele, quando o espírito sai de outra dimensão e entra na nossa, ele esfria a temperatura ambiente entre 10 e 15 graus.  Calculo que a comunicação e as imagens dos espíritos se tornarão comuns em um prazo máximo de dez anos." (Fonte de pesquisa: Revista Visões do Espírito – EM Editora, São Paulo-SP.)
Divulguem esta mensagem. Muita paz! Roberto Silveira, Psicólogo Clínico, CRP 01/12883."
Abraços,
Ayres de Oliveira 

 


De: Cláudio Luis Mota da Silva (São José, SC)
Sexta-feira, 19 de setembro de 2008, às 15:33
Queridos irmãos, que a paz de Nosso Senhor Jesus Cristo esteja conosco. Gostaria, se possível, de alguns esclarecimentos sobre o "Dr. Fritz" e suas "cirurgias espirituais". Eu pesquisei na internet sobre esse assunto, porém não achei nada conclusivo. Existem algumas matérias e artigos Espíritas condenando as cirurgias espirituais, mas nenhuma matéria que explique como acontecem efetivamente as cirurgias na ótica científica e mediúnica. Eu até li alguns desses artigos, que sempre abordam mais sobre as razões, os motivos de não se buscar essa prática, mas não encontrei nenhum artigo que responda a certas perguntas, como por exemplo:
1ª) Como a pessoa que está sendo operada não sente dor ao ser cortada com um bisturi?
2ª) Como os cortes às vezes muito profundos, não sangram? Como não ocorre hemorragia?
3ª) Como não ocorrem infecções uma vez que não existe a limpeza e a assepsia que existe em um centro cirúrgico de um hospital devidamente preparado?
4ª) Como as pessoas conseguem realmente ficar curadas segundo as declarações que elas mesmo nos trazem sobre os resultados obtidos nas cirurgias?
Queridos irmãos, eu assisti no youtube a alguns vídeos de cirurgias do "Dr. Fritz" que são impressionantes. São cenas chocantes e por vezes pesadas, que "embrulham o estômago" de pessoas sendo cortadas com bisturi na barriga, nos braços, costas, nas pernas. São cortes por vezes muito profundos, em que às vezes o "Dr. Fritz" introduz quase que praticamente a sua mão dentro do corte realizado. Isso sem anestesia e sem que a pessoa que está sendo operada sinta qualquer dor. Eu como Espírita concordo que essas cirurgias não deveriam acontecer, até porque para mim, mesmo sendo leigo, entendo como exercício ilegal da medicina, tanto é verdade que alguns médiuns não-espíritas foram julgados e condenados a prisão por essa razão, como o famoso José Arigó.
Irmãos, sei que o caso é complexo, e ficarei na expectativa de receber alguma orientação, explicação sobre o caso.
Forte abraço, rogando as bênçãos de Deus para todos nós.
Cláudio Luis

Nota do Editor:

Como é difícil responder, em poucas palavras, às perguntas suscitadas pelo leitor, publicamos sua mensagem com o propósito de que os colaboradores da revista, tomando ciência do assunto, possam examiná-lo em seus artigos e estudos doutrinários. 

 


De: Ronney Mendes (Brasília, DF)
Domingo, 21 de setembro de 2008, às 15:09
Com receio de ser mal interpretada pela mídia, que poderia tratar o assunto de modo sensacionalista, como se fosse um apelo em busca de visibilidade, a cantora Joanna resolveu esconder uma de suas experiências mais fascinantes, vivida durante um show em Belém do Pará.
Quem conhece Joanna bem sabe que seu escrúpulo jamais permitiria algo dessa natureza para ludibriar o público, até porque o sucesso da cantora é mais que suficiente sem a mínima necessidade de apelos e trapaças.
Normalmente Joanna não consegue enxergar quem está na platéia, o que é comum à maioria que enfrenta no palco os spotlights que ofuscam a visão. Mas nessa noite foi diferente. Ela conseguia, sim, enxergar, com nitidez, apenas uma pessoa. Era a figura de um jovem de singular beleza, que chamava a atenção por usar bandagens na cabeça, parecia um vistoso turbante. E o jovem sorria o tempo todo.
Joanna contou depois de encerrado o show que não conseguia desviar o olhar daquele homem, algo a impelia a cantar especialmente para ele. No camarim, como sempre lotado de amigos e admiradores, Joanna então perguntou: - Quem era o rapaz de turbante na platéia? Ninguém soube responder, porque ninguém o havia notado.
Joanna: - Impossível. Ele estava na primeira fila e com aquele turbante era impossível não percebê-lo. Intrigada, passou a descrevê-lo com detalhes, quando foi observando
algumas pessoas da cidade se entreolhando, algumas boquiabertas. Era a descrição exata da fisionomia de um eletricista de Belém que havia morrido eletrocutado em acidente de trabalho, poucas semanas antes do show. Fã ardoroso de Joanna, alguém lembrou que tinha sido ele um dos primeiros a procurar o teatro para garantir que não ficasse sem ingresso. Era seu sonho assisti-la. O assunto era instigante demais. Mandaram chamar os pais do rapaz no dia seguinte trazendo uma foto do filho. Joanna quase desfaleceu. Era o próprio. Ficou sabendo de sua excitação desde quando anunciaram o show em Belém. Católica e muito espiritualizada, ela tem absoluta certeza que viveu uma experiência mediúnica. Detalhe: a família cuidou para que o filho fosse velado convenientemente. O choque elétrico de alta tensão que o matou castigou sua cabeça, queimando-a inteira, e ela foi coberta com um turbante. (Fonte:  http://www.amauryjr.com.br/interna.cfm?noticia=1188.)
Ronney 

 


De: Alamar Régis Carvalho (Santos, SP)
Terça-feira, 23 de setembro de 2008, às 18:23
Enviei a carta anexa à revista VEJA, falando sobre a matéria publicada acerca do filme "Bezerra de Menezes". Foi interessante, sim, mas o autor escreveu algumas bobagens.
Agradeço sua divulgação.
Alamar 

Nota do Editor:

Datada de 21 de setembro de 2008, eis o texto da carta enviada pelo confrade Alamar Régis Carvalho à revista VEJA:

Senhores Editores:

Depois de ler a matéria em questão, eu comecei a ficar preocupado com a revista, essa que é a mais importante do nosso país, com tiragem semanal de mais de um milhão de exemplares, sendo lida na semana lançada por uma média de 3 a 4 pessoas, por exemplar, e nas semanas seguintes por uma média de 8 a 10 pessoas, já que está presente em quase todas as salas de espera de consultórios, escritórios, etc. (é a informação que me passaram). Quantos e quantos milhões de brasileiros lêem a VEJA.

Pelo que o Brasil inteiro sabe, a VEJA procura preservar a sua independência, se coloca em posição apartidária, dispõe-se a expor os maiores escândalos verificados no País, sem temer até mesmo os poderosos envolvidos nas maiores safadezas praticadas no Brasil. Isto é bom demais, porque nos dá uma tranqüilidade de sabermos que temos uma imprensa livre e, sobretudo, responsável.

Encontramos em suas páginas um Diogo Mainardi, mantendo a sua posição contra o Lula, independentemente dos números de popularidade que o presidente apresenta, o que denota uma certa coerência porque o jornalista não é um “vira casaca”. O Diogo continua sendo ele mesmo. Encontramos também um notável Stephen Kanitz, um dos maiores colunistas que conheço no Brasil, pela sua notável coerência e bom senso.

Enfim, senhores editores, creio que a preocupação maior de uma revista desse porte deva ser com a preservação do seu nome, construído no País por mais de 30 anos, para que o conceito junto a opinião pública continue elevado e a credibilidade permaneça em alta.

O que o leitor imagina é que a VEJA, pelo prestígio que tem e pela dimensão da Editora Abril, deve ter um critério muito rigoroso quanto a seleção de jornalistas, articulistas, enfim, todos os que escrevem em suas páginas, para que, embora o direito de opinião e expressão sejam livres entre os jornalistas, assim como entre os cidadão comuns, é recomendável o cuidado para que não deixem poluir as suas páginas com matérias escritas por pessoas despreparadas, mal informadas e sobretudo tendenciosas, a fim de que essa valiosa credibilidade não seja afetada.

Relembrando o notável escritor Richard Simonetti, que há dez anos atrás escreveu uma carta a essa mesma VEJA, protestando contra uma outra matéria equivocada, onde ele dizia algo mais ou menos assim: “Se diante de uma matéria, envolvendo um assunto que eu conheço profundamente, identifico um festival de aleivosias, equívocos, mentiras e bobagens, que caracterizam absoluto desconhecimento por parte de quem escreveu, como é que eu, como assinante dessa revista, posso dar credibilidade a ela quando diante de matérias sobre assuntos que eu não conheço?”

Novamente identificamos uma falha lamentável da VEJA, nesta matéria escrita por Marcelo Marthe, que termina por comprometer o respeitável nome da VEJA.

Quanta bobagem esse cidadão colocou na matéria. Não é que queiramos, como espírita que somos, elogios ao filme “Bezerra de Menezes...”, porque reconhecemos que, de fato, não foi lá essas superproduções, está muito longe, em qualidade cinematográfica, dos grandes filmes produzidos em Hollywood e até mesmo aqui no Brasil e, também, o bom senso nos recomenda compreender a posição do crítico cinematográfico, embora muitos deles estejam acostumados a qualificarem como verdadeiras “porcarias” algumas películas, ao mesmo tempo em que o público dá uma resposta totalmente diferente, lotando por meses e meses as salas de projeções onde as tais “porcarias” são exibidas. Assim foi com o filme “Ghost, o outro lado da vida” e vários outros.

Acontece que a postura do autor da matéria não se resumiu a fazer análises do filme, em si, enquanto filme, e partiu para o deboche, para falar sobre o que não entende, sujando as páginas da nossa maior revista com um verdadeiro festival de bobagens, em alguns momentos, o que é lamentável.

Registremo-las.

Logo no subtítulo ele coloca: Bezerra de Menezes, filme sobre o pioneiro do kardecismo no Brasil, surpreende nas bilheterias.” Primeiro que essa expressão “kardecismo” não identifica coisa nenhuma, haja vista não ter o menor sentido. Não existe nenhuma doutrina, religião ou filosofia que tenha esse nome. O que sabemos é que essa expressão é utilizada, equivocadamente, por pessoas ignorantes, mal informadas ou tendenciosas de determinada camada da população, que tentam identificar o Espiritismo com essa denominação, o que não se pode admitir em um jornalista de uma revista que é a mais importante de um país, que tem a obrigação de conhecer os assuntos sobre os quais escreve, para não ser leviano.

O nome correto desta “coisa” que ele insiste em chamar de “kardecismo” é “Espiritismo”, denominação que foi criada, exclusivamente, para identificar esta doutrina filosófica, que tem postulados muito bem definidos e não pode ser confundido por nenhuma outra prática. Espiritismo é Espiritismo, assim como Umbanda é Umbanda e Catolicismo é Catolicismo.

O outro equívoco verificado logo no mesmo subtítulo, é quando ele identifica Bezerra de Menezes como “pioneiro do kardecismo no Brasil”, o que não se constitui como verdade, haja vista que o primeiro centro espírita fundado no Brasil foi na cidade de Salvador, Bahia, em 1865, por Luiz Olympio Telles de Menezes, jornalista, e não por Bezerra de Menezes.

Outro equívoco é cometido quando o autor faz referências a “fantasmas” baixados em set de filmagem, o que também não existe em termos de Espiritismo, onde não se vê qualquer relação com fantasmas, ninguém faz qualquer referências a fantasmas, e muito menos nada que anda “baixando” em lugar nenhum.

É bom que o cidadão saiba também que, em Espiritismo, não se pratica absolutamente nada sobrenatural. Tudo o que se pratica é absolutamente natural, embora sobre o nível de capacidade de compreensão e entendimento de muita gente. Não é porque a Trigonometria não pode ser entendida e compreendida por alunos que cursam apenas a quarta série do primeiro grau, que ela é considerada sobrenatural.

Ele tenta, visivelmente, diminuir o Espiritismo, ao citar que o interesse pelo filme resume-se apenas a espectadores dos níveis C e D, pelo fato de haver procura também nos dias de segunda à quarta-feira, quando o ingresso é mais barato. Daí eu o sugiro a checar os bancos de dados da própria Editora Abril a fim de checar, entre os assinantes da própria VEJA, qual é o segmento filosófico/religioso que, proporcionalmente, é maior. Tudo indica que vocês verão a comprovação disto no número de e-mails que certamente serão enviados, por causa desta mesma matéria. Ou será que o segmento brasileiro que recebe o “bolsa-família” tem condições de comprar ou assinar a VEJA?

Quanto a citação “Nem toda comunidade espírita ficou satisfeita com o filme”, eu pergunto: E daí? E teria que ter a unanimidade de aprovação de uma comunidade inteira? Qual o filme, em toda a história do cinema, que tenha agradado a cem por cento dos espectadores? Vê-se aí um certo desdém do autor em relação ao filme, que se firma mais quando ele qualifica o ator Caio Blat como “galãzinho”, ator este sempre presente atualmente nas novelas da Globo, em papéis de destaque e não como simples figurante ou interprete de papéis inexpressivos.

É verdade, sim, que no filme tem, também, atores desconhecidos e que até talvez não estariam em nível de estarem em um filme com este propósito, contracenando com um notável e extraordinário Carlos Vereza, mas daí a qualificar como “assombro”, já é uma má vontade imensurável.

O Lúcio Mauro não é apenas um comediante, é também um ator, sim, com presença em papéis de destaque em vários momentos da própria Rede Globo, nesta condição.

Outros detalhes precisam ser observados: Primeiro que o francês Allan Kardec não fundou crença nenhuma e nem o próprio Espiritismo, se é a ele que o autor quer se referir, jocosamente, não foi fundado por ele que nada mais foi que o seu codificador, um educador, mestre (e não um religioso) que foi convidado por espíritos para lhes formular as perguntas que quisesse, com todo rigor e sem qualquer aprisionamento religioso, para daí passar para livros e apresentar às pessoas.

Segundo, que apenas alguns espíritas utilizam-se dessa expressão “Kardec Brasileiro”, em relação ao Bezerra de Menezes, e não os seus admiradores. Ao encerrar, vejamos mais este trecho da matéria:

“Para os espíritas, ele foi a reencarnação de um espírito evoluído dos tempos bíblicos. Há quem jure que, numa sessão mediúnica nos anos 60, o fantasma do escritor russo Leon Tolstoi tenha revelado que em outra vida Bezerra foi Zaqueu, cobrador de impostos que se tornou seguidor de Jesus, conforme o Evangelho de São Lucas. Para outros, ele teria sido o próprio Lucas.” 

Quanta bobagem. Os espíritas não andam se preocupando em quem foi reencarnação de quem, e nunca vi ninguém se referir a Bezerra com esta identificação. Afirmar, também, que há quem jure, numa sessão mediúnica... é outra besteira sem tamanho, posto que espíritas não andam jurando coisa nenhuma, ainda mais em reuniões mediúnicas, que são práticas totalmente diferentes do que possam imaginar alguns jornalistas.

Em síntese, a disposição e a dignidade da VEJA em registrar esta realidade do cinema brasileiro, mesmo sem ser uma grande produção, é algo notável e traduz-se como jornalismo sério, mesmo em se considerando críticas desfavoráveis ao filme, enquanto filme. O único aspecto reprovável é que, em vez do articulista se ater a analisar o filme, mesmo dentro do seu gosto pessoal, ele se aproveitou da força da revista para colocar impressões pessoais acerca da doutrina em si, o que é reprovável, já que o objetivo da matéria não foi de falar sobre a doutrina. Foi aí que ele se perdeu, pelo despreparo e a inconseqüência em falar tanta bobagem, pelas páginas de uma revista, que tem um papel histórico no Brasil.

Alamar Régis Carvalho.  

 

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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita