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Crônicas e Artigos
Ano 2 - N° 66 - 27 de Julho de 2008

ROGÉRIO COELHO
rcoelho47@yahoo.com.br
Muriaé, Minas Gerais (Brasil)

 

Causas anteriores das aflições

"Se não recebes o retributo do bem próximo que fizeste, é porque te estão chegando os efeitos do mal que realizaste antes." (Joanna de Ângelis) 

 
Receber espinhos após a sementeira de flores e sorver o fel na taça em que oferecemos a linfa do amor, parece ser algo a caracterizar profunda incompatibilidade com as informações que Jesus nos trouxe, inclusive com a registrada em Mateus (l6: 27):   
 

"Cada um receberá de acordo com as suas obras". 

Quando somos esmagados pelos infortúnios de vária ordem, emboscamo-nos na furna da aflição sem nome e surge logo a pergunta: Que fiz para merecer tal? 

"Deus é Justo” e justa há de ser a causa dos males que nos são infligidos, leciona com sabedoria Allan Kardec. 

Ao sondarmos os mais profundos escaninhos da alma percorrendo-lhe todas as anfractuosidades no intuito de averiguar o que poderia ter desencadeado o dissabor e não conseguindo identificar nada que o justifique é porque as raízes da aflição de hoje estão implantadas nos equívocos perpetrados nas transatas experiências palingenésicas. 

No capítulo cinco de "O Evangelho segundo o Espiritismo", o singular Mestre Lionês alinha uma série de painéis que visam clarear com a peregrina luz da lógica nossa compreensão sobre tais fatos tão corriqueiros nas Vidas de todos nós, Espíritos milenarmente refratários à disciplina e às Leis Divinas. Pincemos alguns para nossas ilações: 

"Os sofrimentos devidos a causas anteriores à existência presente, como os que se originam de culpas atuais, são muitas vezes a conseqüência da falta cometida, isto é, o homem, pela ação de uma rigorosa justiça distributiva, sofre o que fez sofrer aos outros. Se foi duro e desumano, poderá ser a seu turno tratado duramente e com desumanidade; se foi orgulhoso, poderá nascer em humilhante condição; se foi avaro, egoísta, ou se fez mau uso de suas riquezas, poderá ver-se privado do necessário; se foi mau filho, poderá sofrer pelo procedimento de seus filhos etc... 

Assim se explicam pela pluralidade das existências e pela destinação da Terra, como mundo expiatório, as anomalias que apresenta a distribuição da ventura e da desventura entre os bons e os maus neste planeta. Semelhante anomalia, contudo, só existe na aparência, porque considerada tão-só do ponto de vista da vida presente. Aquele que se elevar, pelo pensamento, de maneira a apreender toda uma série de existências, verá que a cada um é atribuída a parte que lhe compete, sem prejuízo da que lhe tocará no mundo dos Espíritos, e verá que a justiça de Deus nunca se interrompe. 

Não podendo Deus punir alguém pelo bem que fez, nem pelo mal que não fez, se somos punidos, é que fizemos o mal; se esse mal não o fez na presente vida, tê-lo-emos feito noutra. É uma alternativa a que ninguém pode fugir e em que a lógica decide de que parte se acha a justiça de Deus". 

Aqueles que estão à nossa frente nos estudos e compreensão das Leis Divinas são unânimes em levantar o ânimo dos caídos nas vascas das aflições com as consoladoras palavras de esperança num porvir risonho. Santo Agostinho fá-lo assim:     

"Ditosos são os que sofrem e choram! Alegres estejam suas almas, porque Deus as cumulará de bem-aventuranças".  

Lacordaire aduz: 

"Bem-aventurados os aflitos pode traduzir-se assim: bem-aventurados os que têm ocasião de provar sua fé, sua firmeza, sua perseverança e sua submissão à vontade de Deus, porque terão centuplicada a alegria que lhes falta na Terra, porque depois do labor virá o repouso". 

São essas as informações com as quais o Espiritismo enriquece nosso conhecimento, alimentando de esperanças e consolações a todos nós que ainda estamos sob o guante das aflições geradas por uma atávica economia espiritual onerada pelos desvios e equívocos pretéritos.
 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita