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Crônicas e Artigos
Ano 2 - N° 65 - 20 de Julho de 2008

CRISTIAN MACEDO
cristianmacedo@potencial.net
Porto Alegre, Rio Grande do Sul (Brasil)

Inimigos de Allan Kardec

 
Este artigo na realidade é uma resenha que objetiva relembrar um texto presente no livro "Viagem Espírita em 1862".

Sempre é bom reler este livro, pois ele apresenta orientações interessantes, dadas por Allan Kardec aos espíritas da época.

O texto em questão tem como título: "Discurso pronunciado nas reuniões gerais dos espíritas de Lyon e Bordeaux".

Neste discurso tomamos conhecimento de inimigos de Allan Kardec.

O Codificador tinha inimigos. Não que ele desejasse. Mas é natural tê-los em um mundo como o nosso.

Allan Kardec, falando sobre os seus inimigos, apresenta uma situação curiosa: havia inimigos seus entre os próprios espíritas.

Mas quem seriam esses inimigos? Quais suas motivações? 

Kardec responde:

1. Os que exploram economicamente a mediunidade, que fazem com ela especulação material.

2. Os que fazem com a mediunidade uma especulação moral, "a satisfação do orgulho, do amor-próprio. É o caso dos que acreditam, sem interesse pecuniário, ser possível fazer do Espiritismo um pedestal honorífico para se colocarem em evidência. (...) Este é o segundo grupo que, igualmente, não me pode apreciar. Nele se encontram os portadores das ambições frustradas e dos amores-pró­prios melindrados".

3. Os ciumentos e invejosos. "... Pessoas que não me perdoam o fato de ter sido bem-sucedido, para as quais o sucesso de minhas obras é uma causa de desgosto, que perdem o sono quando assistem aos testemunhos de simpatia que, espontaneamente, são-me dispensados. É a faixa do ciúme, reforçada por todos aqueles que, por temperamento, não toleram ver um homem erguer um pouco a cabeça sem tentar um movimento de fazê-lo submergir."

4. Médiuns com obsessão. "Por orgulho estão de tal forma persuadidos de que tudo quanto recebem é sublime e só pode vir dos Espíritos Superiores, que se irritam com a me­nor observação crítica, a ponto de se malquistarem com seus amigos quando estes têm a inabilidade de não admirar o que lhes parece absurdo."

5. Os que são dotados de uma suscepti­bilidade levada ao excesso. "Agastam-se com as mínimas coisas, mesmo com o lugar que lhes é destinado em uma reunião, se este não é de bastante evidência (...). Alguns aborrecem-se quando não são convidados, com bastante insistência, a dar o seu concurso, outros se agastam porque a ordem dos trabalhos não é invertida, de modo a favorecer suas conveniências. Há os que gostariam de se considerar médiuns titulares de um grupo ou de uma sociedade, serem aí senhores de baraço e cutelo, pretendendo que seus Espíritos guias sejam tomados por árbitros infalíveis de todas as questões, etc... etc..."

6. As pessoas que jamais estão contentes. "Algumas acham que procedo com certa lentidão, outros com abusiva celeridade."

7. "É ainda preciso, entretanto, mencionar as pessoas que são postas, relativamente a mim, em posições falsas, ridículas e comprometedoras e que procuram se justificar, em última instância, recorrendo a pequenas calúnias: os que esperavam seduzir-me pelos elogios, crendo poder levar-me a servir aos seus desígnios e que reconheceram a inutilidade de suas manobras para atrair minha atenção; aqueles que não elogiei nem incensei e que isso esperavam de mim; aqueles, enfim, que não me perdoam por ter adivinhado suas intenções e que são como a serpente sobre a qual se pisa." 

Eram outros tempos, certamente. E se Allan Kardec reencarnasse para continuar sua tarefa no Movimento Espírita não mais encontraria estes estranhos tipos.

Mas vale a pena estudar estas questões para conhecer algumas das dificuldades vividas pelo Codificador para mais valorizarmos sua tarefa, nada fácil, de trazer a luz a um mundo tão complicado como a Terra.
 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita