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Estudando a série André Luiz
Ano 2 - N° 65 - 20 de Julho de 2008

MARCELO BORELA DE OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)  

No Mundo Maior

André Luiz

(3a Parte)

 
Damos seguimento ao estudo da obra
No Mundo Maior, de André Luiz, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier, publicada em 1947 pela Federação Espírita Brasileira.

Questões preliminares

A. A vida na colônia espiritual em que André se achava era muito diferente do que ocorre em nosso plano?

R.: Não muito. O trabalho na colônia era intenso, com escassas horas reservadas a excursões de entretenimento, mas o ambiente de felicidade e alegria favorecia a marcha evolutiva. Os templos constituíam abençoados núcleos de conforto e de revigora­mento e nas associações culturais e artísticas encontrava-se a conti­nuidade da existência terrestre, enriquecida, porém, de múltiplos ele­mentos educativos. O campo social regurgitava de oportunidades mara­vilhosas para a aquisição de afeições inestimáveis e os lares erguiam-se entre jardins encantadores. Não faltavam ali determinações e deve­res, ordem e disciplina, mas a serenidade era o clima habi­tual, e a paz, a dádiva de cada dia. (No Mundo Maior, cap. 3, pp. 38 a 40.) 

B. O arrependimento é importante no processo de regeneração dos indivíduos?

R.: Sim. O arrependimento é caminho para a re­generação, mas não um passaporte para o céu, como se ensina em determinados núcleos evangélicos. Sua importância é, no entanto, muito grande. (Obra citada, cap. 3, pp. 39 e 40.) 

C. Como o assistente Calderaro define a revolta e a perversidade?

R.: Calderaro disse a André Luiz que é preciso compreender a perversidade como loucura, a revolta como ignorância e o desespero como enfermidade. Ante a perplexidade do discípulo, ele explicou que essas definições não eram dele. Fo­ram aprendidas com Jesus, em seu trato divino com a nossa posição de inferioridade na Terra. (Obra citada, cap. 3, pp. 40 e 41.) 

Texto para leitura

15. Os ociosos são considerados sugadores da Terra - Destacando o va­lor do trabalho e da responsabilidade, Eusébio referiu que os ociosos, sejam eles monarcas, príncipes, ministros, legisladores, sacerdotes ou generais, classificam-se na ordem dos sugadores da Terra. Esses não chegam a assinalar sua permanência provisória na Crosta; adejam como insetos multicores, mas tornam depois à poeira de que se alçaram tem­porariamente. É fundamental, portanto, estando no corpo de carne, va­ler-nos da luz para as edificações necessárias. O desequilíbrio gene­ralizado e crescente invade os departamentos da mente humana. Os con­flitos ideológicos persistem. Estabelecida a trégua nas lutas interna­cionais, surgem as guerras civis, armando irmãos contra irmãos. A in­disciplina fomenta greves; a ânsia de libertação perturba o domicílio dos povos. Encarnados e desencarnados de tendências inferiores colidem ferozmente, aos milhões. Lares inúmeros transformam-se em ambientes de inconformação e desarmonia. O homem duela consigo mesmo no atual pro­cesso acelerado de transição. "Equilibrai-vos, pois, – conclamou Eu­sébio – na edificação necessária, convictos de que é impossível con­fundir a Lei ou trair-lhe os ditames universais!" As palavras do Ins­trutor foram concluídas com bela e sentida prece, em que ele invocou as bênçãos divinas para a assembléia. Sublimes manifestações de luz fizeram-se, então, sentir sobre todos. Findo o encontro, os companhei­ros encarnados começaram a retirar-se em silêncio. Calderaro apresen­tou André Luiz a Eusébio, que o recebeu com afabilidade e doçura e, após incentivá-lo no trabalho que ele vinha realizando, disse-lhe ser inadiável servir, encarecendo as necessidades de assistência espiri­tual amontoadas em toda a parte, a reclamar cooperadores abnegados e fiéis. (Cap. 2, pp. 35 a 37) 

16. Arrependimento não constitui passaporte para o Céu - André Luiz fornece informações interessantes sobre a vida na colônia espiritual em que, então, se achava. O trabalho era intenso, com escassas horas reservadas a excursões de entretenimento, mas o ambiente de felicidade e alegria, que ali fruía, favorecia a marcha evolutiva. Os templos constituíam, por si sós, abençoados núcleos de conforto e de revigora­mento. Nas associações culturais e artísticas encontrava-se a conti­nuidade da existência terrestre, enriquecida, porém, de múltiplos ele­mentos educativos; o campo social regurgitava de oportunidades mara­vilhosas para a aquisição de afeições inestimáveis; os lares erguiam-se entre jardins encantadores; não faltavam ali determinações e deve­res, ordem e disciplina; entretanto, a serenidade era o clima habi­tual, e a paz, a dádiva de cada dia. Certo, a primeira sensação depois da morte corpórea fora o choque. O imprevisto o empolgara. Ele conti­nuava vivendo, apenas sem a máquina fisiológica; porém, as possibili­dades de crescimento espiritual haviam aumentado infinitamente. Em suma, a passagem pelo sepulcro conduzira-o a uma vida melhor. Mas... e os milhões que transpõem o limiar da morte, permanecendo apegados à Crosta? André diz então que incalculáveis multidões desse gênero man­têm-se na fase rudimentar do conhecimento; possuem apenas informações primárias da vida; exoram amparo espiritual, como as tribos primitivas pedem o concurso dos homens civilizados; precisam desenvolver faculda­des, como as crianças necessitam de crescer; não permanecem chumbadas à esfera carnal por maldade, mas como crianças que se conchegam ao seio materno; guardam da existência apenas a lembrança do campo sensi­tivo, reclamando a reencarnação quase imediata, quando não lhes é pos­sível a matrícula nos educandários espirituais. E tudo isso sem falar nas falanges de criminosos e transviados que se agitam e consomem, por vezes, inúmeros anos entre a revolta e o desespero, personificando hór­ridos gênios da sombra, mas que sempre terminam a louca corrida nos desvãos escuros do remorso e do sofrimento, penitenciando-se, por fim, de suas perversidades. "O arrependimento é, porém, caminho para a re­generação e nunca passaporte direto para o céu", diz André, razão pela qual esses infelizes formam quadros vivos de padecimento e de horror. (Cap. 3, pp. 38 a 40) 

17. Modificando conceitos - Em várias experiências André vira tais en­tidades, assumindo formas desagradáveis ao olhar. Nos casos de ob­sessões, convertiam-se em algozes recíprocos, ou, então, em verdugos frios dos encarnados; quando na erraticidade, aterravam sempre pelos espetáculos de dor e de miséria sem limites. Era forçoso, contudo, convir que todos, felizes ou desventurados, atravessaram portas idên­ticas e até mesmo, em muitos casos, abandonaram o invólucro carnal sob o assédio de doenças análogas. É que a Divina Lei não concede paraí­sos de favor, nem estabelece infernos eternais: cada pessoa colhe o que plantou. Algumas dessas desventuradas criaturas apresentavam, po­rém, uma condição melhor. Os que André conhecera nas câmaras retifica­doras reconheciam suas próprias faltas e sabiam que gozavam de crédi­tos espirituais, mercê de certas forças intercessoras. Outros, não. Eram os ignorantes, os revoltados, os perturbadores e os impenitentes, de alma impermeável às advertências edificantes, os enfatuados e os vaidosos dos mais variados matizes, perseverantes no mal, dissipadores da energia anímica, em atitudes perversas diante da vida. Por que mo­tivo se demoravam tanto no hemisfério obscuro da incompreensão? por que adiavam a recepção da luz? era deliberada sua atitude? Os traços fisionômicos de muitos deles pareciam monstruoso desenho, a provocar ironia e piedade. Que lei regeria a estereotipagem de suas formas? Es­sas dúvidas foram propostas ao Assistente Calderaro, que, antes de qualquer digressão, pediu a André Luiz modificasse certos conceitos. "Para transformar-nos em legítimos elementos de auxílio aos Espíritos sofredores, desencarnados ou não, é-nos imprescindível – esclareceu o Assistente – compreender a perversidade como loucura, a revolta como ignorância e o desespero como enfermidade". Ante a perplexidade do discípulo, Calderaro asseverou que essas definições não eram dele. Fo­ram aprendidas com Jesus, em seu trato divino com a nossa posição de inferioridade na Terra. (Cap. 3, pp. 40 e 41) 

18. O cérebro divide-se em três regiões distintas - Calderaro esclare­ceu que a cegueira do Espírito é fruto da espessa ignorância em mani­festações primárias, ou da obnubilação da razão nos estados de avil­tamento do ser. "Nosso interesse, no socorro à mente desequilibrada, é analisar este último aspecto da sombra que pesa sobre as almas", acen­tuou o Assistente. Era preciso, pois, estudar mais detidamente o cére­bro do encarnado e o do desencarnado em posição desarmônica, porque aí se situa o órgão de manifestação da atividade espiritual. O tempo, po­rém, era escasso para esses estudos. Calderaro propôs, então, a André aprenderem juntos, em serviço, afirmando que o verbo gasto no trabalho do bem "é cimento divino para realizações imorredouras". "Conversaremos, pois, servindo aos nossos semelhantes de modo substan­cial, e nosso lucro será crescente", acrescentou o Assistente. Foi o que fizeram. Em minutos, ambos penetraram vasto hospital, detendo-se diante do leito de certo enfermo que Calderaro deveria socorrer. Aba­tido e pálido, o enfermo mantinha-se unido a deplorável entidade de­sencarnada, em míseras condições de inferioridade e de sofrimento. O doente, embora tenso e imóvel, não percebia com os olhos físicos o Es­pírito que o martirizava. Pareciam visceralmente jungidos um ao outro, tal a abundância de fios tenuíssimos que mutuamente os entrelaçavam, desde o tórax à cabeça, parecendo dois prisioneiros de uma rede fluí­dica. Os pensamentos de um deles com certeza viveriam no cérebro do outro. Era visível, para André, o fluxo de comuns vibrações mentais. Examinando o cérebro do enfermo encarnado, André pôde notar que as circunvoluções separadas entre si, reunidas em lobos, igualmente dis­tantes uns dos outros pelas cissuras, davam-lhe a idéia de um aparelho elétrico, quase indevassado pelos homens. E, com grande surpresa, per­cebeu, pela primeira vez, que as irradiações emitidas pelo cérebro continham diferenças essenciais. Cada centro motor assinalava-se com peculiaridades diversas, através das forças radiantes. A província ce­rebral, pelos sinais luminosos, dividia-se em três regiões distintas. (Cap. 3, pp. 42 a 44) (Continua no próximo número.)
 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita