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Crônicas e Artigos
Ano 2 - N° 65 - 20 de Julho de 2008

SÉRGIO LUIZ CAMPANI  
campani@volume4.com.br  
Araraquara, São Paulo (Brasil)
 

Questionamentos Interiores

 


No universo literário espírita brasileiro o romance mediúnico ocupa espaço considerável. Inaugurado nos anos 1940 por Chico Xavier e Waldo Vieira, com autorias de Emmanuel e André Luiz, o gênero é hoje responsável pela presença de muitas centenas de títulos nas estantes das livrarias. Não só nas estantes, mas também nas listas de mais vendidos. Infelizmente nem todos merecem estar nas livrarias. É produção mediúnica de autenticidade duvidosa, em que o interesse comercial fala mais alto. Em outra oportunidade esse tema será retomado aqui.

 

Se há uma farta produção de romances mediúnicos, o mesmo não se dá com os não-mediúnicos. Poucos títulos estão disponíveis. Apareceu há pouco no mercado, nessa categoria, o romance Questionamentos Interiores, lançado pela Mythos Editora, de São Paulo. O autor é o jovem Rodinei Carlos de Moura, de Matão-SP. Aos 30 anos, Rodinei lança seu segundo livro, o primeiro romance.

 

Em 151 páginas, o autor utiliza como argumento para sua história um acidente aéreo no qual desencarna um grupo de jovens recém-formados na universidade e que eram muito unidos pela amizade. No plano espiritual, depois do período de adaptação, eles se encontram novamente, reunidos por um mentor espiritual. São informados de uma nova reencarnação, após curso preparatório. Na nova experiência, entretanto, não estariam mais reunidos, devendo seguir caminhos diversos.

 

A partir dessa situação, o autor relata a nova experiência de cada um dos seus personagens, que vivenciam problemas existenciais tão comuns nos nossos dias.

 

Assim, desfilam pelas páginas de Questionamentos Interiores personalidades ponderadas, entusiasmadas, arrogantes, pacíficas, questionadoras, sonhadoras, pragmáticas, racionais, pessimistas. Alegrias, decepções, descaminhos, mágoas, angústias vão compor o clima em que são mergulhadas essas personalidades, no cumprimento da Lei segundo a qual a cada um é dado segundo suas obras. Colhem  o que plantaram no passado. Ao mesmo tempo plantam de novo aquilo que vão colher mais tarde com dor e sofrimento.

 

Ao relatar os dramas e inquietações dos seus personagens o autor introduz em cada história a presença de alguém para ser o porta-voz das esperanças e consolações que o Espiritismo oferece por socorro aos sofredores. É o dirigente do Centro Espírita, o orador, a mãe devotada, o pai compreensivo, o amigo sincero, o filho ou filha já esclarecidos nas verdades da Espiritualidade. Aqui o autor tem o grande mérito de buscar na base da Doutrina Espírita os textos de que se vale para os aconselhamentos que coloca na boca desses personagens. Revela possuir uma formação doutrinária assentada na Codificação.

 

Em tempos atuais, em que tanto se ouve falar, em nome do Espiritismo, de teorias inovadoras que só desfiguram a pureza doutrinária e que, infelizmente, vão sendo amplamente disseminadas em livros e em centros espíritas,  o trabalho de  Rodinei se contrapõe como um alento contra essa tendência.
 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita