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Crônicas e Artigos
Ano 2 - N° 72 - 7 de Setembro de 2008

CHRISTINA NUNES
cfqsda@yahoo.com.br
Rio de Janeiro, RJ (Brasil)

Não gosto e não acredito!

 
Quando oferecemos algum paladar novo às crianças de certa faixa etária, é comum observarmos a reação: "Não gosto! Não quero!", ao que os pais, devidamente prevenidos, em muitas das vezes respondem: Não gosta como, se nunca provou?!

Venho observando o paralelo disso nas reações de muitas pessoas no que diz respeito às revelações de ordem espiritual que, como onda monumental tão bem-vinda, vêm presenteando as consciências no decorrer das últimas décadas. Muitos, acomodados às velhas "verdades" impostas pela ortodoxia secular de várias vertentes religiosas, sem maior verificação de ordem pessoal, reagem desse mesmo modo às novidades de um Universo mais vasto para todos nós. Com efeito, revidam a revelação maravilhosa da continuidade das nossas vidas para além dos limites da materialidade com estranha repulsa, do mesmo modo insólita, como faria um eventual encarcerado de décadas rejeitando as claridades do sol e o anúncio de que está, finalmente, livre para alçar vôo rumo a destinos mais gratos!

Faz algum tempo, alguém criou um fórum de discussão sobre uma das nossas obras psicografadas; e despertaram-me a curiosidade justamente algumas poucas respostas, nestes termos: "Deve ser de fato bom o livro, e a escritora merece todo o meu respeito... mas não acredito e não gosto!" Ao que de minha parte me detive, com embatucado humor, refletindo.

Como assim, não gosta?! – pensei. A reação, de fato, me recordou a das crianças diante do prato novo, mencionada acima. Porque aqui não se trata de gostar ou de não gostar de um paladar novo, de uma nova opção para o lanche ou almoço do dia, talvez exótico, cuja aceitação obedeça, em decorrência, a mero capricho de ordem individual. Trata-se de outra coisa: da nossa realidade pura e simples, que já nos rodeia desde agora, neste mesmo minuto!

Trata-se da vastidão da vida para além dos limites acanhados da materialidade que nos serve – a todos! – em caráter meramente transitório de aprendizado, e de cuja realidade nos mantemos durante este período mais ou menos dissociados, muito embora esses que assim se posicionam considerem, estranhamente, que somo, justo nós, os canais dessas mensagens oportunas, os alienados!

Trata-se da Vida viva, divina, palpitante em todos os setores do Cosmos e em tudo na Criação – e não de palavras mortas, deturpadas ao longo dos séculos, sepultadas em livros tidos como vivos! Da constatação pura e simples dos cenários gloriosos que nos aguardam a todos, logo ali, mais além, após a curva deste minuto vertiginoso dos estágios evolutivos nas esferas materiais!

Trata-se da materialização à luz do dia do que Jesus de há muito já nos asseverava, em épocas nas quais o espírito humano ainda se achava imaturo para compreender: a palavra é morta; o espírito vivifica!

Não acredito e não gosto!

É de se refletir, caros leitores, se de alguma coisa adianta "não acreditar". Se o cego, efetivamente, se obstinasse a não acreditar no sol e na luz, única e exclusivamente por não dispor, momentaneamente, da comprovação perceptiva dos mesmos, acaso deixariam de existir, obedecendo a limitações não mais que restritas a alguns?!

Isto me recorda a passagem de uma obra do Espírito André Luiz, psicografada pelo nosso Chico Xavier, na qual ele nos dá conhecimento da existência, nas dimensões invisíveis, dos "Espíritos endurecidos". Conta-nos sobre as realidades que nos aguardam em sintonia com as nossas convicções íntimas, já que a Criação funciona em consonância com a lei das afinidades vibratórias e jamais nos violenta no terreno sagrado do livre-arbítrio – nem mesmo no que se relaciona a meras convicções!

Aqueles Espíritos inertes, em estado letárgico de sono pétreo, agrupados num dos recintos das unidades socorristas das colônias espirituais, eram justo algumas dessas almas que insistem em crer no nada. Ora, se, pois, tudo o que esperavam e quase que desejavam para si após a transição era o nada – mesmo em pleno oceano de Vida contínua! –, seu estado mental não mais fez que situá-las segundo as suas expectativas, até ao ponto em que espontaneamente despertassem para alguma modificação significativa de ordem interior que lhes alterasse a condição lamentável na qual se achavam!

O episódio ilustra, meus amigos, as razões pelas quais devemos cuidar do que defendemos tão encarniçadamente no que diz respeito ao quesito mais importante dos nossos destinos, qual o do alcance de nossa consciência, do nosso entendimento para as maravilhosas realidades maiores que nos aguardam no mais além! Pois se o Criador nos abençoa em nossa própria intimidade espiritual com as magnificências maiores, eternas, indescritíveis, do Universo, por que haveríamos de nos apegar ao recinto acanhado de uma visão da vida que correspondeu a épocas em que o espírito humano apenas ainda não se via pronto para entender – ademais prejudicado pelo tolhimento de informações que muitas instituições religiosas, estabelecidas no decorrer dos séculos, primaram por nos outorgar, visando à monopolização e à manipulação de consciências?

Escolhamos, pois, os tempos novos: as novas Boas Novas, a evolução contínua, a liberdade, enfim!

Nada de recusar o prato novo apenas por ser novo, antes de lhe experimentar o paladar, para não se incorrer em infantilidade espiritual em tempos que já nos cobram amadurecimento evolutivo em favor da melhoria de nós mesmos e, por conseguinte, do nosso mundo!
 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita