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Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita  Inglês  Espanhol
Programa IV: Aspecto Filosófico

Ano 2 - N° 72 - 7 de Setembro  de 2008

THIAGO BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br

Curitiba, Paraná (Brasil)  

Almas gêmeas e
metades eternas


Apresentamos nesta edição o tema no 72 do Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita, que está sendo aqui apresentado semanalmente, de acordo com programa elaborado pela Federação Espírita Brasileira, estruturado em seis módulos e 147 temas.

Se o leitor utilizar este programa para estudo em grupo, sugerimos que as questões propostas sejam debatidas livremente antes da leitura do texto que a elas se segue.

Se destinado somente a uso por parte do leitor, pedimos que o interessado tente inicialmente responder às questões e só depois leia o texto referido. As respostas correspondentes às questões apresentadas encontram-se no final do texto abaixo.

Questões para debate

1. A teoria das “metades eternas” é verdadeira?

2. Que se deve entender por “almas gêmeas”?

3. Por que as almas gêmeas nem sempre permanecem juntas na realização de suas tarefas?

4. As almas gêmeas têm sempre o mesmo grau evolutivo?

5. O conceito de “almas gêmeas” significa o mesmo que “metades eternas”? 

Texto para leitura 

A expressão metades eternas constitui uma simples figura 

1. A questão 298 d’ O Livro dos Espíritos nos diz que “não há união particular e fatal de duas almas”. “A união que há é a de todos os Espíritos, mas em graus diversos, segundo a categoria que ocupam, isto é, segundo a perfeição que tenham adquirido.” 

2. Na questão seguinte da mesma obra, lê-se que não existem “metades eternas”. Se um Espírito fosse a metade de outro, separados estariam ambos incompletos. “A teoria das metades eternas encerra uma simples figura, representativa da união de dois Espíritos simpáticos. Trata-se de uma expressão usada até na linguagem vulgar e que se não deve tomar ao pé da letra.” 

3. Reportando-se ao assunto, Emmanuel nos diz, nas questões 323 e seguintes do livro O Consolador, que, no sagrado mistério da vida, cada coração possui no Infinito a alma gêmea da sua, companheira divina para a viagem à gloriosa imortalidade. 

As almas gêmeas se buscam, sempre que separadas 

4. Criadas umas para as outras – afirma Emmanuel –, as almas gêmeas se buscam, sempre que separadas. A união perene é para elas a aspiração suprema e indefinível. Milhares de seres, se transviados no crime ou na inconsciência, experimentam a separação das almas que os sustentam, como a provação mais ríspida e dolorosa, e, no drama das existências mais obscuras, vemos sempre a atração eterna das almas que se amam intimamente. Quando se encontram, no acervo dos trabalhos humanos, sentem-se de posse da felicidade real para os seus corações – a da ventura de sua união. E a única amargura que lhes empana a alegria é a perspectiva de uma nova separação pela morte, perspectiva essa que a luz da Doutrina Espírita veio dissipar. 

5. Não sabemos esclarecer a razão da atração existente entre dois Espíritos, a ponto de torná-los almas gêmeas. Para nós, o primeiro instante da criação do ser está mergulhado ainda num suave mistério, assim como a atração profunda e inexplicável que arrasta uma alma para outra, no instituto dos trabalhos, das experiências e das provas, no caminho infinito do Tempo.  

6. Nem sempre as almas gêmeas se encontram no mesmo plano evolutivo. No livro Diário dos Invisíveis, de Zilda Gama, o Espírito de Victor Hugo diz que almas criadas na mesma era, iniciando “úteis peregrinações em mundos primitivos, e, depois, separadas em pontos diversos do globo terrestre, conservam, umas das outras, reminiscências indeléveis”. Às vezes, não se encontram em algumas de suas jornadas terrenas – quando uma delas comete delitos graves e retarda seu cinzelamento psíquico; outras há, porém, que, logo nos primórdios de uma existência, se reúnem e se reconhecem, fitando-se longamente, agrilhoadas, às vezes, pelo afeto de íntimo parentesco, nascidas sob o mesmo teto. 

Almas gêmeas nada têm a ver com metades eternas 

7. Acrescenta Victor Hugo (Espírito): “Quando compreendem que se revêem enfim, que os seus Espíritos foram germinados no mesmo instante, perlustraram o mesmo carreiro, tornaram-se gêmeos pelos laços perpétuos da afinidade – um júbilo intenso irradia-se nos seus íntimos qual uma alvorada espancando bruscamente as trevas de uma noite que parecia intérmina... Sim, as trevas em que jaziam antes de se reverem, pois as almas isoladas, incompreendidas, enquanto lhes falta a consócia que as deixou mutiladas, o lúcido fragmento que as integra por um consórcio celeste – o Amor, o vínculo estelífero que as torna inseparáveis por toda consumação dos séculos – ficam imersas em penumbra, asfixiadas em desalento, envoltas em brumas polares...”

8. No livro Renúncia, obra psicografada por Chico Xavier, Emmanuel conta-nos a história da luminosa entidade espiritual Alcíone, que se afasta, temporariamente, da elevada esfera onde residia para auxiliar sua alma gêmea Pólux. A história de Alcíone e Pólux é expressivo exemplo de Espíritos evolutivamente muito distanciados um do outro, mas que, por serem almas gêmeas, mantêm-se intimamente ligados. 

9. É importante, porém, que fique claro o conceito de almas gêmeas. Como esclarece Emmanuel em Nota colocada na parte final de O Consolador, com a expressão “almas gêmeas” ele não quis dizer “metades eternas”. Em verdade, assevera o notável Instrutor espiritual, a tese é mais complexa do que parece ao primeiro exame e sugere mais vasta meditação às tendências do século, no capítulo do “divorcismo” e do “pansexualismo”, mas ninguém pode estribar-se no enunciado para desistir de veneráveis compromissos assumidos na escola redentora do mundo, sob pena de aumentar os próprios débitos.

Respostas às questões propostas

1. A teoria das “metades eternas” é verdadeira?  R.: Segundo o ensino espírita, não existem “metades eternas”. Se um Espírito fosse a metade de outro, separados estariam ambos incompletos. A teoria das metades eternas encerra uma simples figura, representativa da união de dois Espíritos simpáticos.  

2. Que se deve entender por “almas gêmeas”?  R.: Almas gêmeas são, segundo Emmanuel, almas que se buscam, sempre que separadas, e para as quais a união perene é a aspiração suprema.

3. Por que as almas gêmeas nem sempre permanecem juntas na realização de suas tarefas?  R.: No livro Diário dos Invisíveis, de Zilda Gama, o Espírito de Victor Hugo diz que isso se dá quando uma delas comete delitos graves e retarda seu cinzelamento psíquico, mas pode ocorrer também que o fato esteja ligado à necessidade que têm os Espíritos de passar por inumeráveis provas em seu processo evolutivo. A separação seria uma dessas provas.

4. As almas gêmeas têm sempre o mesmo grau evolutivo?  R.: Não, nem sempre elas se encontram num mesmo nível evolutivo.

5. O conceito de “almas gêmeas” significa o mesmo que “metades eternas”?  R.: Não. Como esclarece Emmanuel em Nota colocada na parte final de O Consolador, com a expressão “almas gêmeas” ele não quis dizer “metades eternas”. Em verdade, assevera o notável Instrutor espiritual, a tese é mais complexa do que parece ao primeiro exame e sugere mais vasta meditação às tendências do século, no capítulo do “divorcismo” e do “pansexualismo”, mas ninguém pode estribar-se no enunciado para desistir de veneráveis compromissos assumidos na escola redentora do mundo, sob pena de aumentar os próprios débitos.


Bibliografia
:
 

O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, itens 298, 299 e 303.   

O Consolador, de Emmanuel, psicografado por Chico Xavier, questões 323 e 325, e Nota na pág. 233.

Renúncia, de Emmanuel, psicografado por Chico Xavier, 4.a edição, págs. 15 e 25.

Diário dos Invisíveis, por diversos Espíritos, psicografado por Zilda Gama, 2.a edição, págs. 129 e 130.
 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita