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Crônicas e Artigos
Ano 2 - N° 73 - 14 de Setembro de 2008

EUGÊNIA PICKINA 
eugeniamva@yahoo.com.br 
Londrina, Paraná (Brasil)
 

Vida e esperança 

 
A questão é: há mais o ser que o nada. O simples fato de existir, para aprender a amar, é um presente, pois sempre é preferível viver atento... Viver bem e tornar a vida imantada pela alegria e a gratidão, ritmada necessariamente pela esperança. 

E penso na dignidade da esperança. E sinto pelo pensamento materialista, que tende a combatê-la por ignorância, receio ou resistência do orgulho, preso a ditames de uma razão que serve apenas ao (duro) entendimento de que a vida é uma viagem sujeita a um fim, ou seja, tristemente, que a morte põe fim à vida.

Um dos segredos do ensinamento de Jesus reside na preciosidade da vida futura e o fato de sermos imortais, o que nos motiva, reconhecida a pluralidade das existências, a sábia razão para celebrar a vida, no lugar de desprezá-la... Sim, responsáveis pelos nossos atos, somos fortalecidos pela boa vontade de educarmos os sentimentos para dedicar à vida – a própria e a dos outros – todos os cuidados que ela exige. 

Sim. Desconfiemos dos pensadores do nada, da amargura dos niilistas, que, pela sedução da finitude, poderiam nos retirar o gosto pela certeza do nosso destino atado à evolução e à felicidade. 

E certamente os espíritas, pela fé raciocinada, romperam com o fatalismo e a obediência cega das gerações precedentes e se recusaram, sem o peso do medo, a evitar pensar sobre a morte, porque consideram a imortalidade como um dos princípios divinos. Com isso, procuram exercitar com discernimento sua participação na vida privada e pública, cientes da necessidade do aprendizado e da prática do bem, alimentados pela sabedoria que nos leva a entender a importância de manter juntos a justiça e a misericórdia, do contrário, qual seria o sentido da caridade? 

Justiça e misericórdia, contudo, chamam a necessidade do perdão. Jean –Yves Leloup nos explica que o “perdão é a própria condição para nossa vida continue a ser vivível”. Ora, se conhecemos nossas limitações e nossas ambigüidades, certamente, de posse do conhecimento espírita, usamos a mesma medida para com nosso próximo – tão sujeito a erros, como nós mesmos, e tão necessitado do uso da reconciliação como somos nós, os peregrinos da Terra, os aprendizes do amor, tantas vezes corrigidos pela dor. 

Esperança. Esperança pelo nosso processo de humanização, que se faz em silêncio e a partir do nosso pequeno ego, a fim de que ele, gradativamente, aceite o calor da doçura e permita que o coração, impregnado pela brandura, tenha a regência dos cotidianos, que oscilam entre o mal sofrer e o bem sofrer, além dos fatos felizes. 

Mas, a esperança pede um exercício diário: a cessação do julgamento. Há muito sofrimento no mundo. Por isso, a primeira coisa que podemos fazer é tentarmos ser felizes e, em conseqüência, um primeiro passo está implicado com a escolha, diariamente renovada, do não-julgar, ou seja, começar os dias sem nos comparar com ninguém, pois cada um de nós sabe o que tem a fazer, coisas grandes ou pequenas, o que reivindica nossa responsabilidade pelo caminho que nos foi dado para caminhar. E essa responsabilidade, alegremente, deve ancorar-se nos ensinamentos de Jesus para que simplesmente “brilhe nossa luz”.
 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita