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Crônicas e Artigos
Ano 2 - N° 69 - 17 de Agosto de 2008

ROGÉRIO COELHO
rcoelho47@yahoo.com.br
Muriaé, Minas Gerais (Brasil)

 

Contradição só na aparência

“Tendo olhos, não vedes? e, tendo ouvidos, não ouvis?” Jesus (Mc., 8:18.)

A carta de Paulo aos Coríntios (1) permanece – ainda – plena de atualidade:

“(...) Não que sejamos capazes, por nós, de pensar alguma coisa, como de nós mesmos; mas a nossa capacidade vem de Deus, o qual nos fez também capazes de ser ministros dum novo testamento, não da letra, mas do espírito; porque a letra mata, mas o espírito vivifica”.

Não raras criaturas, com ares de auto-suficiência acoplada a muita presunção e petulância, percorrem em leitura dinâmica, “a vol d`oiseau”, as letras evangélicas, atropelando os conceitos e, com as distorcidas lentes da ignorância, concluem que o Meigo Rabi é contraditório e que Seus ensinos estão defasados frente à realidade hodierna, quão eivados de paradoxos...

A “capacidade” deles vem deles mesmos e não de Deus, conforme assinala Paulo; por isso têm olhos e não vêem, têm ouvidos e não ouvem. Suas ilações ficam na “horizontal” da letra que mata, sem conseguir alçar o vôo na “vertical” do espírito que vivifica. E assim permanecem incrédulos e escarnecedores até que a misericórdia divina os atenda em seu tremedal de ignorância.

Os ensinamentos de Jesus são eternos e não passarão. Ele não perdia oportunidade de encaminhar as criaturas para o auto-aprimoramento. Há que se considerar as injunções e circunstâncias de cada ensinamento, o seu momento psicológico de nuanças muito sutis...

Assim, quando Jesus disse ao Mancebo de Qualidade: “Vai, vende tudo o que tens e dá aos pobres” e em outra oportunidade repreende a Judas por querer vender o bálsamo que a ex-equivocada derramava em Seus pés, alegando que podia vendê-lo e dar o dinheiro aos pobres, o paradoxo é aparente apenas. O Moço Rico precisava da lição do desprendimento, vez que o apego à riqueza era o único laço que o impedia de progredir espiritualmente, enquanto que o bálsamo derramado em Seus pés era a forma daquela mulher demonstrar o seu carinho e agradecimento a Jesus – que disse: “Os pobres sempre os tereis convosco”.

Quando o Meigo Rabi perguntou (2): “Quem é minha mãe, quem são meus irmãos?”, Ele não estava menosprezando Sua consangüinidade, pois que o mandamento “honrar pai e mãe” não foi revogado. Apenas, naquele momento queria mostrar a imperiosa necessidade de colocarmo-nos todos sob a custódia de Deus, fazendo-Lhe a vontade.

Ao enunciar: “Não vim trazer a paz, mas a espada”, absolutamente não estava incentivando estados de beligerância, mas apenas queria dizer que Seus ensinamentos iriam dividir, muitas vezes na mesma casa, aqueles que os aceitariam e os que os rechaçariam, esgrimindo entre si a espada da intolerância.

Jesus é o Pacificador do mundo!... 

Onde quer que chegasse, sempre saudava assim:

“Paz seja convosco!...”

Como poderia estimular a guerra?   

Jesus, nosso Mestre Maior, “modelo e guia mais perfeito”, jamais entrou em contradição, que só é apontada por aqueles que se comprazem nos abissais desníveis da ignorância, enovelados em falsos conceitos e preocupados tão-somente em incensar a própria ambição e sua pseudo-auto-suficiência, nada admitindo que possa modificar seu “modus-vivendi” e muito menos de que existe algo acima deles.

Com tais, nada se pode fazer senão entregá-los à própria sorte, pois só Deus e o tempo lograrão alterar sua indigência espiritual em alcandorada emancipação, albergando-os em Sua infinita misericórdia, mas, sem embargo, permitindo que Seus mensageiros “lhes submetam a vontade rebelde ao controle da dupla ação do freio e da espora porque a nossa capacidade vem d`Ele para vermos o espírito que vivifica além da letra que mata”.


Referências:

(1)   Paulo. (II Cor., 3:5 a 6.)

(2)   Jesus. (Mt., 12:48.)
 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita