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Clássicos do Espiritismo
Ano 2 - N° 72- 7 de Setembro de 2008

ANGÉLICA REIS
a_reis_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 

Cristianismo e Espiritismo

 Léon Denis

(9a parte)

 
Damos continuidade ao estudo do clássico Cristianismo e Espiritismo, de Léon Denis, conforme a 6a edição publicada pela Federação Espírita Brasileira com base em tradução de Leopoldo Cirne.

Questões preliminares  

A. O Cristianismo era uma fé viva e radiante. Que é preciso para que ele renasça e resplandeça?

R.: O Cristianismo, para renascer e resplandecer, deve vivificar-se nessa fonte em que se desalteravam os primeiros cristãos. Terá que transformar-se, libertar-se de todo caráter miraculoso, voltar a ser simples, claro, racional. (Cristianismo e Espiritismo, cap. VIII, pp. 147 a 149.)

B. Que requisitos se esperam e se exigem de uma Religião verdadeira?

R.: A Religião, para ser autêntica, deve inspirar-se nas modernas descobertas, nas leis da Natureza e nas prescrições da razão; deve fazer compreender que uma estreita solidariedade liga homens e Espíritos; deve mostrar, acima de tudo, a regra de soberana justiça, segundo a qual cada um colhe, através dos tempos, tudo o que semeou de bem e de mal. (Obra citada, cap. VIII, pp. 149 e 150.)

C. Onde se produziram as primeiras manifestações do moderno Espiritualismo?

R.: Os fenômenos de além-túmulo são muito antigos e encontram-se na base de todas as grandes doutrinas do passado, seja na Índia, na Grécia ou no Egito. Mas foi num mundo novo, menos escravizado aos preconceitos do passado – a América do Norte – que se produziram as primeiras manifestações do moderno Espiritualismo, que dali se espalharam  por todo o globo. (Obra citada, cap. VIII, pp. 152 a 154.) 

Texto para leitura

114. Na vida é preciso não enxergar somente a evolução material, que não é mais que uma face das coisas. A realidade viva reside no ser psíquico, no Espírito. É ele quem anima essas formas materiais. (P. 141)

115. Outro erro da escola materialista é pensar que tudo o que caracteriza o espírito humano – aptidões, faculdade, vícios e virtudes – se explica pela lei de hereditariedade e pela influência do meio. Basta reparar em torno de vós, e vereis um desmentido a esta asserção. (P. 142)

116. Não são a condição nem a origem que dão o talento ao indivíduo. Um pai ilustrado pode ter uma descendência medíocre e vice-versa. Laplace e Newton eram filhos de pobres camponeses. Faraday era simples encadernador. (P. 142)

117. É bem amargo assinalar que o Catolicismo e o materialismo concorrem, cada qual a seu modo, para aniquilar ou, pelo menos, dificultar o exercício das potências ocultas no ser humano – razão, vontade, liberdade... Como então nos admirarmos de que nossa civilização ainda apresente tantas chagas repugnantes, se o homem a si mesmo ignora, ignorando a extensão das riquezas que nele a mão divina colocou para sua felicidade e elevação? (P. 143)

118. Se o materialismo e o negativismo tivessem apenas sido os inimigos da superstição e da idolatria, ter-se-ia podido ver neles os agentes de uma transformação necessária, mas eles extrapolaram e preconizaram esse apego exclusivo às coisas materiais, que lentamente nos desarma, enfraquece e prepara para a queda e  para o desbarato. (P. 144)

119. Seria pueril acreditar que a fé do passado pode renascer. Para sempre se afrouxou o laço religioso que prendia os homens à Igreja romana. O Catolicismo já não está em condições de fornecer às sociedades modernas o alimento necessário à sua vida espiritual, à sua elevação moral. Os crentes atuais não são nem menos materiais, nem menos aferrados à fortuna, aos prazeres, aos gozos, do que os livres pensadores. (P. 146)

120. O Cristianismo era uma fé viva e radiante; o Catolicismo é apenas uma doutrina áspera e sombria, irreconciliável com os preceitos do Evangelho, não tendo para opor a seus críticos senão as afirmações de um dogma impotente. (P. 147)

121. O Cristianismo trouxe ao mundo, mais que todas as outras religiões, o amor ativo por todo aquele que sofre, a dedicação à Humanidade levada até ao sacrifício, a idéia de fraternidade na vida e na morte. (P. 148)

122. O Cristianismo, para renascer e resplandecer, deverá vivificar-se nessa fonte em que se desalteravam os primeiros cristãos. Terá que transformar-se, libertar-se de todo caráter miraculoso, voltar a ser simples, claro, racional. (P. 149)

123. A Religião deve inspirar-se nas modernas descobertas, nas leis da Natureza e nas prescrições da razão; deve fazer compreender que uma estreita solidariedade liga homens e Espíritos; deve mostrar, acima de tudo, a regra de soberana justiça, segundo a qual cada um colhe, através dos tempos, tudo o que semeou de bem e de mal. (P. 149)

124. Os fenômenos de além-túmulo são encontrados na base de todas as grandes doutrinas do passado, seja na Índia, na Grécia ou no Egito, onde esse estudo era privilégio de reduzido número de iniciados. (P. 152)

125. Foi, contudo, num mundo novo, menos escravizado aos preconceitos do passado – a América do Norte – que se produziram as primeiras manifestações do moderno Espiritualismo, dali se espalhando por todo o globo. (P. 154)

126. Essa nova revelação tomou um caráter científico, e foi por meio de fatos materiais que atraiu a atenção dos homens. Grosseiras no princípio, à proporção que se ganhava terreno, as manifestações transformaram-se. (P. 156)

127. De cinqüenta anos para cá, em todos os países o fenômeno espírita tem sido objeto de freqüentes investigações, empreendidas e dirigidas por comissões científicas. Céticos, sábios, professores célebres têm submetido esses fatos a um exame profundo e rigoroso.  ([1]) (P. 157)

128. O novo Espiritualismo apresenta-se hoje com um cortejo de provas, com um conjunto de testemunhos, tão imponente, que já não é possível a dúvida para os investigadores de boa fé.  Era isso que asseverava o professor Challis, da Universidade de Cambridge. É por isso que o movimento de propagação da idéia espírita se acentuou em toda a Terra.  Em toda parte, o Espiritismo possui as suas sociedades de experimentação, os seus divulgadores, os seus jornais.  (P. 158)  (Continua na próxima edição.)

 

 (1) O autor se refere ao período 1850-1900, quando efetivamente os fatos espíritas tiveram imensa notoriedade no mundo todo, primeiramente com Allan Kardec, depois com Charles Richet, fundador da Metapsíquica.
 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita