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Estudando a série André Luiz
Ano 2 - N° 66 - 27 de Julho de 2008

MARCELO BORELA DE OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)  

No Mundo Maior

André Luiz

(4a Parte)

 
Damos seguimento ao estudo da obra
No Mundo Maior, de André Luiz, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier, publicada em 1947 pela Federação Espírita Brasileira.

Questões preliminares

A. O perispírito também evoluiu ao longo dos séculos?

R.: Sim. O organismo perispirítico é fruto do processo evolutivo. "Somos filhos de Deus e herdeiros dos séculos, conquistando valores, de experiência em experiência, de milênio a milênio”, diz Calderaro. Todas as forças da Cria­ção aperfeiçoam-se no Infinito. A crisálida de consciência, que re­side no cristal a rolar na corrente do rio, aí se acha em processo li­beratório; as árvores que por vezes se aprumam centenas de anos, a su­portar os golpes do inverno e acalentadas pelas carícias da primavera, estão conquistando a memória; a fêmea do tigre, lambendo os filhinhos recém-natos, aprende rudimentos do amor; o símio, guinchando, organiza a faculdade da palavra. (No Mundo Maior, cap. 3, pp. 44 e 45.) 

B. Como Calderaro descreve o cérebro humano?

R.: Calderaro diz que nosso cérebro divide-se em três regiões distintas, como se fosse um castelo de três andares: no primeiro situa-se a residência de nossos impulsos automáticos,, simbolizando o sumário vivo dos serviços realizados; no segundo localiza-se o domicílio das conquistas atuais, onde se er­guem e se consolidam as qualidades nobres que estamos edificando; no terceiro encontra-se a casa das noções superiores, indicando as eminên­cias que nos cumpre atingir. Num deles moram o hábito e o automatismo; no outro re­sidem o esforço e a vontade, e no último demoram o ideal e a meta su­perior a ser alcançada. Assim, estão distribuídos nos três andares o subconsciente, o consciente e o superconsciente, representando, res­pectivamente, o passado, o presente e o futuro. (Obra citada, cap. 3, pp. 46 e 47.) 

C. Que é que determina a densidade do organismo perispiritual?

R.: É o gênero de vida de cada um, no invólucro carnal, que determina a densidade do organismo perispirítico após a perda do corpo denso. Como é o cérebro que traduz a mente, manancial de nos­sos pensamentos, através dele unimo-nos à luz ou à treva, ao bem ou ao mal. (Obra citada, cap. 3, pp. 49 e 50.) 

Texto para leitura

19. O cérebro da entidade desencarnada - André Luiz observou que nos lobos frontais as zonas de associação eram quase brilhantes. Do córtex motor, até a extremidade da medula espinhal, a claridade diminuía, para tornar-se ainda mais fraca nos gânglios basais, de onde se irra­diam as fibras nervosas. Depois, ele examinou o cérebro da entidade desencarnada, que não percebera a presença no recinto dos dois visi­tantes, em virtude do círculo de vibrações grosseiras em que se man­tinha. Após detido exame, André concluiu que, exceto a configuração das peças e o ritmo vibratório, os dois cérebros eram quase idênticos. "Diferia o campo mental do desencarnado, revelando alguma superiori­dade no terreno da substância, que, no corpo perispiritual, era mais leve e menos obscura", anotou André. As divisões luminosas eram, po­rém, análogas em tudo. Mais luz nos lobos frontais, menos luz no cór­tex motor e quase nenhuma na medula espinhal, onde as irradiações se faziam difusas e opacas. O organismo perispirítico é fruto igualmente do processo evolutivo. "Não somos criações milagrosas, destinadas ao adorno de um paraíso de papelão", asseverou Calderaro. "Somos filhos de Deus e herdeiros dos séculos, conquistando valores, de experiência em experiência, de milênio a milênio." Assim, todas as forças da Cria­ção aperfeiçoam-se no Infinito. "A crisálida de consciência, que re­side no cristal a rolar na corrente do rio, aí se acha em processo li­beratório; as árvores que por vezes se aprumam centenas de anos, a su­portar os golpes do Inverno e acalentadas pelas carícias da Primavera, estão conquistando a memória; a fêmea do tigre, lambendo os filhinhos recém-natos, aprende rudimentos do amor; o símio, guinchando, organiza a faculdade da palavra", acrescentou o Assistente. Estamos longe ainda da obra completa e muito suor será necessário para aprimorar-nos. O Pai estabeleceu como lei universal que seja a perfeição obra de coope­rativismo entre Ele e nós, os seus filhos. (Cap. 3, pp. 44 e 45) 

20. O cérebro é como um castelo de três andares - O Assistente Calde­raro, após uma rápida digressão sobre a evolução do corpo humano, começou a dissertar sobre a composição do cérebro e suas funções: "No sistema nervoso, temos o cérebro inicial, repositório dos movimentos instintivos e sede das atividades subconscientes; figuremo-lo como sendo o porão da individualidade, onde arquivamos todas as experiên­cias e registramos os menores fatos da vida. Na região do córtex mo­tor, zona intermediária entre os lobos frontais e os nervos, temos o cérebro desenvolvido, consubstanciando as energias motoras de que se serve a nossa mente para as manifestações imprescindíveis no atual mo­mento evolutivo de nosso modo de ser. Nos planos dos lobos frontais, silenciosos ainda para a investigação científica do mundo, jazem mate­riais de organização sublime, que conquistaremos gradualmente, no es­forço de ascensão, representando a parte mais nobre de nosso organismo divino em evolução". Dito isso, e para que não pairasse qualquer dú­vida sobre suas palavras, Calderaro esclareceu: "Não podemos dizer que possuímos três cérebros simultaneamente. Temos apenas um que, porém, se divide em três regiões distintas. Tomemo-lo como se fora um castelo de três andares: no primeiro situamos a residência de nossos impulsos automáticos,, simbolizando o sumário vivo dos serviços realizados; no segundo localizamos o domicílio das conquistas atuais,, onde se er­guem e se consolidam as qualidades nobres que estamos edificando; no terceiro, temos a casa das noções superiores, indicando as eminên­cias que nos cumpre atingir". Continuando suas explicações, Calderaro acrescentou que num deles moram o hábito e o automatismo; no outro re­sidem o esforço e a vontade, e no último demoram o ideal e a meta su­perior a ser alcançada. Assim, estão distribuídos nos três andares o subconsciente, o consciente e o superconsciente, representando, res­pectivamente, o passado, o presente e o futuro. (Cap. 3, pp. 46 e 47) 

21. Enfermidade do corpo espiritual - Poderia o cérebro de um desen­carnado adoecer? Essa pergunta formulada por André Luiz levou Calde­raro a enaltecer o trabalho de Paul Broca, que identificou a enfermi­dade do centro da palavra, bem como o de Wagner Jauregg, que se dedi­cou à cura da paralisia, em perseguição ao espiroqueta da sífilis, até encontrá-lo no recesso da matéria cinzenta, perturbando as zonas moto­ras. "Diante de fenômenos como estes – afirmou Calderaro –, é com­preensível a quebra da harmonia cerebral em conseqüência de compulso­riamente se arredarem das aglutinações celulares do campo fisiológico os princípios do corpo perispiritual; essas aglutinações ficam, então, desordenadas em sua estrutura e atividades normais, qual acontece ao violino incapacitado para a execução perfeita dum trecho melódico, por trazer uma ou duas cordas desafinadas". Disso resulta "a impossibili­dade de querermos `psicologia equilibrada' sem `fisiologia harmo­niosa', na esfera da ciência humana. A mente desencarnada pode, sim, adoecer... A maldade deliberada é moléstia da alma; o ódio constitui morbo terrível; existem "vermes mentais" da tristeza e da inconforma­ção. Constitui-nos, pois, incessante trabalho a conservação de nossa forma atual, a caminho de conquistas mais altas. Não podemos descansar nos processos iluminativos; cumpre-nos purificar sempre, selecionar pendores e joeirar concepções, de molde a não interromper a marcha. Milhões de indivíduos permanecem na carne ou nos planos espirituais mais baixos da evolução, sob o guante de atroz demência. É para eles que devemos cogitar da patologia do espírito, socorrendo os mais infe­lizes e interferindo fraternal e indiretamente na solução dos problemas escabrosos em cujos fios negros se enredam. (Cap. 3, pp. 47 a 49) 

22. O gênero de vida determina a densidade do perispírito - O corpo perispiritual humano é, por ora, a nossa mais alta conquista na Terra, no capítulo das formas, afirmou o Assistente Calderaro. Para as almas esclarecidas, já iluminadas de redentora luz, representa ele uma ponte para o campo superior da vida eterna, ainda não atingido por nós mes­mos; para os espíritos vulgares, é a restrição indispensável e justa; para as consciências culpadas, é cadeia intraduzível, pois registra os erros cometidos, guardando-os com todas as particularidades vivas dos negros momentos da queda. O gênero de vida de cada um, no invólucro carnal, determina a densidade do organismo perispirítico após a perda do corpo denso. Como é o cérebro que traduz a mente, manancial de nos­sos pensamentos, através dele unimo-nos à luz ou à treva, ao bem ou ao mal. Após essas explicações, o Assistente referiu-se aos dois enfer­mos: "Examinamos aqui dois enfermos: um, na carne; outro, fora dela. Ambos trazem o cérebro intoxicado, sintonizando-se absolutamente um com o outro. Espiritualmente, rolaram do terceiro andar, onde situamos as concepções superiores, e, entregando-se ao relaxamento da vontade, deixaram de acolher-se no segundo andar, sede do esforço próprio, per­dendo valiosa oportunidade de reerguer-se; caíram, destarte, na esfera dos impulsos instintivos, onde se arquivam todas as experiências da animalidade anterior. Ambos detestam a vida, odeiam-se reciprocamente, desesperam-se, asilam idéias de tormento, de aflição, de vingança. Em suma, estão loucos, embora o mundo lhes não vislumbre o supremo dese­quilíbrio, que se verifica no íntimo da organização perispiritual". (Cap. 3, pp. 49 e 50) 

23. A obsessão tinha por origem um crime - Com a mão direita espalmada sobre o lobo frontal esquerdo do enfermo encarnado, Calderaro relatou a história que prendia o doente e seu verdugo desencarnado. Vinte anos atrás, o primeiro assassinou o segundo. Eles trabalhavam juntos, em grande cidade, entregues ao comércio de quinquilharias. O homicida era empregado da vítima desde a infância. Atingida a maioridade, exigiu do patrão, que passara a tutor, o pagamento de vários anos de serviço. Ne­gou-se o comerciante, terminantemente, a satisfazê-lo, alegando as fa­digas que tivera para assisti-lo na infância e na juventude. Até ali, tivera-o na conta de um filho. Estalou a contenda; palavras rudes fo­ram trocadas entre vibrações de cólera, e no auge da ira, o rapaz as­sassinou o patrão, dominado por selvagem fúria. Antes, porém, de fugir do local, o homicida tirou do cofre a quantia a que se supunha com direito e o crime acabou sem solução, porquanto o rapaz disfarçou muito bem seus sentimentos e, além disso, mostrou-se devotado amigo da viúva e dos dois filhos do tutor falecido. (Cap. 4, pp. 51 e 52) (Continua no próximo número.)
 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita