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Estudando as obras de Kardec
Ano 2 - N° 66 - 27 de Julho de 2008

ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@oconsolador.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)

A Revue Spirite de 1861

Allan Kardec 

(1a Parte)

Iniciamos hoje o estudo da Revue Spirite correspondente ao ano de 1861. O texto condensado do volume citado será aqui apresentado em 14 partes, com base na tradução de Júlio Abreu Filho publicada pela EDICEL.

Questões preliminares

A. No tratamento da obsessão de um rapaz, o papel dos pais é importante ?

Sim. Comentando o caso de um jovem que padecia um processo obsessivo, São Luís diz que um bom Espírito nada pode sobre outro, a não ser moralmente; nunca fisicamente. Naquele caso, seria preciso chamar o concurso de bons Espíritos, para atuar sobre o rapaz e torná-lo menos acessível às impressões dos maus Espíritos. Lembrando que nesses casos a prece é sempre boa, ela de nada serviria se não fosse secundada por aqueles mais interessados no caso, isto é, os pais do rapazinho. (Revue Spirite de 1861, pp. 27 e 28.)

B. Por que o futuro nos é ocultado?

Reportando-se a uma mensagem do Espírito de Cazotte, Kardec diz que o futuro nos é oculto por uma lei de Deus, aliás muito sábia, visto que tal conhecimento prejudicaria o nosso livre-arbítrio e nos levaria à negligência. (Obra citada, p. 33.)

C. Quem foi e quando viveu São Luís?

Segundo nota redigida pelo tradutor Júlio Abreu Filho, São Luís foi, numa anterior encarnação, Luís IX, rei de França. Nascido em 1215 e morto em 1270, Luís IX, conhecido por sua bondade, foi canonizado pela Igreja em 1297. (Obra citada, p. 39.) 

Texto para leitura

1. No ano de 1861, quando apareceu a primeira edição de “O Livro dos Médiuns”, Kardec empreendeu a sua segunda viagem espírita pelas províncias, visitando as cidades de Sens, Mâcon, Lião e Bordéus. (Introdução.)

2. Ao regressar da viagem, Kardec tratou da segunda edição de “O Livro dos Médiuns”, cuja primeira edição esgotou-se rapidamente. (Introd.)

3. Na Sociedade Espírita de Paris, a 30-11-1860, vários membros relatam um interessante fenômeno: a elevação de uma pessoa, por influência mediúnica de duas mocinhas de 15 e 16 anos que, pondo dois dedos nas barras da cadeira, a elevam a cerca de um metro, seja qual for o peso da pessoa. (P. 4)

4. A Revue noticia o ataque feito pelo Sr. Georges Gandy, redator de La Bibliographie Catholique, ao Espiritismo, e apresenta a análise feita por Kardec às críticas do Sr. Gandy. (PP. 8 a 16)

5. Há um ponto que o Sr. Gandy não perdoa ao Espiritismo – diz Kardec –: é o não haver proclamado esta máxima: “Fora da Igreja não há salvação” e admitir que aquele que faz o bem possa ser salvo das chamas eternas. (P. 12)

6. Kardec publica parte de uma carta do Sr. Canu, ex-materialista, em que o missivista analisa a questão da incredulidade, visando a esclarecer a todos aqueles a quem havia transviado com suas idéias materialistas. (PP. 16 a 24)

7. Aludindo à formação do mundo, diz o Sr. Canu que um globo não sai repentinamente do nada, coberto de florestas, de prados e de habitantes: “Não: Deus seguramente procede com mais lentidão; tudo segue uma lei lenta e progressiva, não porque Deus hesite ou tenha necessidade de lentidão, mas porque suas leis são assim e são imutáveis”. (P. 20)

8. Tudo quanto não é Deus, afirma Canu, necessita aperfeiçoar-se: é precisamente para esse aperfeiçoamento que é dado um corpo ao Espírito, pois que, sem a matéria, ele não poderia manifestar-se e, assim, progredir. (P. 21)

9. Canu reporta-se ao sofrimento experimentado pelos Espíritos mais perversos ainda inacessíveis à vergonha e ao remorso: empolgados pelo mal, mas impotentes para o fazer, sofrem a inveja de ver os outros mais felizes que eles. (P. 23)

10. A Revue noticia a ocorrência de fenômenos no departamento de Aube, verificados em 1856 em casa do Sr. R..., e até certo ponto parecidos com as manifestações de Bergzabern (veja Revue Spirite de 1858). A pessoa que é objeto das manifestações é o filho do Sr. R..., com doze anos à época. Os fenômenos geralmente se produzem quando o menino se deita e começa a dormir. Ao despertar, o garoto não tem a menor a idéia do que se passou. (PP. 25 e 26)

11. Além de pancadas, arranhaduras, assobios, ruídos como a de uma serra, o balançar do leito e a suspensão magnética, o Espírito traz objetos muito volumosos. Perguntado como os obtém, ele responde que os tira de gente desonesta. Se lhe pregam moral, fica irado e chega a cuspir no rosto das pessoas. (P. 25 e 26)

12. Explicando o caso, São Luís ensina que um bom Espírito nada pode sobre outro, a não ser moralmente; nunca fisicamente. No caso narrado, seria preciso chamar o concurso de bons Espíritos, para atuar sobre o rapaz e torná-lo menos acessível às impressões dos maus Espíritos. (P. 27)

13. “O mau Espírito que o obsidia -- diz São Luís -- não o largará facilmente, desde que não é fortemente repelido por ninguém.” Confirmando que nesses casos a prece é sempre boa, ela, contudo, de nada serviria se não fosse secundada por aqueles mais interessados no caso, isto é, os pais do rapazinho. (PP. 27 e 28)

14. Evocado, o Espírito tratou com rudeza o evocador, mas informou, depois, que a fúria do jovem médium, quando era magnetizado, se devia a ele (Espírito) e não ao rapaz: “Não era ele quem se encolerizava: era eu”. (PP. 29 e 30)

15. Por que se encolerizava?, perguntou Kardec. O Espírito respondeu: “Não tenho nenhum poder sobre esse homem (o Sr. L..., o magnetizador), que me é superior: por isso não posso suportá-lo”. “Ele quer arrebatar-me aquele que tenho sob o meu domínio. E isso eu não quero.” (P. 30)

16. Analisando esse caso, Kardec assevera: “Sem dúvida esse Espírito é muito mau e pertence ao bas-fond do mundo espírita”. Ele diz, porém, que Espíritos assim são menos perigosos do que os Espíritos fascinadores, que, com segunda intenção, sabem inspirar em certas pessoas uma cega confiança em suas palavras. (P. 30)

17. Comentando mensagem do Espírito de Cazotte, Kardec afirma que o futuro nos é oculto por uma lei muito sábia da Providência, pois que tal conhecimento prejudicaria o nosso livre arbítrio e nos levaria à negligência. (P. 33)

18. Em nota aposta pelo tradutor, vemos que São Luís é o mesmo Luís IX, rei de França, nascido em 1215 e morto em 1270. Muito virtuoso, foi Luís IX canonizado pela Igreja em 1297. (P. 39) (Continua no próximo número.)   


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita