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Crônicas e Artigos
Ano 2 - N° 67 - 3 de Agosto de 2008

CRISTIAN MACEDO
cristianmacedo@potencial.net
Porto Alegre, Rio Grande do Sul (Brasil)
 

No tempo de Allan Kardec
era diferente

 
Venho colaborando e divulgando o material produzido por um grupo idealizado por Maria Carolina Gurgacz.

O GEFE (Grupo de Estudos da Filosofia Espírita) elabora trabalhos a partir de uma perspectiva histórica. Os conceitos apresentados por Allan Kardec são pesquisados e organizados em uma espécie de linha do tempo.

A crítica mais ouvida é a seguinte: "Isto era no tempo de Allan Kardec. Não funciona nos dias de hoje".

Bem... É sabido que a maioria das orientações de Allan Kardec relativas às questões operacionais de um grupo espírita não é aceita pelos espíritas de hoje; e isso é fato. Logo, é também fato que no tempo de Allan Kardec era diferente.

Mas será que isto significa um aperfeiçoamento?

Será que, por funcionar de maneira diferente, os núcleos espíritas de hoje são melhores?

Não vou tentar responder esta questão aqui. Apenas levantá-la. 

Ao longo desses dez anos de convívio com espíritas percebi que muitos dos chamados "assuntos polêmicos" são polêmicos por desconhecimento doutrinário. Na medida em que se conhece Espiritismo o diálogo fica mais claro, mais aberto e conciliador.

É óbvio que temos muita criatividade entre os espíritas pós-Kardec.

Muitos conceitos foram elaborados por estes espíritas, e alguns deles se chocam com os escritos de Allan Kardec. Quando os espíritas que defendem estes conceitos, diferentes dos kardequianos, se deparam com o próprio codificador afirmando o contrário apenas dizem: "Isto era no tempo de Allan Kardec."

Engraçado que estes mesmos espíritas se dizem defensores da pureza doutrinária.

Que pureza será esta?

Não sei.

Voltando ao Grupo... O GEFE não se propõe a orientar ninguém, apenas a divulgar as idéias de Allan Kardec.

É claro que núcleos espíritas de hoje funcionam de um jeito diferente da época do Codificador. É claro que estamos em outro tempo. No entanto, quando um espírita se sente incomodado por ver divulgadas as idéias de Allan Kardec presentes em textos de conteúdo desconhecido da maioria (e arrisco dizer que não são poucos) algo muito estranho está acontecendo...

Como Allan Kardec pode irritar espíritas? Como as idéias que elaboraram o edifício doutrinário podem ser taxadas de polêmicas por alguns espíritas da atualidade.

Que optem por desconsiderá-las em suas atividades, sem problemas. O livre-arbítrio deve ser respeitado. O que não se pode, creio eu, é tentar diminuir a figura de Allan Kardec por dar orientações que não lhes agradem, ou publicar mensagens que eles, espíritas de hoje, não publicariam.

É o caso da mensagem, "Um remédio dado pelos espíritos", que foi publicada por Allan Kardec e transcrita no blog do Grupo (www.espiritafilosofia.blogspot.com).

Outra avalanche de críticas se deu com o lançamento do trabalho histórico intitulado "Podemos evocar os mortos?" que retrata um longo debate entre alguns clérigos e Allan Kardec.

Estes textos históricos (pois escritos no século XIX) publicados por Allan Kardec precisam ser lidos. Apenas isto... é cultura geral.

E que ninguém se irrite com o Codificador, pois, como dizem, "no tempo de Allan Kardec era diferente".
 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita